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Aramis

Artigos por data (1989 - Novembro)

Além dos filmes da mostra, há três lançamentos

Felizmente apenas três estréias regulares - todas com possibilidades de emplacarem segundas semanas - facilitam a vida dos cinéfilos, massacrados em termos de opções com a dupla dose de filmes inéditos e especiais que, de uma só vez, estão nas salas da Fucucu.

Que bom que um filme político como o de Lucia ter vencido em Brasília

Brasília

Um "Dia de Visita" que também foi emocionante

Umberto Martins, 41 anos, tinha todas as razões para sentir-se a pessoa mais feliz no encerramento do Festival. Presente desde a abertura - quando o seu curta, "Dia de Visita", antecipou ao primeiro longa em competição ("Uma Avenida Chamada Brasil" de Octávio Bezerra), viveu, com intensidade as emoções de seu primeiro festival.

Leminski é Oswald de Andrade no filme inacabado de Anísio

Tomada 1 - Paulo Leminski com uma maleta 007 caminha em direção às ruínas de São Francisco. Uma manhã de sol. Muita luminosidade. Tomada 2 - Um grupo de mendigos cerca o poeta. Que, na verdade, não é Paulo Leminski, mas sim o personagem Oswald de Andrade (que não só declama poemas, como atira-os, escritos, sobre o inusitado público). Corte para um imagem de quadrinhos. Cinema de animação dando forma visual a poemas concretistas de Leminski. xxx Ficção? Documentário? Piração?

No campo de batalha

Depois de passar um ano em Havana, coordenando a divulgação dos 30 anos da revolução cubana, a jornalista Rose Carvalho está de volta em São Paulo, quando na área na qual é mestre: promoção cinematográfica. E reiniciou suas atividades atuando do Cinema da Bienal, no quadro dos eventos especiais da 20ª Bienal Internacional. São seis curtas-metragens experimentais, criados por Vivan Ostrovsky. Neles, a artista manipula a linguagem cinematográfica de maneira a dar novos significados a imagens recolhidas pelo mundo.

No bangue-bangue, o massacrado foi Morricone

O mercado de trilhas sonoras vem crescendo, conforme aqui registramos há duas semanas. Portanto, com prazer, voltamos ao tema, especialmente porque se de um lado há as chamadas trilhas de oportunidade - como as que a onda Batman está impulsionando - existem também sound track especiais, do maior significado, como a do documentáro "Let's Get Lost" (RCA-Novas), antecipando a chegada deste longa-metragem biográfico sobre Chet Baker (trompete e vocal), cuja vida encerrou-se de forma trágica, em maio do ano passado, em Amsterdan, num acidente até hoje não devidamente esclarecido.

Bons tempos de Hollywood e selecionadas reedições

Se Morricone na leitura de John Zorn irrita os consumidores tradicionais da música de cinema, a compensação vem graças a CBS associada a Breno Rossi.

Que rei sou eu?

Aproveitando o clima eleitoral que ocupa todos os espaços, a Juventude Monárquica, esperançosa no plebiscito de 1993, quando a opinião pública pronunciar-se-á sobre a restauração da Monarquia, está distribuindo malas diretas com um release contendo uma entrevista de "um príncipe da Casa Imperial", acompanhado de oferta de um livro-documento, "A legitimidade monárquica no Brasil" (NCz$ 115,00, pedidos a Guadalupe Informática e Assessoria, Rua General Câmara, 270, 7ª andar, 90.010, Porto Alegre). xxx

Lobão e os presidenciáveis

Mais identificado com o hard rock por suas constantes prisões devido a dependência de drogas, mas com um público fiel, o compositor-cantor Lobão acabou sendo um dos raros autores que aproveitou o clima eleitoral para sair com uma música falando, mesmo que indiretamente, do tema que, em outras ocasiões - quando os compositores de marchas e sambas pareciam mais antenados com os grandes assuntos do momento - teria rendido sucessos populares, especialmente para o próximo Carnaval. xxx

Haja colírio para tantos programas

Quem se dispuser a acompanhar os filmes que ainda estão programados para a síntese da 13ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, há que ter muita disposição e tempo livre. Pois afora os filmes que estavam programados até amanhã, mais quatro longas foram acrescentados e serão mostrados no incômodo horário das 24 horas.

Depois de "Collor - a cocaína dos pobres", o livro sobre o "Brizula"

Na sexta-feira, 10, em Brasília foi lançado o livro-reflexão "Brizola" (editora Pajelança, 120 páginas), segundo livro sobre o momento político que o jornalista, ensaísta e professor Gilberto Vasconcelos, publicou em menos de 40 dias. O primeiro, "Collor - a cocaína dos pobres" (Icone Editora, 96 páginas, NCz$ 18,00) teve sua primeira edição (25 mil exemplares) praticamente esgotada em três dias.

