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Aramis

Artigos por data (1990 - Janeiro)

Depois de "Pelle, o Conquistador", chega "O Urso"

O primeiro dos dez melhores, com certeza, chegou e já foi: infelizmente, mais uma vez, o público curitibano provou que longe de ser aquela platéia refinada e de bom gosto, exigentíssima (sic), é, ao contrário, acomodada e que perde assim o melhor do cinema. Preferindo o vídeo do que a versão 35mm, deixa de ver "Pelle, o Conquistador", do dinamarquês Belle August - Palma de Ouro (Cannes-88), Oscar de melhor filme estrangeiro (1989) - que ficou apenas uma semana no Cine Bristol.

Panorama ecológico na busca do canto em favor do Paraná

Na aproximação cada vez maior da arte e ecologia, que tem trazido ao Brasil nomes da dimensão internacional de Sting e Tom Cruise, entre os novos superstars do cinema, há também reflexos regionais: depois que Chitãozinho e Xororó - hoje a dupla que mais fatura no país - aproveitou o lançamento do Consórcio Tibagi (21 de setembro, Ibiporã) para ali dar o seu recado musical, sem cobrar nehum centavo, é a vez de um atento empresário artístico, Benê Silva, promover neste fim-de-semana o Festival Nacional de Música Ecológica, no município de Panorama.

SOS pelo verde, flora & fauna no apelo musical

Através de uma mídia internacional que o seu prestígio garantiu, o cantor-ator Sting (Gordon Summer, ex-Police, hoje mais dedicado ao cinema) saiu em companhia do cacique Raoni mundo afora numa pregação ecológica em favor da Amazônia, que resultou em vídeos, discos e até num belíssimo livro - "A Luta da Amazônia - História da Floresta", com fotografias de Jean-Pierre Duttileux (Círculo do Livro, 140 páginas).

Justiça para todos

Os números são impressionantes: 54 mil acidentes em 1988. 150 acidentes/dia. A cada três dias, um acidente fatal.

No campo de batalha

Aleixo Zonari decidiu que "Pelle, o Conquistador", de Bille August, deve ser visto por mais gente. Assim, mesmo com a pequena renda obtida no Bristol, este filme - premiado com o Oscar-89 e Palma de Ouro (Cannes-88) volta a ser exibido a partir de quinta-feira no Cinema I. xxx Mais uma técnica da Suhrema no Exterior: viajou dia 1o. de janeiro, para Madrid, a Sra. Laura de Jesus de Moura e Costa, que durante 3 meses fará curso de mestrado em contaminação ambiental na capital espanhola. xxx

Tosca paranaense retorna à cena

"Tosca", a ópera que emocionou o público curitibano, retorna ao palco do Teatro Guaíra no próximo mês de março, trazendo a londrinense Débora de Oliveira no papel-título. A ópera de Giacomo Puccini que tem como régisseur, Marcelo Marchioro, e na direção musical e regência, Alceo Bocchino, revelou o talento da londrinense Débora Maria de Oliveira e Oliveira, na opinião dos críticos especializados e de professores de canto, uma das mais raras sopranos dramáticos do país.

Os gaúchos mostram força de seu canto com otimismo

A vitalidade da música gaúcha é tão grande que as centenas de artistas do Estado que fazem seus discos não se preocupam com o que poderia se chamar de "mercado externo". Embora de Lupicínio Rodrigues a Elis Regina, o Rio Grande do Sul tenha oferecido grandes talentos para a nossa MPB, há toda uma geração de autores, intérpretes, instrumentistas e conjuntos que ali trabalham, fazem seus discos e que, em absoluto, não se importam com um (injustificável) esquecimento que sofrem em outros centros.

Unanimidade Buarqueana?

Nelson Rodrigues dizia que a unanimidade é burra. Por isto é bom que não exista (mais ) tanta unanimidade em torno de Chico Buarque. Afinal, ele não é burro! Ao contrário, uma das mais lúcidas inspiradas, honestas e coerentes cabeças deste Brasil de poucos ídolos que resistem ao tempo.

Orlando, razões para iniciar 1990 sorrindo

Mais duas razões para Orlando Azevedo iniciar o ano com o mais dentifrício sorriso: foi um dos dez profissionais escolhidos pela Kodak a figurar numa caixa-brinde, editada em comemoração aos 70 anos da empresa no Brasil, e o livro sobre Foz do Iguaçu, inaugurando a série "Nossa Terra", editado pelo Bamerindus, foi um dos poucos elogiados por Ana Maria Ciccacio no "Jornal da Tarde".

