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Aramis

Artigos por data (1987 - Dezembro)

Afinal, o projeto como o brasileiro Jobim merecia

Por certo nem o próprio Antonio Carlos Jobim imaginava que os números fossem tão altos. Há mais ou menos três anos, impressionado com a organização de Jairo Severiano, primeiro pesquisador da música popular brasileira a utilizar os recursos da informática em seus estudos, Tom começou a confiar-lhe todas as informações, discos e registros que tinha de sua obra espalhada pelo mundo. A bibliotecária e pesquisadora Vera de Alencar, que havia dividido com Marília L.

O melhor Tom da nossa música internacional

Somente das dez músicas mais conhecidas de Antônio Carlos Jobim, existem catalogadas nada menos que 654 gravações diferentes. A campeã absoluta é "Garota de Ipanema", parceria com o poeta Vinícius de Moraes e que a partir de 1963 (quando teve nada menos de 18 diferentes registros) já foi gravada, em dezenas de países, nada menos que 133 vezes, por cantores, instrumentistas-solistas, pequenos e grandes conjuntos e até orquestras (uma delas foi feita em 1969, com o saudoso Lindolfo Gaya regendo uma grande orquestra, coral dirigido por Delfino Filho, para um elepê da histórica Elenco).

Biblioteca de Vinholes chega agora ao público

Seria irônico se, algumas vezes, não fosse trágico e triste: uma pessoa culturalmente interessada em determinado(s), assunto(s), passa mais da metade de sua vida pesquisando a respeito, reunindo bibliografia específica, ampliando para outros meios de informação (cinema, vídeo, ilustrações etc. ) e, de repente, quando a velhice chega, conclui que o imenso acervo tão apaixonadamente cultivado passa a ser um trambolho que sofre até implicâncias domésticas.

No escuro, Black faz a sua pior chanchada

Black Edwards, quem diria, acabou chanchadeiro!

As artes gráficas do internacional Miran

"Para mim, o especial do talento de Miranda é a sua cabeça inventiva, sua disposição de aventurar e sua magistral habilidade gráfica. Mas é particularmente raro encontrar alguém que possa deslumbrar com o desenho sem ofuscar o significado·" (Herbert Lubalin, mestre do designer, falecido em 24 de maio de 1981)

No campo de batalha

Outro lançamento primoroso da CIC: "O Sol é para todos" (To Kill a Mockingbird) que, em 1962, deu o Oscar de melhor ator a Gregory Peck. Concorrendo com Burt Lancaster ("O Homem de Alcatraz"), Jack Lemmon, ("Vício Maldito ) Marcelo Mastroianni ("Divórcio à Italiana") e Peter O' Toole ("Lawrence da Arábia"). Peck mereceu a premiação por sua interpretação como Abacus Finch, o afável advogado de uma pequena cidade do Alabama, a quem é dada a responsabilidade de defender Tom Robinson (Brock Peters), um negro injustamente acusado de estupro.

Sairam agora três dos melhores vídeos de 87

A cada mês melhora a qualidade dos lançamentos em vídeo. Tanto distribuidoras de São Paulo - como a Pole Vídeo, como as majors do mercado - Globo e CIC - estão esmerando-se em colocar nas locadoras (e também aos colecionadores, que se dispõem a pagar Cz$ 5 mil a unidade), alguns títulos marcantes - entre inéditos nas telas ou clássicos que valem a pena serem revistos.

Vídeonews

Há filmes que perdem muito no vídeo: "Ases Indomáveis" (The Top Gun), um dos maiores sucessos de bilheteria nos EUA em 1986, é um exemplo. Com longas seqüências aéreas, é o exemplo da produção destinada a tela ampla. De qualquer forma a CIC Vídeo lançou este produto em vídeo selado. xxx Outro lançamento da CIC, funcionando para as platéias infantis: o desenho animado "Fievel - Um Conto Americano", de Don Bluth, produção de Steven Spielberg. xxx

E o Poty fala no vídeo que documenta o seu novo mural

Compadre Poty está feliz. Ele que já fez dezenas de murais ao longo destes 40 anos de arte pelo Brasil afora está orgulhoso de, 34 anos depois, ter podido completar o que havia sido planejado quando o Palácio Iguaçu estava sendo construído no ano do centenário da Emancipação Política: um mural de 17,20 por 6,50 metros, no qual, mais uma vez, coloca toda sua arte e visão de seu Estado - do qual é o artista maior.

Superman na luta pelo desarmamento

O Superman está novamente no espaço. Literalmente, agora ele vai para o espaço numa tentativa de limpar a Terra das armas nucleares. Coincidentemente, a estréia nacional de "Super-Homem IV: Em Busca da Paz" (cines Palace Itália, às 14, 16, 18, 20 e 22 horas; cine Itália, 13, 15, 17, 19 e 21 horas) acontece duas semanas depois que Reagan e Gorbachev assinarem o tratado que é o início (esperamos!) do fim da guerra nas Estrelas.

