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Andanças de Denise

Denise Stocklos, uma garota que, saindo de Irati, balançou o coreto teatral da cidade na segunda metade dos anos 60, com peças irreverentes mas de muito talento, a partir de "Circulo na Lua, Lama na Rua", tem corrido o mundo nos últimos meses. Depois de fazer teatro no eixo Rio São Paulo, com algumas atuações de destaque, aparecendo também em filmes, viajou, em agosto de 1977, em companhia de seu segundo marido, para Israel, para trabalhar num kibutz e estudar hebráico. Dois meses depois foi para Londres, trabalhando na BBC, indo finalmente para a África do Sul, onde se encontra atualmente.

Denises paranaenses que deram certo lá fora.

Denise stocklos, uma iratiense de talento quebnos últimos 5 anos tem percorrido o mundo e fazendo espetáculos de mímica, voltou a Curitiba em 14 de julho, dia de seu 30o aniversário, por uma razão muito especial. Desejou que o seu segundo filho nascesse no Paraná e quarta-feira, na Maternidade Moysés Paciornick, pelo método de parto de cócoras, teve um belo menino, cujo nome ainda não foi escolhido. Thais, 2 anos, a primeira filha de Denise, nasceu na África do Sul, como registramos nesta coluna, na época. Xxx

Denise: de Irati aos aplausos na Europa

Há algumas, a pianista Deyse Stocklos já nos havia comunicado, por telefone, a boa notícia: sua irmã, Denise, paranaense de Irati, 30 anos, há 5 anos fora do Brasil, começava a se projetar na Europa com um trabalho bastante pessoal na áres da mínima. Agora, num envelope postal em Londres, há 19 dias passados, recebemos uma cópia em xerox do programa que Denise apresentando em várias cidades da Inglaterra, intitulado << Beryl & The Perils >> - << a women`s theatre goup >> .

E começou a chegar o som da mãe África

Realiza-se agora o que antecipávamos há cinco, seis meses, em registros aqui nesta página: o marketing musical da chamada música negra, com ao menos duas multinacionais - WEA e RCA - voltando-se para conjuntos e solistas africanos. O primeiro pacote negro está nas lojas, nesta temporada em que o mercado pop absorve também o jazz fusion japonês e, vejam só, até um primeiro lp com o rock soviético ("Panorama 86"), que exibe, em primeira audição brasileira sete bandas do Festival de Música Popular Jovem.

Afinados, fortes e até políticos

O ritmo é agradável. Afinal há raízes comuns e a percussão não poderia ser basicamente diferente. Só que as vezes é um tanto monocórdia, convidando ao sono - risco que os discos "Exóticos" sempre trazem. Felizmente, apesar de elementos modernos - incluindo sintetizadores, em alguns casos - e adaptação ao gosto jovem, substituindo um certo primitivismo tribal, não há eletrificação em excesso. Os vocais são afinados e harmoniosos, mesmo sendo impossível entender uma única palavra.

Zizi, o canto do adeus

Ao lado dos contatos comerciais estabelecidos nos dois dias que passou em Curitiba, o "record-man" Harry Zuckermann, vice-presidente da Companhia Industrial de Discos, do Rio de Janeiro, teve oportunidade de ouvir pelo menos duas belas vozes femininas: as cantoras Zizi Barnier e Eliana da Praia. Diretor há 10 anos de uma das poucas gravadoras totalmente nacionais, Zuckermann está habituado a ouvir diariamente novos intérpretes.

Pau-de-arara

Embora admirado pelo público por suas canções românticas, principalmente as que fez em parceria com Geraldo Vandré (Quem Quiser Encontrar o Amor) e Vinícius de Moraes (Minha Namorada, Marcha da Quarta-Feira de Cinzas), foi uma música inspirada num xaxado que mais rendeu a Carlinhos Lyra em direitos autorais. Pois Lyra - que já chegou a Curitiba para uma série de apresentações - criou o tema "Pau-de-Arara" para o musical "Pobre Menina Rica". Segundo Vinícius de Moraes, autor do libreto, o sujeito existiu: "Eu o conheci. Era um cara muito inteligente e comia gilete em Copacabana".

Para Senegal

Da Sucursal de Maringá: A indústria de Máquinas Agrícolas Maringá, que fabrica a Trilhadeira Maringá, está desenvolvendo negociações com o governo do Senegal na África do Sul para exportação aquele pais de trilhadeiras de pequeno porte. No momento as negociações ainda estão na roda diplomática, mas acredita-se que até o final do ano algo de concreto exista a esse respeito. Para a Bolívia já foram exportadas dez trilhadeiras, de acordo com informações da direção da empresa.

Artigo em 17.01.1970

Norton Morozowicz, 22 anos, filho de família de artistas e um dos melhores músicos paranaenses, aproveitou as férias para rever seus pais e participar do 6º Festival de Música de Curitba. Depois de ter integrado o Sam Jazz Trio (com o qual ganhou o prêmio de melhor solista na I Sam Session do Paraná, em 1967) e o Ludus Tercius, Norton aceitou o convite do maestro Issac Karabtchewsky para ser o 3º flautista da Orquestra Filarmônica Brasileira. Dedicando-se apenas ao estudo da música clássica, Norton está satisfeito profissionalmente e não pretende deixar tão cedo a Guanabara.
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