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Aramis

Artigos por data (1992 - Fevereiro)

Noite Vazia (V-Final) - Nem com o Carnaval, nossos músicos têm mais empregos

A redução nos bailes carnavalescos neste ano é mais uma comprovação da crise econômica e que se reflete violentamente contra os músicos. Conforme algumas colunas sociais registram, duas das mais tradicionais sociedades da cidade - Thalia e União Juventus - decidiram fundir seus bailes, como fórmula de reduzir as despesas.

Curitiba, o cemitério dos sonhos artísticos

Terra de todas as gentes - conforme o título do musical que o jornalista Adherbal Fortes e o compositor (e hoje publicitário) Paulinho Vitola criaram para o espetáculo que inaugurou o auditório Bento Munhoz da Rocha Neto - Curitiba, nunca exigiu atestado de paranaense para nenhum músico que aqui chegasse. Graças a isto, instrumentistas de várias partes do país - e alguns até de outros países - aqui sempre foram bem recebidos, deram sua contribuição mas, infelizmente poucos permaneceram - por uma simples razão: falta de melhores chances profissionais.

Agora a recuperação é na velha estação.

Um dos projetos que o prefeito Jaime Lerner acaricia para 1981 e que executará se sobrarem recursos é o de reciclagem dos casarões decretados como "unidades de preservação" da Rua Barão do Rio Branco, especialmente nas imediações da Praça Eufrázio Corrêa - uma das mais belas e acolhedoras da cidade, mas também das mais esquecidas em sucessivas administrações.

Quando Hollywood sofreu com o histerismo da "Caça às Bruxas"

Hollywood Cada manhã, para ganhar o meu pão Vou ao mercado onde compram mentiras. Cheio de esperanças Entro na fila dos vendedores (Bertold Brecht, 1898-1956) xxx Qual a atualidade que um filme abordando fatos ocorridos há quase 50 anos pode ter neste final de milênio? Teria sido aquilo que se chama de Macarthismo mais cruel do que as perseguições sofridas por décadas por intelectuais, artistas e opositores do governo soviético?

Nicholson em dupla dose de bom talento

Há atores que garantem o interesse de um filme. Jack Nicholson, é um exemplo dos mais representativos.

McCarthy, o estigma de uma vergonha dos Estados Unidos

O nome do senador Joseph Reymond McCarthy (Grande Chute, Wisconsin, 14/11/1908 - Maryland, 2/5/1957) ficou identificado ao Comitê de Atividades Anti-Americanas (HUAC), como símbolo de uma época de perseguições, delações e infâmias da história americana.

Videolançamentos

A CIC Vídeo começou 1992 lançando títulos inexpressivos - embora, como promete o sempre atencioso Paulo Góes, homem de marketing da empresa, deve acontecer uma mudança a partir do sistema self-thrue (vendas diretas) com clássicos, a partir de março. Afinal, os últimos títulos oferecidos pela poderosa multinacional não entusiasmam ninguém. A frustrada comédia "Rei por Acaso" (King Ralph), de David Ward, desperdiçando o talento de John Goodman (ótimo, por exemplo, em "Bart on Fink - Delírios de Hollywood") e Peter O'Toole já não tinha funcionado no circuito e agrada ainda menos na telinha.

José Maurício, o cantor que ama (e ajuda) a MPB

Entre as pessoas que mais tem auxiliado a música brasileira nestes últimos anos destaca-se um jovem executivo, que vem canalizando todo seu tempo livre - e muitos recursos - para que nossos talentos encontrem um prestigiamento cada vez mais difícil. Chama-se José Maurício Machline, é vice-presidente de comunicação do grupo Sharp, ama a música desde a infância e, tem mostrado como uma empresa pode manter um grande evento cultural.

Adamiu valoriza os títulos pela Paris

A Paris Vídeo, empresa do grupo Paris Filmes - dirigida por Alexandre Adamiu, embora tenha 80% de seu faturamento na importação e distribuição de filmes de ação, na linha terror, lutas marciais e sexo, vem surpreendendo com alguns títulos de qualidade.

Passaram-se 20 anos, mas o Roupa Nova continua o mesmo

Entre tantos grupos vocais-instrumentais que surgiram nos últimos anos, praticamente todos na linha da música colonizada, o Roupa Nova é uma salutar exceção. Suas origens estão há 20 anos passados, quando Nando e Cleberson Horsth formaram um quarteto com Paulinho e Kiko - ao qual se somaria, em 1976, Ricardo Feghali e, dois anos depois, Serginho Herval. Na época, o conjunto chamava-se Famks - nada a ver como o ritmo funky e sim as iniciais dos rapazes.

