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Antônio Carlos Kraide

Lembranças de Vinícius nono aniversário do Paiol

Há nove anos passados, o ambiente em alguns setores da Prefeitura, era de trabalho, expectativa, quase nervosismo. Afinal, havia sido marcada para a (incômoda) data de 27 de dezembro, entre o Nata e o Ano Novo, não só a inauguração de uma sala de espetáculos, mas também um acontecimento tão histórico quanto emocionante: o primeiro show que Vinícius de Moraes faria em Curitiba. E antecedido de uma premiação aos melhores do teatro naquele ano de 1971, escolhidos por uma isenta comissão.

Artigo em 31.12.1980

O projeto Sol Maior, com o qual a Secretaria da Cultura vai marcar sua presença no litoral, acaba de sofrer a primeira baixa antes mesmo de iniciar. Devido à falta de colaboração do Sesc, recusando oferecer hospedagem e alimentação aos grupos de teatro que iriam a Matinhos, Caiobá, Guaratuba e outras praias, as peças "O Leiteiro e a Menina da Noite", "Zap Zupt Trac e Truques para manter o verde vivo" e "A Dama das calças sujas" não poderão serem vistas pelas crianças que estão nas praias.

Pavilhão, a linguagem esquecida que volta.

José Maria Santos, 47 anos de idade, 25 de vida teatral, um dos poucos homens a viver exclusivamente de seu trabalho nos palcos, decidiu assumir totalmente sua condição de comediante. Ator de fácil comunicação, que há 9 anos consegue lotar espaços com o monologo "Lá", de Sérgio Jockymann, Zé Maria decidiu ficar apenas na comedia, em termos de interpretação. Vai entrar 1981 com apresentações de "Lá" em varias cidades do Sul, repetindo, de certa forma, o que grandes atores do passado conseguiram por décadas: manter monólogos em repertório, sempre com aceitação popular.

Os seios gentis e um pato indigesto

Pela segunda vez, Antônio Carlos Kraide mergulha numa criação coletiva voltada para uma realidade que curte muito: a cidade de Curitiba. Em "Dos Seios Desta Mãe Gentil" (Guairinha, até o dia 2, 21h30 min) procura fugir do esquema "histórico-didático" que marcou as experiências anteriores em torno do mesmo tema, desenvolvidas com patrocínio oficial - "Cidade Sem Portas" (1972), texto de Paulo Vitola e Marinho Galera (1980).

Concurso revela os novos dramaturgos

Quase que paralelamente ao julgamento do 11º concurso de dramaturgia do Serviço Nacional de Teatro, no Rio de Janeiro, realizou-se em Curitiba o julgamento do I concurso paranaense de dramaturgia, instituído pela Secretaria da Cultura, através da Fundação Teatro Guaíra, para estimular os autores do Estado.

Artigo em 16.10.1981

Pouco a pouco, os compositores da safra 80 estão colocando suas cabeças de fora e mostrando trabalhos. No espaço (ou antiespaço) do Teatro Universitário, de Bolso, no Paiol - onde a bonita Gisele fez uma temporada no último fim de semana, no Glauco Flores de Sá Brito e mesmo nos auditórios maiores do Guaíra, compositores e instrumentistas da terra (ou aqui fixados) tentam ultrapassar o círculo dos amigos e chegar a uma faixa maior de consumo.

No Campo de Batalha

O professor Claude Taschini, que durante mais de 4 anos dirigiu a Aliança Francesa em Curitiba e fez um excelente trabalho, acabou voltando a Paris, definitivamente, sem avisar os muitos amigos que conquistou. Sua saída "à francesa", impediu que merecesse também as homenagens que, por certo, lhe seriam prestadas. Seu substituto, que ainda não conhecemos, é o professor Yvon Le Scornee. xxx

No campo de batalha.

Pelo visto a venda de obras de arte (nem sempre!) está deixando muita gente rica: nos últimos meses, mais de 5 galerias, a maioria pertencente a senhoras da classe A, inauguraram suas lojas. Uma das mais recentes é a Casabranka (Avenida Batel, 938), que de 28 de outubro a 15 de novembro apresenta 30 telas de Ferraciole, paulista, 31 anos. Xxx

Denise, o gesto, a emoção e a ternura

O mestre Aurélio Buarque de Hollanda define mímica como "maneira de quem tem mimo", explicando, linhas abaixo, que "no antigo teatro greco-romano, farsa popular, entremeada de danças e jogos, no qual se imitavam os caracteres e costumes da época". Para os brasileiros, mesmo a privilegiada faixa que acompanha os espetáculos artistico-culturais, a mímica é ainda uma arte estranha. Estranha pela falta de tradição e intérpretes, numa linha de criação que remonta a Grécia e Roma antigas, mas que, ao longo dos séculos teve sempre um pequeno desenvolvimento.
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