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Aramis

Artigos por data (1985 - Março)

A boa safra com os livros sobre museus

O mecenato cultural tem se revelado como uma das formas mais vigorosas para o enriquecimento da bibliografia brasileira. Apesar da crise econômica, a cada ano vem aumentando o número de grupos empresariais que graças a sensibilidade de seus dirigentes tem sabido investir em patrocínio de livros, álbuns de arte e também discos, com trabalhos do mais alto nível.

O prazer renovado de reler Drummond

Que delícia reencontrar os livros do poeta maior Carlos Drummond de Andrade em novas e coloridas edições lançadas pela Record! Depois de tantos anos de fidelidade a José Olympio, Drummond acabou se transferindo para a editora de Alfredo Machado que, com toda razão está sabendo dar um tratamento especial aos seus livros - reeditando-os com carinho e fazendo com que "Corpo", com novos poemas, esteja, desde sua primeira edição entre os mais vendidos.

Com "O Gato", a nova literatura do Canadá

Pouco se conhece da moderna literatura canadense no Brasil. Por isto merece atenção a iniciativa da Difel em lançar "O Gato" de Yves Beauchemin (552 páginas, tradução de Octávio Mendes Cajado, capa de Josmar Fevereiro, Cr$ 45 mil). Nascido em Quebec, 44 anos, Beauchemin é considerado hoje um importante escritor canadense. Já foi comparado - na Inglaterra e França, respectivamente - a Charles Dickens e Rabelais, tal o encanto universal da sua literatura.

Balcão de Ofertas - As emoções no ar com o suspense de Ernest

Ernest K. Gann é um romancista que tem colocado em seus livros muito da sua vivência de ex-piloto comercial. Assim é que seu "The Might and The Power" levado ao cinema, transformou-se há 30 anos passados num clássico do suspense aeronáutico com o título, no Brasil, de "Um Fio de Esperança", direção de William Wellman e um elenco superstar liderado por John Wayne, além de uma música-tema que até hoje se ouve com prazer.

O poder segundo Galbraith

Embaixador dos Estados Unidos na Índia durante o governo Kennedy, responsável, por uma notável série de televisão na qual conseguiu transformar o economês em imagens atraentes ("A Era da Incerteza") e respeitado como um dos maiores economistas contemporâneos, J. Kenneth Galbraith tem admiradores (e também críticos) em todo o mundo. Por isto mesmo o lançamento que a Editora Pioneira - associada ao Movimento Cultural Internacional de Seguros - está fazendo agora deverá chegar a um público de elite e que ocupa cargos expressivos: "Anatomia do Poder".

Fante, as memórias de Hollywood sem glamour

É incrível o poder de marketing que Caio Graco, da Brasiliense, desenvolveu nos últimos anos. Ativíssimo editor, vem fazendo com que autores desconhecidos se tornem best-seller e, especialmente, caiam no gosto do público jovem. Assim transformou Charles Bukowski num dos autores mais consumidos nos últimos três anos a partir de "Cartas na Rua", logo seguido de "Mulheres" e "Misto Quente", todos volumes da coleção Circo de Letras.

Recordando Lisboa com emoção de Eça

"Era Lisboa e Chovia" de Dário Moreira de Castro Alves (Editorial Nórdica, 400 páginas, Cr$ 29.000) é antes de tudo um roteiro cultural, histórico, literário e sentimental de Lisboa a partir de Eça de Queiroz, escrito com "imenso amor", como o assinala Jorge Amado na apresentação. O livro é também uma homenagem à memória de Dinah Silveira de Queiroz - sua esposa - que induziu o autor a fazê-lo.

Filosofia sem chatice

Um livro capaz de tornar uma área difícil e maçante atraente para os jovens estudantes: "Filosofia Hoje". Foi pensada por dois professores atuantes na área de filosofia à nível de 2º grau, Hélio Cyrino e Carlos Penha, que conseguiram dar uma agilidade prática, na medida em que, sua elaboração se deu sobre a reflexão das vivências em sala de aula. Levando em consideração a realidade de 2º grau e a iniciação universitária, como fazer uma introdução à filosofia sem despencar para um simplismo didático, e por outro lado, sem pender para um monólogo ininteligível com os alunos?

Festival de Gramado - A beleza da simplicidade em filme de sabor caipira

GRAMADO - Como há dois anos a Comissão Organizadora do Festival de Cinema decidiu manter em sigilo, até às 23 horas da noite do encerramento, os resultados do júri de premiação, as especulações sobre os vencedores, nas diferentes categorias, crescem a partir de quinta-feira, quando começam a se definir os melhores filmes em exibição. Este ano, não foi diferente.

As lindas meninas da música rurbana

Rompendo o machismo da música rurbana, estão aparecendo as duplas femininas. Num universo ainda dominado pelos homens, apesar de algumas exceções ao longo dos anos - como a inesquecível Inhana (Ana Eufrosina da Silva Santos, 1919-1981), companheira de Cascatinha (Francisco dos Santos, 1919) por 40 anos - ou, mais recentemente, as Irmãs Galvão - as mulheres sempre foram admitidas, no máximo, como parceiras. Entretanto, na conquista de seus espaços, temos agora duplas femininas com uma presença em escalada neste universo da música brasileira.

O humor e a emoção no canto de Clara

Salvo engano, coube ao sempre arguto e bem informado Ilmar de Carvalho, jornalista catarinense há muitos anos radicado no Rio de Janeiro, o primeiro a observar a importância do surgimento de Clara Sandroni na MPB. Tomando conhecimento de seu disco independente ainda no ano passado, Ilmar não teve dúvidas: incluiu a deliciosa e bem humorada "... do cavalo do bandido" (Nestor de Hollanda Cavalcanti/Hamilton Vaz), gravada por Clara, como uma das dez melhores músicas de 1984, no referendum que divulgamos no suplemento CLÁUDIO.

O Canto dos Pampas (VII) - A beleza do Nativismo no melhor do Musicanto

Em apenas duas edições o Musicanto - Festival Sul-Americano de Nativismo - realizado em Santa Rosa, conseguiu não só ombrear-se ao mais tradicional festival do Rio Grande do Sul - o Califórnia, de Uruguaiana, já em sua 14ª edição (realizada em dezembro último), como, em termos de premiação, oferecer o mais alto valor de todos os festivais realizados até agora no Brasil: um ford Del Rey zero quilômetro ao autor da música premiada em primeiro lugar.

O som agradável de Robin e dos Gibsons

Entre tanto som elétrico, duas agradáveis surpresas: Robin Gibb ("Secret Agent", Polygram) e os Gibson Brothers. Vindo de uma das mais prósperas famílias musicais - os Gibb, que formaram o Bee Gees, incluído em 1978 no Guinnes Book of Records, com a vendagem de 20 milhões de cópias da trilha sonora de "Saturday Night Fever" (Os Embalos de Sábado à Noite). Robin Gibb tem sido bem sucedido também em sua carreira solo - já com 15 anos (em 1970, saiu "Robin's Geign").
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