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Alain Resnais

"&", um jogo-texto do gaúcho criativo

Há duas décadas e meia, o francês Alain Robbe-Grillet - que se tornou conhecido no Brasil pelo roteiro de "O Ano Passado em Mariembad" (realizado por seu amigo Alain Resnais), propunha dentro da revolução do Noveau Romain [ Nouveau Roman] um livro com páginas soltas, podendo ser lido sem uma ordem tradicional. Mais tarde, outros autores - inclusive os argentinos Borges e Cortázar - também fizeram outras experiências na mesma linha, propostas que justificam até hoje milhares de páginas interpretativas dos Scholars mais respeitados da literatura mundial.

Lelouch, a ternura que faz o cinema reencontrar as imagens

Claude Lelouch sempre teve os olhos colocados no futuro. Em um de seus mais autobiográficos filmes "Toda uma Vida" (Toute une vie, 1972), uma história que se alongava por várias gerações - como, 10 anos depois, repetiria em "Retratos da Vida" (um dos filmes de maior bilheteria no Brasil nos últimos 5 anos), a história começava no início do século e propunha, ao final, uma continuação até o ano 2.000. Portanto, da útlima coisa que Lelouch iria falar seria sobre a morte do cinema.

Uma suave viagem ao mundo interior

"De Veneza Com Amor" (cine Groff, 5 sessões, 2ª semana) é o exemplo daqueles filmes-surpresa. Realizado por um diretor desconhecido, sem nomes famosos no elenco, num lançamento obscuro e com uma única cópia (já bastante danificada) em distribuição no Brasil, se constitui, entretanto, numa obra-prima que, seguramente, estará entre os dez melhores lançamentos do ano.

Marguerite, mon amour

Através do roteiro de "Hiroshima, Mon Amour", que Alain Resnais filmou em 1959, Marguerite Duras se tornou conhecida em muitos países. Era a época do noveau-roman e sua linguagem em códigos, rompendo a narrativa tradicional, foi levada a extremos ainda maiores em "O Ano passado em Mariembad", que o mesmo Resnais fez em 1961 - e que, até hoje, continua a ser um filme-esfinge.

Um banquete maravilhoso para todos os paladares

[Em abril último], durante um encontro informal com os jornalistas que cobriam o XII Festival de Cinema Brasileiro de gramado, o presidente da Embrafilmes, Roberto Parreiras, comentando o crescimento daquele evento, acrescentava: "O Brasil precisa, agora, é de um festival internacional. Temos que ter, também, um acontecimento que atraia as atenções de cineastas de todo o mundo".

Duras para milhares

A Iotação total nas duas únicas apresentações de "A Amante Inglesa" no auditório Bento Munhoz da Rocha Neto, no último fim de semana, constituiu, sem dúvida, um registro histórico. Não pelo interesse do público em aplaudir ao vivo dos superstars da aldeia global - o "Otávio" da "Guerra dos Sexos" (Paulo Autran) e a "Muriel' de "Louco Amor" (Tônia Carrero) mas, justamente, por terern assistido um dos mais herméticos e difíceis textos da moderna dramaturgia.

O amor & a vida na ótica de Truffaut

Alguns críticos costumam dizer que os grandes cineastas - como Fellini, Resnais ou Bergman - muitas vezes parecem estar sempre (re)fazendo o mesmo filme. A esta relação pode-se acrescentar François Truffaut, hoje aos 48 anos e, sem margem maior de discussão, talvez o mais regular e sólido de toda a chamada geração "nouvelle vague". Embora ao longo de sua filmografia de longas-metragens, a partir de 1959, tenha freqüentado diferentes gêneros, o que mais tem caracterizado sua obra é o otimismo, a contemplação dos sentimentos humanos, os encontros e desencontros.

Os nossos documentaristas (I)

Mais do que um troféu a mais em sua já expressiva galeria de prêmios - a "Canoa de Ouro", que José Augusto Iwersen, 34 anos, conquistou no VI Festival Nacional de Cinema, em Penedo, Alagoas, no último fim de semana, como diretor de "Daniele, Carnaval e Cinzas" (melhor documentário) e "Doce Humanidade" (melhor filme didático), representa a comprovação de que o esforço, a dedicação e, sobretudo, o entusiasmo, formam um cineasta.

Welles e holandeses em cult movies de visão obrigatória

Cult movie foi uma expressão cunhada pela imprensa cinematográfica, nestes últimos anos, para definir aquele tipo de filme que passa desapercebido em seu lançamento, ignorado pelo público, veneno de bilheteria para o exibidor mas, posteriormente, reaparece como uma obra-prima - que todos os ditos "iniciados" em cinema desejam (re)ver e discutir.
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