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Aramis

Artigos por data (1986 - Março)

Mais uma vez, a mágica festa do dourado Oscar

Mais uma vez, milhões de cinemaníacos espalhados pelos quatro cantos do mundo irão dormir mais tarde na madrugada da próxima quarta-feira, 26 de março. Pela televisão, via satélite, um dos mais bem produzidos espetáculos da história do entretenimento: a festa de entrega dos Oscars.

Estão chegando os filmes indicados ao Oscar

Se há poucas estréias a serem verificadas nesta semana - e muitos filmes que prosseguem em exibição e outros que retornam ao cartaz - as perspectivas para os próximos dias são excelentes. Afinal, no próximo dia 26, será a mágica e iluminada noite do Oscar e as distribuidoras estão lançando os filmes que obtiveram "nominations" para o dourado e cobiçado troféu da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood (ver matéria especial, suplemento CLÁUDIO, nesta edição).

Inezita, canto maior do Brasil verde-amarelo

Um dos mais belos momentos do IV Encontro de Pesquisadores da Música Popular Brasileira (sala Sidney Miller, Funarte, Rio de Janeiro, de 5 a 8 de março de 1986), foi quando a cantora Inezita Barroso (Inês Madalena Aranha de Lima, São Paulo, 4/3/1925) ofereceu um depoimento-show sobre a música brasileira, estabelecendo, lucidamente, as diferenças entre as linguagens que fazem da canção não urbana tão rica e diversificada - objeto, até hoje, de pouquíssimos estudos e de um único seminário ("Linguagens e Rumos da Canção Brasileira"), por nós idealizado e promovido em Curitiba, há 4 anos (maio/8

O canto do ódio, do sexo e até calcinhas com os bregas

Mulher Feiticeira/Tu és mensageira do Satanás... Em sua voz rude, sem volteios, Antonio Marazona canta com ódio a musa que o decepcionou: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo Segue o teu caminho/Me deixe sozinho Em paz no meu canto Por onde tu for/Não existe amor/Não existe paz. A "Mulher Feiticeira" (tu és mensageira do Satanás), carrega até a maldição do além túmulo no canto de Marazona: Quando tu morrer ninguém/Vai querer chegar o teu caixão Tua alma vai chorando/Gritando bem alto/Pedindo perdão

A guerra de Malaparte em

Jornalista e escritor, Curzio Malaparte (Curzio Suckers, Partu, 1898 - Roma, 1957) foi um intelectual angustiado e inquieto. Combatia a civilização requintada das cidades defendendo a volta à vida primitiva e simples do campo mas envolveu-se em questões políticas e chegou, em certa época, a admitir o fascismo. Militar, viu os horrores da Segunda Guerra Mundial e, com extrema simplicidade, produziu dois clássicos - "Kapput" (1944) e "La Pelle" (1949).

Modinhas e Caymmi em belos livros de arte

Duas notáveis contribuições à bibliografia da música brasileira foram dadas em 1985 por empresas. A Fundação Emílio Odebrecht, de Salvador, editou o belíssimo livro "Caymmi - Som/Imagem/Magia" (225 páginas, 72 ilustrações) de Marilia T. Barbosa e Vera de Alencar, acoplado a dois magníficos lps produzidos por Jairo Severiano, no mais caro álbum-brinde já produzido no Brasil (e que registramos, no suplemento Claudio, de 9/2/86). A segunda grande contribuição foi das Empresas Dow, patrocinando a edição de "Modinha: Raízes da Música do Povo" de José Rolim Valença.

Nilze, a descoberta de Adelzon

O paranaense Adelzon Alves é hoje, possivelmente, um dos "dez mais" cariocas. Moço humilde que chegou do Norte do Paraná no início dos anos 60, trabalhou em várias emissoras de Curitiba, e consciente dos direitos trabalhistas de uma categoria tradicionalmente explorada, foi um dos batalhadores para a formação do Sindicato dos Radialistas. O que lhe custou, com o golpe militar de 1964, perseguições mil. Obrigado a deixar Curitiba, foi para o Rio de Janeiro - onde não conhecia ninguém, sem dinheiro, sem proteção alguma.

Mulher Aranha teve a ajuda de nosso Alice

Até agora ninguém se lembrou de destacar que há um curitibano - Mauro Alice - na equipe que ajudou a fazer de "O Beijo da Mulher Aranha" o grande filme do ano (pré-estréia amanhã; lançamento quinta-feira, 20, no Palace Itália).

De gente & fatos

Juarez Machado, 44 anos, catarinense de Joinville, mas curitibano de adoção, não pode se queixar da vida. Hoje nome internacional com sua arte cada vez mais bem aceita, acaba de engordar em muitos mil dólares a sua conta bancária: de uma só vez vendeu todo um lote de quadros para decorar os 204 apartamentos e 43 suítes (uma presidencial) do mais novo cinco estrela de São Paulo - o Mofarrej Sheraton Hotel.