"Dançando com um Estranho", a boa estréia vem da Inglaterra

"Super-Homem IV: em Busca da Paz", novamente com Christopher Reeve, Gene Hackman, Jackie Cooper e Margot Kinner - mas trazendo também a bela loira Mariel Hemingway (neta do eterno "Papa" Hemingway) é a atração principal da semana (cines Palace-Itália e Itália), mas há outras opções.

Poesia, com marketing, Hai-Kais e sentimentos

Uma inovação em termos de marketing poético: Gladys Gama França, 39 anos, Fluminense de Campos, há 15 anos em Curitiba, decidiu investir alguns milhões de cruzados num comercial na televisão para promover o seu quarto livro de poemas, "Afetos Sem Retoque" (Cz$ 300,00 o exemplar, lançamento na segunda-feira, 21, no Studio Kruguer).

No campo de batalha

Sem comemorações, o jornalista Fernando Fanucchi completou 30 anos de atividades radiofônicas em 1987. Criador do personagem "Coroné Juvêncio" (que em 1968, por exigência da 5ª Região, teve que ser rebaixado a "Nhô Juvêncio"), Fanucchi, hoje redator-chefe do "Jornal do Estado", começou apresentando seu programa na Rádio Cultura do Paraná, em Ponta Grossa, onde nasceu há 55 anos. xxx

A temporada do livro de arte está aberta

Uma nova atividade vem crescendo nos últimos anos: a de produtor de brindes culturais. Exige talento, dedicação, competência e, naturalmente, bons contatos. O trabalho geralmente aparece ao final de cada ano e nem sempre o nome do produtor é revelado - aparecendo, naturalmente, o mecenas que possibilita que um belo livro ou disco seja alvo das atenções.

No campo de batalha

Mulheres elegantes e sensíveis lançando livros de poesia: a advogada Sully Vilarinho, parnanguara, 45 anos, 3 filhos, estréia com "Praia Mansa", que autografou quinta feira, 17, no Centro de Letras do Paraná. Já sua amiga Gladys Gama França autografará seu novo livro no dia 21, no estúdio Krieguer, enquanto que Nadyegge Almeida lança seu livro na galeria Documenta. xxx

Saul Bass em Curitiba (com seu amigo Miran)

Em sua timidez e modéstia, Miran é reservado: - Há possibilidades de Saul Bass vir a Curitiba. Por que não? Ele gosta de conhecer novos países e há anos planeja visitar o Peru. E o Peru é a metade da viagem, para motivá-lo a estender sua permanência no Brasil. Orestes Woestechoff, 45 anos, com sua visão de executivo publicitário, hoje na área de atendimento da JJ Comunicação e tentando organizar economicamente o potencial criativo de seu amigo Oswaldo Miranda, é mais enfático: -Saul Bass virá, com toda a certeza, para a inauguração de sua grande exposição.

No campo de batalha

Dentro do amplo programa de eventos culturais que marcaram ontem, 19 de dezembro, o transcurso da data comemorativa à emancipação política do Paraná, esteve o lançamento oficial do Concurso Nacional de Contos, reeditando, assim uma promoção criada há 20 anos por Paulo Pimentel, quando governador do Estado.

"Personalidade", a receita para as melhores reedições

Na fonografia aplica-se a lei de Lavoisier: nada se perde, tudo se transforma. Assim, cada faixa gravada por um artista que dê certo passa a ser propriedade da fábrica e tem "n" reaproveitamentos conforme as regras do marketing. Se, em vida, um artista ainda pode tentar vetar o aproveitamento de gravações que não o agradem, após a morte ou a saída do artista da empresa - a fábrica faz o que quer. A Polygram, por exemplo, lançou um elepê com sessões musicais que Elis Regina havia vetado - e o disco se tornou um sucesso.

O canto das mulheres para ajudar a muitos

Mulher, seu nome é canção. A idéia é ampla e antiga: afinal, as musas sempre estiveram presentes em nosso cancioneiro. No nosso e em todos os países nos quais a música reflete o romantismo, os sonhos, o imaginário. Mas os bons temas são eternos e uma nova prova disto é feita com nobres finalidades: o Banco do Brasil bancou a prensagem de 300 mil cópias de um belíssimo álbum duplo - "Há Sempre Um Nome de Mulher" - que está sendo vendido em todas suas agências.

Musas sonoras em felizes escolhas

Dividido em blocos temáticos, "Há Sempre Um Nome de Mulher" com um fox-canção de Custódio Mesquita e Sady Cabral, que é o próprio slogam temático - na voz de Cauby Peixoto.
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