O pensamento político de Giba

Algumas reflexões de Gilberto Vasconcelos em "Collor - a cocaína dos pobres" (A nova cara da Direita)": "A esquerda ainda não entendeu que o verdadeiro não é popular, assim como é através de história que rola a memória do Brasil. Nosso povo acredita que o inconcebível pode ser verídico. Alertando Leonel Brizola em 1979, o cineasta Galuber Rocha dizia que a razão mística é mais importante do que a razão política para chegar ao poder". xxx

Brizula, dobradinha imbatível?

Em "Brizula" - lançado há menos de uma semana em Brasília, o jornalista Gilberto Vasconcelos desenvolve algumas idéias que já havia colocado no ensaio "O preço da esquizofrenia na esquerda brasileira", a partir da página 27 de "Collor - a cocaína dos pobres". E na qual, inicia fazendo a seguinte análise:

A arte maior nas belas telas coloridas de Teca

Quadro a quadro, dia a dia, exposição após exposição, Estela Sandrini vem construindo uma carreira sólida honesta a que a inclui entre nossas mais importantes artistas plásticas. Numa cidade a cuja generosidade (ingenuidade?) da imprensa e círculos (dito) intelectualizados, vendem-se alhos por bugalhos e o amador de ontem é o profissional (sic) badalado nas colunas e vernissages de hoje, artistas como Teca - forma afetuosa com que seus (muitos) amigos a chamam - é uma artista que merece especial atenção.

No campo de batalha

José Augusto Iwersen, 43 anos, hoje próspero editor de publicações ligadas ao entretenimento, radicado em São Paulo - mas bicho do Paraná, pioneiro da cultura cinematográfica local no início dos anos 60 (cine clube Pró Arte, cine de arte Riviera, produção de filmes super 8 etc), criou a coleção "Nossos Amigos" para a Nova Sampa Diretriz Editorial, destinada a edições monográficas sobre grandes nomes do cinema. O primeiro volume é dedicado a Charlie Chaplin, com texto biográfico e filmografia de Alfredo Stemheim e um ensaio especial de Márcia Kupstas.

Cinema 24 horas para quem desejar os filmes de arte

Responda rápido: qual o espectador que, após uma jornada de 8 horas de trabalho, estaria disposto a assistir um filme de arte, com legendas em inglês ou francês, numa sessão da meia noite? Pois é? Mesmo com todo entusiasmo que tem pelo melhor cinema, a jornalista Malu Maranhão, uma das poucas pessoas que acompanhou toda a primeira fase do rastolho da XIIi Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, trazida a Curitiba, queixava-se: - "É pena, mas não dá para encarar as sessões de meia noite. A não ser para quem não trabalhe".

De como ver Brasília na ótica de seis cineastas

Em 1987, poucos dias após a Unesco ter concedido a Brasília o status de Patrimônio Mundial da Humanidade, realizava-se o XX Festival do cinema Brasileiro. O então governador do Distrito Federal, José Aparecido de Oliveira - hoje ministro da Cultura - reuniu os cineastas, jornalistas e artistas, convidados do evento, no Palácio Buriti e anunciou um projeto: a realização de um filme, em episódios, que mostrasse ao mundo o que é Brasília.

Nas belas imagens, a Capital do 3º Milênio

O primeiro episódio, "A Paisagem Natural", praticamente não tem diálogos. A fotografia (perfeita) de Walter Carvalho captura toda a natureza exuberante do Planalto Central: cachoeiras, rios, chapadas, cavernas, bichos e a vegetação do cerrado.

Dona Luciana, os caminhos da vida, coração e conhecimento

Se o publicitário Sérgio Mercer, dono da Parceria e ex-presidente da Fundação Cultural de Curitiba, possui um troféu literário de Umberto Eco - a sua gravata de lã, vermelha, por ele permutada durante um etílico jantar no Warsovia, quando o autor de "O Nome da Rosa", aqui esteve há alguns anos (conforme contamos recentemente), a professora e bibliotecária aposentada Luciana Sammut Rosenthal, ganhou um presente ainda mais especial do escritor: uma edição em italiano de "O Pêndulo de Foucault", com uma carinhosa dedicatória.

Adélia, os caminhos de uma jovem artista

Contrariando o adágio popular, a atriz Maria Adélia Ferreira foi para Portugal mas não perdeu o seu lugar. Ao contrário, ao voltar a Curitiba, há três meses, encontrou não só o carinho de seus muitos amigos e colegas como um imediato convite para integrar o elenco de "Noite na Taverna".
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