O pente que abalou a cidade por três dias

Passando por Curitiba na última quinta-feira, o cineasta Eduardo Coutinho acabou tendo um especial privilégio: foi um dos primeiros espectadores de "A Guerra do Pente - O Dia Em Que Curitiba Explodiu", em projeção especial na Cinemateca do Museu Guido Viaro. Para o realizador de "Cabra Marcado Para Morrer" como a outras pessoas que viram esta pré-estréia do filme de Palito (lançamento oficial na noite de 29 de março, 20h30min), o filme consegue transmitir basicamente emoção e criatividade.

Criatividade supriu a falta de documentação

As dificuldades que Nivaldo Lopes teve para realizar "A Guerra do Pente - O Dia Em Que Curitiba Explodiu" (exibido em pré-estréia na semana passada, lançamento oficial dia 29, na Cinemateca) demonstram bem a falta de fontes da memória curitibana. Durante os quase dois anos em que esteve envolvido nesta produção, Palito - como é conhecido o cineasta - buscou imagens filmadas que documentassem os conflitos ocorridos nas ruas e praças de Curitiba entre os dias 7 a 9 de dezembro de 1959.

Artistas em assembléia para discutir problemas

Por três noites - de segunda a quarta-feira, nesta semana - dezenas de associados do Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos e Diversões do Estado do Paraná estiveram reunidos, em assembléia geral, discutindo e analisando uma questão muito grave: a caótica situação da cultura no Paraná. Foram dezenas de profissionais - representando as áreas do teatro, circo e dança - que levantaram questões importantes, em relação ao impreciso e vazio "Plano de Ação Cultural-1986", que só após muita pressão do Sindicato, foi, finalmente, apresentado a classe.

Ballet Guaíra está em seriíssima crise

A única presença cultural do Paraná em termos nacionais com relativo prestígio - o Ballet Guaíra - está mergulhado numa seríissima crise que pode levar, a curto prazo, senão a dissolução do grupo, ao menos uma debacle artística comprometendo o trabalho de muitos anos.

Um grupo que projeta o Paraná nacionalmente

Dois dias após ter assumido o governo do Paraná, na noite de 17 de março de 1983, o governador José Richa foi (possivelmente pela primeira vez) ao auditório Bento Munhoz da Rocha Neto para assistir a estréia de "O Grande Circo Místico", pelo Ballet Guaíra, com música de Chico Buarque-Edu Lobo, em concepção de Naum Alves de Souza sobre um poema de Jorge de Lima.

Reprises, seqüência e a estréia de A Lenda

Uma semana praticamente sem estréias, mas assim mesmo com alguns programas interessantes. Em termos de lançamento, a única novidade é "A Lenda" (Legende), de Ridley Scott - cineasta notável pelo rebuscamento de seus filmes ("Os Duelistas", "Allien, o Oitavo Passageiro", "Blade Runner") e que, voltando-se mais uma vez ao universo fantástico, realizou um filme de belíssimas imagens, bem recomendado pela crítica internacional.

A organização que faz de Gramado o grande festival

Definitivamente consagrado nesta sua 14ª edição como o mais importante Festival do Cinema Brasileiro, Gramado prepara-se para saltos maiores. O cine Embaixador, pertencente à comunidade e que com seus 600 lugares tornou-se acanhado para as disputadas sessões, vai ser ampliado em mais 500 lugares, conforme promessa do vice-prefeito Eloir Zorzanello, que também preside a comissão organizadora do evento.

A Guerra do Pente em exibição no Cine Groff

A partir de amanhã, em 5 sessões, o Cine Groff estará exibindo uma produção curitibana: "A Guerra do Pente - O Dia em que Curitiba Explodiu", semidocumentário de Nivaldo Lopes (Palito).

A aranha que agora todos querem beijar

Curitiba, entardecer de 4 de outubro de 1983. Cenário: uma livraria no Shopping Center Mueller. Personagens: o escritor Manuel Puig, o engenheiro Marcelo Marchioro e a jornalista Celina Alvatti. Situação: constrangimento. Interrompendo seu trabalho em São Paulo, onde desenvolvia com Leonard Schrader a adaptação de "O Beijo da Mulher Amada" para a tela, Puig havia concordado em vir a Curitiba para autografar seu último livro ("Maldição Eterna...

Um filme sobre a dignidade humana

Um filme dentro do outro. Ou melhor: três filmes que se entrelaçam. A magia do cinema, a ilusão das imagens projetadas em retângulos iluminados, a usina de sonhos - como Ilya Ehrenburgh, definiu Hollywood, ao visitá-la, há meio século - constituem o leit-motiv deste "O Beijo da Mulher Aranha".

Curitiba já exporta os "talentos" eróticos

Um dos mais musculosos halterofilistas da cidade passou o último fim-de-semana executando um trabalho diferente: ao lado de quatro sensuais gatinhas, posou para mais de 300 fotos em que exibe todo o seu vigor sexual na estória "Comando Para Amar", destinada a abrir uma nova série de publicações na área da pornografia: "The Gold Stallion", da já conhecida revista "Clube", publicada pela Editora Ondas, de São Paulo.
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