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Aramis

Artigos por data (1991 - Março)

Os advogados e a sua bissexta publicação

No final do ano passado, o Instituto dos Advogados do Paraná lançou sua "Revista", referente ao ano de 1990, com 268 páginas reunindo 17 textos entre artigos, pareceres e mesmo discursos de vários profissionais do Direito. Não deixa de ser um mérito o diretor de publicação João Carlos de Almeida, ter conseguido dar periodicidade a esta revista - especialmente porque a tradição editorial no Instituto parece ter sido a de postergar a revista.

No campo de batalha

Um destaque que deve ser feito em relação aos músicos que estiveram no Paiol, no último fim de semana, acompanhando Johnny Alf: o saxofonista Idris Boudrioun (Nancy, França, 05/01/1958), radicado há 8 anos no Brasil e que já fez dois esplêndidos elepês como solista. Junto com Idris, vieram o baterista Ivo Caldas, 43 anos e o baixista Lúcio Maciel, 34. xxx

Mafiosos e lobos nas telas

De longe, as duas grandes estréias no cinema, hoje, são "Dança com Lobos", que marca o galã Kevin Costner ("Os Intocáveis", "Sem Saída", "Campo dos Sonhos") em sua primeira direção (além de intérprete e roteirista). O filme lhe valeu 12 indicações à estatueta dourada - e o transformou no novo "golden boy" da indústria cinematográfica.

Lições de Gino para acabar a lei do cafajeste Gerson

Nenhum livro poderia ser mais oportuno: "Consumidor Versus Propaganda", de Gino Giacomini Filho (Summus Editorial, volume 40 da coleção "Novas Buscas de Comunicação", 176 páginas, Cr$ 3.520,00). Como subtítulo - e principal atração - "Contem com o Novo Código de Defesa do Consumidor Comentado".

Doenças dos músicos

Pesquisador incansável da música popular, o professor Alceu Schwaab (foto) se interessou em conseguir um exemplar da tese que o médico Renato Bonik fez sobre doenças ocupacionais dos músicos.

Biografia de Vianinha

O cada vez mais fértil campo das biografias - que tem subido nas relações dos best-sellers - estimula novas obras, especialmente encomendadas por editores de visão. Enquanto o jornalista Fernando de Moraes - trocando a Secretaria da Cultura pela da Educação, em São Paulo - não consegue concluir o seu aguardado livro sobre Assis Chateaubriand, a Nórdica lança, em abril, "Vianinha, Cúmplice da Paixão", que o editor Jorge Bernardes considera como principal título de sua programação deste primeiro semestre.

No alto do Capanema, uma rua para o Eddy

Seis meses após a trágica morte do jornalista e dramaturgo Eddy Antônio Franciosi (1930-1990), surge uma oportunidade ideal para a cidade que ele tanto amou - e viveu por mais de 35 anos - lhe prestar uma merecida homenagem. Uma rua que a Secretaria de Obras começa a abrir agora, no bairro do Capanema, em bela área ecologicamente preservada, se presta especialmente para receber o nome de Eddy. Fica a sugestão à Câmara Municipal.

Ligando bairros, uma nova área se aproxima

Mais do que a abertura de ruas de ligação entre algumas avenidas na Zona Leste da cidade, o prosseguimento da Rua Ostoja Roguski, em 700 metros, a partir do final da Rua Agamenon Magalhães / cruzamento com a Avenida Centenário - e ultrapassando a linha férrea - abrirá uma nova área da cinema, até hoje preservada pela falta de acesso. O trecho concluído - e que será oficialmente inaugurado no aniversário de Curitiba - já está permitindo alcançar a Avenida Afonso Camargo de uma forma mais rápida.

Dalvan, o ex-caipira sofisticou seu canto

Um exemplo de artista rural que passa pelo processo do que se poderia chamar de rurbanismo, é Dalvan (José Gomes de Almeida), paranaense de Planaltina. Formando dupla com o goiano Duduca (José Trindade, Anápolis, 04/07/1936 - São Paulo, 17/02/1986), após terem feito sucessos de raízes rurais - e quando estavam em ótima fase - aconteceu a trágica morte de Duduca. Dalvan, então, reciclou sua carreira: deixou crescer ainda mais os cabelos, substituiu a linguagem rurbana por um rock de subúrbio, com romantismo brega, e a partir do próprio disco que chamou de "Novo Rumo" buscou o lado romântico.

Programas especiais de música

A Rádio Estadual do Paraná, numa promoção da Secretaria de Estado da Cultura, apresenta a seguinte programação para a semana de 18 a 24 de março"

Pastor Abrão, escute os nossos mestres do ensino

Uma das mais felizes escolhas do governador Roberto Requião para o seu secretariado, o pastor e professor Abrão Elias, que assume segunda-feira a pasta da Educação, talvez venha a fazer aquilo que muitos dos que o antecederam não souberam: aproveitar o know-how de admiráveis educadores paranaenses, que, embora aposentados, continuam fortes e lúcidos, dispostos a oferecerem sua experiência (e competência) para as delicadas questões do ensino.

