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Época de Ouro

Paulinho da Viola, a resistência da MPB

Há quatro anos que Paulinho da Viola não lança disco novo. E há quase dois que não vem à Curitiba. Sua última apresentação foi no SESC da Esquina, modestamente, quase desapercebido. Portanto, sua única apresentação, hoje à noite (21 horas, auditório Bento Munhoz da Rocha Neto) tem uma especial significação: nos traz, a (rara, portanto) chance de aplaudir um dos mais importantes nomes da MPB. Qual é o melhor Paulinho? O compositor? O instrumentista? - além do violão, também o cavaquinho e mesmo o bandolim? Ou o cantor, voz afinadíssima, suave, redonda, como poucos?

Quem tem medo do Tinhorão?

Quem tem medo de J. Ramos Tinhorão? Parodiando o título da mais famosa peça do norte-americano Edward Albee, esta pergunta já encimou muitas apresentações daquele que é, sem dúvida, o mais polêmico, odiado, mas também admirado por muitos dos jornalistas que se dedicam à música popular brasileira.

Trocando figuras, afinal o tempo feliz para os "ratões" dos festivais

Uma expressão, ainda não dicionarizada mas que já faz parte da linguagem musical: os Ratões de Festivais. Define aqueles compositores-intérpretes de talento que, na busca de um espaço profissional mas lutando ainda pela falta de oportunidades, apresentam-se regularmente em festivais de MPB que se realizam onde quer que pinte uma boa grana. Em São Paulo, Minas, Goiás, Rio de Janeiro - para falar apenas nos Estados em que se observa mais esta figura, há pelo menos uma dúzia de talentos que há anos vêm acumulando premiações.

Nilze, a descoberta de Adelzon

O paranaense Adelzon Alves é hoje, possivelmente, um dos "dez mais" cariocas. Moço humilde que chegou do Norte do Paraná no início dos anos 60, trabalhou em várias emissoras de Curitiba, e consciente dos direitos trabalhistas de uma categoria tradicionalmente explorada, foi um dos batalhadores para a formação do Sindicato dos Radialistas. O que lhe custou, com o golpe militar de 1964, perseguições mil. Obrigado a deixar Curitiba, foi para o Rio de Janeiro - onde não conhecia ninguém, sem dinheiro, sem proteção alguma.

De gente & fatos

Salete Maria La Chiamuleta apresenta-se, hoje à noite, no Country Club, como parte de um roteiro de concertos de aquecimento que se propôs a desenvolver para adquirir maior cancha de palco e chegar ao XI Concurso Internacional de Piano Frederic Chopin em Varsóvia, em outubro, com bastante tranqüilidade. Salete já fez concertos no auditório da Biblioteca Pública e no Clube Curitiba, e vai se apreaentar, ainda: na Reitoria, dia 3, terça-feira; na Sala Scabi/Solar do Barão, dia 9; e no Auditório Salvador de Ferrante, dia l6.

Chorô (II)

A velha lei do mercado funciona: da quantidade acaba saindo a qualidade. O que é bom permanece, o que é supérfluo é esquecido. Assim como os compositores e interpretes do samba autêntico resistem aos modismos, ao marketing do sambão-jóias, também os verdadeiros talentos do Choro vão resistir à inglação do gênero, que ao lado de seus aspectos positivos, provocam o aparecimento de muito material de melhor qualidade. E os bons registros do choro autêntico aparecendo.

Artigo em 04.11.1977

De uma reunião que promovemos há seis meses, entre Cleto de Assis, diretor de assuntos culturais da Universidade de Londrina e o jornalista Ilmar de Carvalho, do conselho do Museu da Imagem e do Som, no Rio de Janeiro, concretiza-se agora uma promoção cultural da maior importância: o I Encontro Nacional do chorinho, previsto para 29 de novembro a 4 de dezembro. A Idéia surgiu quando, a 1º de maio de 1976, Cleto, o jornalista Edilson Leal e o médico José Baldy, fundaram o Clube do Chorô, em Londrina.
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