Alceu Valença
A Missa do Vaqueiro
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 26 de setembro de 1976
Um aspecto que nenhum disc-review lembrou-se de registrar até agora, em relação ao aparecimento da " Missa do Vaqueiro" com o Quinteto Violado (Philips, 6349191, julho/76) é que com este lançamento a Phonogram passa a dispor de nada menos do que cinco diferentes formas litúrgicas regionais dos Santo Sacrifício da Missa, documentando musicalmente a tendência de tornar cada vez mais a liberalização da Igreja Católica, em relação a fazer chegar ao povo a mensagem do Evangelho, segundo a língua e os costumes de cada um.
Cantoras
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 05 de novembro de 1975
Filha de um dos grandes atores do teatro brasileiro, Abel Pêra, educada para ser artista aprendeu ballet, a cantar, a representar, Marília Pêra é, há mais de 10 anos, uma das mais graciosas e iluminadas atrizes brasileiras. No teatro (Peppin"), em shows de boite ("Alô, Alô Carmem Miranda") e, principalmente, na televisão ("Bandeira 2", para só citar um exemplo). Marília conquistou uma popularidade merecida.
Em cena
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 01 de outubro de 1975
Luiza Barreto Leite, uma gaúcha de extraordinária vitalidade, é um dos nomes mais respeitados do teatro brasileiro: atriz, diretora, professora de arte dramática, [ensaísta] e crítica, já tem quase 40 anos de vida artística e continua a acreditar e trabalhar pela vida cênica brasileira. Autora de um levantamento básico sobre a mulher no teatro brasileiro, editado há alguns anos, Luiza tem agora um novo volume lançado pelo Serviço Nacional de Teatro, que em boa hora decidiu dar continuidade a sua coleção de Ensaios: "Teatro e Criatividade" (219 páginas, agosto/75).
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Abertura (Opus 5)
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 06 de fevereiro de 1975
As vaias que durante quase cinco minutos impediram que Walter Franco, premiado com Cr$ 30 mil em 3º lugar na finalíssima de "Abertura" (Rede Globo de Televisão, terça-feira, 21 às 24 horas) pudesse apresentar a sua "Muito Tudo", refletiram a incompreensão do público presente no Teatro Municipal de São Paulo para com a experimental proposta do jovem compositor, que há 3 anos, no último FIC, já havia criado um sério problema, levando a demissão coletiva do júri da fase nacional pela classificação de sua música-happening "Cabeça".
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O bom forró, de Gonzagão a Nando Cordel
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 20 de abril de 1986
Como disse Eduardo Martins ("O Estado de São Paulo", 28/3/86), tudo os une, até mesmo a origem comum, e nada os separa, nem mesmo o sucesso. Criador e criatura, está longe o tempo em que Luiz Gonzaga (Exu, PE, 13/12/1912) e Dominguinhos (José Domingos de Morais, Garanhuns, PE, 12/2/1941) tocavam nas feiras e animavam bailes. Hoje, reconhecidos como intérpretes maiores, donos de públicos que se espalham por todo o País (e não apenas mais no Nordeste), eles influenciaram toda uma faixa musical - e, a cada novo disco, intercambiam experiências e amorosas presenças.
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O som dos pífanos
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 27 de abril de 1977
Vital Santos, 27 anos, ator, autor, radialista, jornalista etc., não está em férias ou licenciado do cargo de secretário de Turismo e Cultura da Prefeitura de Caruaru, Pernambuco. Na verdade, deixou essas funções há 3 meses, quando o arenista Draytom Nejaim substituiu ao emedebista João Lya Filho na Prefeitura daquele município. Durante 8 anos - nas administrações de Fernando Lyra (hoje uma estrela do MDB, na Câmara Federal) e de seu pai, João Lyra Filho, Vital desenvolveu um trabalho voltado à cultura popular no município de Caruaru.
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O brasileiros som dos Violados
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 12 de fevereiro de 1977
O Banco Nacional do Norte não poderia encontrar melhor maneira para mostrar que, como diz a sua publicidade, é um amigo na praça. Patrocinando a excursão do Quinteto Violado a cinco importantes cidades do Sul, o Banorte ofereceu oportunidade de uma grande faixa de espectadores conhecer musicas representativas da cultura popular do Nordeste, na interpretação de um grupo de instrumentistas que há cinco anos vem desenvolvendo um trabalho da maior validade.
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As notas e as imagens de Sérgio Ricardo
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 05 de novembro de 1974
"Nas nossas surdinas interiores, quando os ruídos da cidade não nos ferem os ouvidos, quantos de nós não nos embalamos com a lembrança de certas criações msicais privilegiadas de uns poucos grandes rapsodos nossos?
O que sei é que, nos meus silentes noturnos musicais, minha memória contabile se povoa de alguns deles e, seguramente, dos sons de Sérgio Ricardo, esse pan-brasileiro, que tem melorias e harmonias e cadências e timbres sons-nossos, expressões, dores e músicas sofridas e esperançosas, magoadas, amorosas e tristes, de nossa sensibilidade criativa".
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O cinema de Sérgio Ricardo
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 05 de novembro de 1974
A presença em Curitiba de Sergio Ricardo, compositor, cantor e cineasta, para a retrospetica de sua obra cinematográfica ("Menino da Calça Branca", 1961, curtametragem e "Esse Mundo é Meu", 63, hoje, terça-feira, 20,30 horas no auditório do Colégio Estadual; amanhã, mesma hora e local, "Juliana do Amor Perdido", 1970), conferirá, com certeza, maior repercussão ao lançamento do elogiado "A Noite do Espantalho" (cine Scala, dia 7), que representou o Brasil nos festivais de Nova Iorque e Toulon (França) e que, no recente festival de Belém do Pará, abiscoitou quatro troféus: melhor filme,
A Noite do Espantalho
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 05 de novembro de 1974
Pela primeira vez no Paraná, o compositor-pianista-ator-cineasta Sérgio Ricardo, 41 anos, 22 de carreira, mostra a partir de hoje as múltiplas faces de sreu talento. Em promoção do Centro Acadêmico Hugo Simas e Fundação Cultural, no auditório do Colégio Estadual, ma retrospectiva de sua pequena mas elogiada ogra cinematográfica: o curta metragem "Menino da Calça Branca", 61, e o longa "Esse Mundo é Meu", 63, e o longa "Esse Mundo é Meu", 63, hoje às 20.30 horas. Amanhã, "Juliana do Amor Perdido", 1970.