Denise, superstar dos anos 90, na conquista da América

E a (nossa) estrela Denise Stocklos continua a subir! Quem não leu o "Jornal do Brasil" da última quinta-feira, 11, ficou sem saber que a mímica iratiense - hoje considerada uma das melhores do mundo - está pela terceira vez fazendo temporada no LaMama, um cult-theater no Greenwich Village, cuja proprietária, Ellen Stewart, apaixonou-se pelo trabalho de Denise e desde 1987 a vem hospedando para anuais temporadas de 30 dias no bairro boêmio e artístico da Big Apple.

No campo de batalha

Uma demonstração da importância de "O Urso": "Première", uma das mais sofisticadas revistas do cinema dos Estados Unidos, dedica três páginas, a cores, em sua edição de dezembro último, ao filme de Jean-Jacques Annaud. xxx Ilustrado com fotos de cenas, mostrando as dificuldaes na realização deste filme que teve como "astros" dois ursos, a repórter Kathy Bishop descreve, detalhadamente, como muitas cenas foram feitas. Por exemplo, a seqüência final, na qual o ursinho Douce é perseguido por uma feroz puma, rio abaixo, custou semanas de preparo e muita habilidade dos treinadores.

Quando os ursos sonham

"A maior emoção não está em matar. Mas em deixar viver". (James Oliver Curwood)

Bia, cores do mundo, na paisagem mexicana

Desde que fez sua primeira exposição na galeria do Centro Cultural Brasil-Estados Unidos - e lá se vão quase 20 anos - a curitibana Bia Wouk mostrou uma extrema sensibilidade nos seus trabalhos. Uma leveza de gaivota e a profundidade de poeta - que ela, também como escritora desde a adolescência, crescida entre os melhores livros da imensa biblioteca de seus pais, Miguel e Maria de Lourdes Wouk, sempre respirou e absorveu.

No campo de batalha

O promotor Joaquim Tramujas, que virou notícia nacional com a polêmica em torno do livreto "Passe a Cuia, Tchê!" - no qual defendeu a tese de que o chimarrão foi levado ao Rio Grande do Sul pelos paranaenses - vai trocar a erva mate pelo scotch: passará os próximos seis meses em Londres. xxx

Os "cult-movies" que os americanos curtem

Vai demorar, mas ainda chegaremos lá: a edição em vídeo de filmes que mesmo nos Estados Unidos ficaram na categoria de cult - isto é, fracassos em seus lançamentos comerciais, revalorizados depois. Ou então obras-propostas que mesmo no lançamento já chegaram com o estigma do fracasso financeiro.

No campo de batalha

Flautista, professora, pedagoga, com cursos de especialização no Instituto Orff, em Viena (onde residiu por 3 anos e meio), a criativa Marina Samways foi uma das quatro brasileiras convidadas para retornar a Áustria, em julho próximo, levando um amplo relatório de aplicação na prática do que aprendeu naquela instituição. xxx

Com Martin, os engenheiros querem reforma na política

As previsões (otimistas) indicam que haverá de 600 a 900 candidatos sonhando com uma vaga na Assembléia na próxima legislatura - não apenas por idealismo, mas considerando que a remuneração, em 1991, já terá passado dos Ncz$ 500 mil - a não ser que os sonhos coloridos de conter a inflação se transformem em realidade. Pessimistas dizem que os candidatos passarão da casa dos mil - só no âmbito do Legislativo estadual - e uma campanha ficará na casa dos muitos dígitos.

Crianças encolhidas e mestre da música são boas estréias

Apesar de alguns filmes se manterem em cartaz, vindo ainda do final do ano passado - como "De Volta para o Futuro II" (Condor/Lido I), "Os Trapalhões na Terra dos Monstros" (Cines São João e Lido II, sessões da tarde) e "Os Caça Fantasmas II" (agora, em programa duplo, com "La Bamba", No Morgenau), começa a existir uma renovação na programação.

Era uma vez um projeto para promover a música paranaense

Mais uma imensa baixa no panorama cultural paranaense: após 18 meses de trabalho, investimentos no valor de US$ 200 mil e prejuízos que passaram dos US$500 mil, o animador cultural Romário Borelli está fechando a Alamo-Sul, estúdio de som que pretendia atuar na área de produções fonográficas em Curitiba, atingindo todo o Estado.

Romário, idealista animador cultural

Há 11 anos, quando assumiu a direção de arte e programação da Fundação Teatro Guaíra, o engenheiro Luiz Esmanhoto, ex-ator e ex-crítico de teatro (hoje um dos mais bem pagos consultores em informática do país), definiu-se pela peça "O Contestado" para marcar o reaparecimento do Teatro de Comédia do Paraná. Contratou um dos bons diretores que surgiram nos anos 70, Emílio Di Biase, reuniu um grupo de intérpretes seguros e a monatagem da peça que fala sobre a questão do Contestado, entre Paraná e Santa Catarina, foi um sucesso de público e crítica.
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