Professora Eny, a que trouxe o método Montessori para o Paraná

O nome de Eny Caldeira, como educadora, é sempre relacionado como a pessoa que trouxe o método pedagógico desenvolvido pela mestre italiana Maria Montessori (Ancona, 1870 - Noordwijk, Holanda, 1952) ao Paraná. Intuitivamente, esta paranaense de Prudentópolis - onde nasceu em 23 de outubro de 1916 - sentiu que seria com a grande pedagoga européia que teria o rumo para a sua missão de fazer mais do que simplesmente dar aulas em escolas curitibanas.

Um laboratório sem teto encaixotado no depósito

- "O que mais fez com que Eny ficasse doente foi o fato de ela ter sido afastada daquilo que mais ama: o ensino". Com a devoção que dedica há mais de 25 anos a sua mestre e amiga, a capixaba Noemia Leal, faz uma confidência: - "Desde que Eny deixou de exercer o seu trabalho diário no ensino, sentiu-se amputada. Especialmente porque a idade nunca a impediu de trabalhar".

Meio século ensinando gerações de brasileiros

No dia 16 de fevereiro de 1987, quando foi homenageada pelos seus 50 anos de magistério, Eny Caldeira fez questão de lembrar o seu avô materno, Gerônimo Durski, emigrante polonês que chegou a escrever durante a longa viagem de navio uma cartilha ensinando o português para os seus compatriotas, que vinham para o Brasil. - "Acho que o ensino sempre fez parte de minha vida", disse a professora Eny, no emocionante depoimento gravado na semana passada para o projeto Memória Histórica.

De Cornélio aos rurbanos, a tradição pela música da terra

Qualquer pesquisa de maior profundidade sobre a música rural - hoje rurbana, desaguando no brega suburbano - que se transformou num dos gêneros de maior rentabilidade no mercado fonográfico tem que passar pela Continental. Assim como a Copacabana, a família Bungthin deve ao seu elenco sertanejo a sobrevivência empresarial nos anos difíceis - especialmente no imenso elenco que foi formado por outra etiqueta histórica, a Chantecler - inicialmente uma divisão da firma Cassio Muniz, depois integrada ao grupo Indústrias Elétricas S/A.

Continental e a sua história gravada fundo dentro da MPB

Com a Copacabana - Som, Indústria & Comércio, praticamente desativada em sua área fonográfica - embora alguns lançamentos ocasionais ainda aconteçam - a sexagenária Continental se mantém como a única grande fábrica de discos controlada exclusivamente por capital nacional.

Podem ser bregas, mas garantem sobrevivência

Pela sua própria característica de ser uma fábrica formada por capital nacional e, desde 1943 - quando separou-se da antiga Columbia - ter sido obrigada a confiar antes de tudo em seu elenco verde-amarelo, a Continental possui um acervo dos mais brasileiros. Sem preconceitos de gêneros e esteticismos artísticos - ao contrário, buscando os mais diferentes gêneros e artistas - os adjetivos de "brega", "caipira", "comercial", etc. - nunca contaram na produção desta gravadora que hoje tem um grande catálogo.

Governo Requião, ano 0: mudança de guarda

Governo Roberto Requião, hora zero. O velho adágio de que "vassoura nova varre bem" confirmou-se pelos ponteiros do relógios: às 7 horas da manhã de ontem, em algumas repartições - e mesmo no Palácio Iguaçu - já havia gente nos corredores. Janelas abertas, salas limpas, mesas em ordem - um clima de assepsia burocrática nesta mudança da guarda (civil) das coisas do Estado. Mesmo em clima de branca paz - na sucessão tranqüila da administração Álvaro Dias - obviamente que começam nesta semana as primeiras substituições.

A arte de chefiar (em boa paz) um gabinete

O dia em que alguém tiver a iluminada idéia de escrever um bem humorado livro sobre a burocracia oficial, a figura do chefe de gabinete dos donos do poder poderá merecer um dos melhores capítulos. Afinal, em qualquer órgão de administração pública, esta função é fundamental para o êxito do titular do cargo - pois desde os menores problemas administrativos até as mais delicadas questões políticas exigem uma pessoa com jogo de cintura para aparar arestas, acalmar ânimos, entender explosões do "Chefe" e contornar solicitações das mais absurdas.

A nostalgia colorida dos tempos de Juarez

Paisagens tipicamente curitibanas, com pinheiros recriados de uma maneira muito pessoal, estão nos quadros que compõe a mais recente individual de Juarez Machado - apropriadamente chamada de "Parfum: Memoire", inaugurada no último dia 12, no Gaymu Inter Art Galerie / Art Contemporain Latin Américani (8, Passage, Thiére 75011, Paris), que estará aberta até o dia 11 de maio.
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