E também se foi Paquito, último gerador de sonhos

Com a morte do estimado Paquito - Francisco Morilha, às 5h30 do último dia 30, quinta-feira, desapareceu a última testemunha da primeira fase dos cinemas de Curitiba.

No campo de batalha

Enganos de digitação e montagem do jornalismo diário já são vistos normalmente pelos leitores, mas falhas maiores modificam, muitas vezes, o sentido do texto. Portanto, algumas correções aos nosso comentários de domingo em relação ao (excelente) "Condenado por Suspeita" (cine Ritz) na edição de domingo.

A morte de Gonzaguinha e a ressurreição de Renato

Renato Manoel Costa, gostaria de legalmente poder alterar seu registro civil para indicar duas datas de nascimento: a primeira, há 33 anos, 12 de agosto de 1957, em Bragança Paulista, SP; a segunda, em Francisco Beltrão, em 29 de abril de 1991. Na última quarta-feira, 29, em Curitiba, Renato Manoel comemorou com alguns amigos, que aqui fez, os "meus primeiros nove meses desta nova vida que Deus me concedeu".

Sanfoneiros unidos para homenagear os Gonzagas

Cinco dos maiores sanfoneiros do Brasil - Renato Borghetti, Oswaldinho do Acordeon, Nando Cordel, Joquinha Gonzaga e Dominguinhos - com a participação de Mingo na Zabumba e Daniel Gonzaga em vocais farão no dia 14 de março um dos espetáculos mais importantes da temporada 92 do auditório Bento Munhoz da Rocha Neto: "Pense Neu".

A solidariedade que ressuscitou Renato

Dedicando-se exclusivamente a administrar a carreira e os negócios de Luiz Gonzaga Júnior, através de sua editora Moleque, Renato Manoel Costa já vinha estruturando, em termos legais, a Fundação Asa Branca, no patrimônio que Luiz Gonzaga havia destinado, na cidade de Exu, 700 km do Recife, para sediar um generoso projeto cultural.

Sean esréia como diretor e Alan analisa mundo feminino

Numa semana em que a atenção do público se volta a "JFK" - o que deverá garantir casas lotadas no Astor e Cinema I - acontecem mais duas estréias importantes.

Se Lerner renunciar, Zelia ou Nelly podem chegar a prefeita

A possibilidade do prefeito Jaime Lerner disputar a prefeitura do Rio de Janeiro - em decorrência do domicílio eleitoral ficar reduzido em 100 dias - provocou, naturalmente, um vendaval de boatos e especulações neste período em que os partidos começam a definir seus candidatos. Ontem, pela manhã, um aspecto novo na questão - naturalmente sujeito a múltiplas interpretações - era analisado por vários experts em política: no caso de Lerner renunciar a prefeitura em junho para concorrer à sucessão do prefeito Marcelo Alencar, com todo apoio da máquina brizolista, quem o sucederá na prefeitura?

Nireu, anjo-da-guarda de Lerner, é o prefeiturável

Independente de Jaime Lerner renunciar ou não a Prefeitura de Curitiba para disputar a Prefeitura do Rio de Janeiro, um fato é certo: mesmo enxugando as centenas de convites que chegam diariamente ao seu gabinete, fará ainda muitas viagens ao Exterior nos próximos meses.

E chega o filme que discute morte de JFK

Desde que a Igreja condenou "Je Vous Salue, Marie" (1984, de Jean Luc Godard) e "A Última Tentação de Cristo" (88, de Martin Scorcese) que um filme não provoca tanta discussão: "JFK - A Pergunta que não quer Calar" (Cine Astor, 14, 17h15 e 20h30; Cinema I, às 15 e 19h30). Mesmo o Instituto Gallup tendo confirmado em julho do ano passado, que 73% dos americanos não acreditam nos resultados do suspeitíssimo Relatório Warren, as teorias que Oliver Stone propõe em seu filme valeram uma tormenta de críticas e acusações, admitindo até que não descarte a possibilidade de sofrer um atentado.

As revistas alternativas e especializadas em ascensão

Enquanto o mercado tradicional de revistas afunila-se cada vez mais em torno de poucas publicações de interesse geral e há uma segmentação por especialidades, as publicações regionais - que durante décadas, até os anos 60, traduziam um jornalismo de valor praticamente desapareceram. A época de publicações como a "Revista do Globo", em Porto Alegre, "Alterosa", em Belo Horizonte e a "Panorama", que em Curitiba (após ter sido fundada em Londrina, pelo professor Adolfo Soethe) chegou a atingir quase 40 mil exemplares, parece ter passado.
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