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Aramis

Artigos por data (1987)

Basso diz porque quer ficar no Teatro Guaíra

- Não nego. Acho legítima a minha presença na lista tríplice para a superintendência do Guaíra. Educadamente, ao telefone, José Basso, ocupando a superintendência da FTG desde outubro de 1985, confirma sua disposição e desejo de integrar a lista de candidatos ao cargo. Em voz pausada, procurando justificar seu posicionamento, acrescenta: - Estou no cargo há 16 meses e tenho procurado fazer um bom trabalho. Considero-me competente. Portanto, acho que é justo que eu faça parte da lista que venha a ser elaborada pelas entidades da classe.

Uma superintendência com muitos problemas

Qual o fascínio do cargo de diretor superintendente da Fundação Teatro Guaíra? Salário, não é. Afinal, mesmo com todas as vantagens, o vencimento do superintendente não ultrapassa a Cz$ 15 mil - menos do que um executivo junior recebe em qualquer empresa bem estruturada.

Uma galeria com 3 novos teatros

Ao invés da perda de mais um teatro, que tal uma volta por cima e a transformação do espaço numa galeria com três casas de espetáculos?

No campo de batalha

Manchetes de primeira página do "Diário do Litoral", jornal tablóide que é vendido como pão-quente na praia de Camboriú: "Preso o tarado que cortava a bundinha das mulheres"; "Deu uma surra na sócia" e "Caiu de pau em cima da mulher". xxx

Os velhos romances com os seus velhos leitores

Há autores que, sem pretensão, permanecem com leitores fiéis. Apesar de terem sido acadêmicos em suas épocas, com histórias tradicionais, encontram sempre um público interessado. Dois exemplos: Anatole France e A. J. Cronin, que continuam a ser reeditados no Brasil.

Prêmio Nobel, ficção científica e policial

Três romances lançados na última semana pela Francisco Alves atingem faixas diferentes de público e mostram a sua preocupação editorial em participar de todas as faixas do mercado. De princípio temos "Homens de papel", de William Golding, Prêmio Nobel de Literatura de 1983.

Crocodilo australiano e os jovens do Rio Grande

Mais uma semana de poucas estréias. Na verdade, apenas dois novos filmes estréiam esta semana: a comédia "Crocodilo Dundee", produção australiana, de Peter Faiman e que foi o maior sucesso de bilheteria nos EUA nos últimos meses (Cine Plaza) e a produção gaúcha "Quero Ser Feliz", de Sérgio Lerrer, que, a rigor, já deveria ter sido lançada na semana passada no Groff - mas que acabou sendo adiada devido ao prestigiamento que Francisco Alves deu a "A Opção", de Ozualdo Candeias. Assim, esta produção jovem do cinema gaúcho, estréia agora no Luz, em substituição a "Suspeita", de Hitchcock.

De como transformar um tapume em obra-de-arte

Há quase 15 anos, Ivens de Jesus Fontoura, artista plástico, pintor, programador visual. coordenou a execução do primeiro grande painel numa rua de Curitiba. Foi na Visconde de Nacar, transformando um paredão num artistico espaço, que, graças à administração Jaime Lerner, serviu de exemplo para outros projetos semelhantes. Hoje o espaço ainda existe - mas recoberto de cartazes e péssimos anúncios publicitários. Quando, poderia ter sido reciclado para um novo painel. Só que o prefeito Roberto Requião não tem esse tipo de preocupação para com as coisas da cidade. xxx

O Som criativo de Marília e Sérgio

Um engano técnico: a notícia sobre o build up de Marie-Therèse Pellisier D'Aboncourt, que foi capa da revista "Quem" (Agosto/86), e que na verdade não existe, precisa de um esclarecimento. A modelo das fotos foi Marilia Giller, pianista profissional, que ao lado de seu marido, o saxofonista Paulo Sérgio Branco, vem desenvolvendo uma carreira com muita garra.

Uma comédia simples e que rende milhões

Na madrugada do próximo dia 30 de março, na festa do Oscar, um dos apresentadores será Paul Hogan. Quem é Paul Hogan?

O vídeo de Schumann e uma nova produtora

Willy Shumann, 23 anos, um dos mais ativos integrantes da "Turma do Balão Mágico", ultimando seu novo vídeo de longa-metragem: "Muiraquitã". Desta vez ele decidiu fazer uma comédia policial, reunindo no elecno Olinto Simões, Paulo J. Friebe, Ronald Pinheiro, Lineu Portella, José Dybax e Katiê Ribeiro. A produção é de Eloy Ferreira, do Labo Vídeo, que, anteriormente, viabilizou a realização do vídeo que Schumann realizou sobre o poeta Paulo Leminski. xxx

Gaúchos dão exemplo

Quarto longa-metragem da Z Produtora Cinematográfica, de Porto Alegre, "Quero Ser Feliz" (cine Luz, desde ontem), segue a mesma linha das produções anteriores: jovens em suas indagações, amores e perspectivas. A fórmula tem funcionado, tanto é que os três filmes anteriores - "Verdes Anos", "Me Beija" e "Aqueles Dois", foram bem recebidos em festivais de cinema de Gramado e do Rio de Janeiro, em 1984/85 e, lançados em circuitos comerciais no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, tiveram boas rendas.

Enéas, entre o Direito e a volta à propaganda

Enéas Faria, 45 anos, ex-senador, pensa em fazer aquilo que nunca pôde se dedicar: a advocacia. Formado pela turma de 1967 na Universidade Federal do Paraná, Enéas entraria no ano seguinte na política e depois de duas legislações como vereador (1968/74) e uma como deputado estadual (1974-78), sempre como o mais votado, seria candidato ao Senado, perdendo em 1978, para assumir quatro anos depois na vaga de José Richa.

Um livro sobre a técnica do "lobby".

Nunca se falou tanto em "lobby" como nas últimas semanas. Os grupos de pressão - organizados ou não - procuram influenciar desde os Constituintes até os integrantes do primeiro e segundo escalões do futuro governo Álvaro Dias, em busca de seus interesses.

No Campo de Batalha

Roberto Menghini já está ensaiando a adaptação que Aldo Schmidt fez de "O analista de Bagé", de Luiz Fernando Veríssimo, com estréia no Interior e que só no meio do ano virá para Curitiba. xxx A propósito, Menghini esclarece: ele deixou o chamado "Bar da Classe", nos fundos do teatro 13 de Maio, há quase dois anos, quando o vendeu para um taberneiro de nome Itamar. "No meu tempo, diz Menghini, a freqüência não era exclusivamente gay". xxx

David Carneiro autoriza filmagem da Fortaleza

O projeto é grandioso, caro e difícil. Entretanto pode resultar no grande filme que o Paraná precisa para se impor inclusive internacionalmente: "O Drama da Fazenda Fortaleza". Há muitos anos, desde quando leu, pela primeira vez, o romance de David Carneiro, sobre a trágica história de amor e ódio ambientada nos sertões de Castro, na primeira metade do século XIX, a cineasta Berenice Mendes, 28 anos, se apaixonou pelo tema.

Maria Bueno, agora num grande bailado

Depois de chegar ao teatro e à televisão , Maria Bueno na dança! O projeto fascina Carlos Triencheiras, 48 anos, maitre do Ballet Guaíra. Desde que Oracy Gemba, responsável pela encenação da peça "Maria Bueno", há 13 anos, lhe falou desta personagem curitibana, o coreógrafo português ficou fascinado pela sua densidade dramática e força como tema para um grande bailado de raízes profundamente curitibanas.

Uma "Carmen" curitibana

Carlos Triencheiras se entusiasma com o personagem de Maria Bueno, uma mulher bonita, independente e alegre, que desafiando tabus e preconceitos sexuais, tinha posições liberais na provinciana Curitiba do final do século XIX e que morreu, tragicamente, assassinada por um militar. No entendimento do coreógrafo português - que vem dando ao Ballet Guaíra uma projeção internacional - a personagem de Maria Bueno tem a força de uma Carmen, lembrando a morena e sensual cigana que Prosper Merimée (Paris, 1803 - Cannes, 1870) criou no seu romance, publicado em 1845.

O misticismo em torno de uma lenda da cidade

A capela túmulo de Maria Bueno, já na primeira rua do Cemitério Municipal já não tem mais espaços para receber placas com frases demonstrando a gratidão por graças recebidas. Desde a morte de Maria Conceição Bueno (Morretes, 2/12/1864 - Curitiba, 21/01/1893), que os mais diferentes milagres são atribuidos a esta personagem fascinante do universo curitibano.

Romance de Chico e Edu foi adiado

"O Romance das Quatro Luas", o bailado com músicas de Chico Buarque e Edu Lobo e libreto do poeta Ferreira Gullar não estreará em março. Definitivamente não! Afinal, embora contratualmente o trabalho musical devesse estar pronto em novembro do ano passado, só há poucos dias foram entregues as partituras do balé.
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