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Ariel Coelho

Reprises, seqüência e a estréia de A Lenda

Uma semana praticamente sem estréias, mas assim mesmo com alguns programas interessantes. Em termos de lançamento, a única novidade é "A Lenda" (Legende), de Ridley Scott - cineasta notável pelo rebuscamento de seus filmes ("Os Duelistas", "Allien, o Oitavo Passageiro", "Blade Runner") e que, voltando-se mais uma vez ao universo fantástico, realizou um filme de belíssimas imagens, bem recomendado pela crítica internacional.

No campo de batalha

Denise Stocklos não pára. Agora está retornando de Roma, onde participou de um evento artístico importante. Desta vez, viajou com alguma ajuda da Secretaria da Cultura do Paraná. E graças à atenção que Regina Gouveia, assessora de Suzana Guimarães, deu a Denise, é possível que venha a apresentar seu "Elis Aniversário" e "Habeas Corpus", no Guaíra, em breve. xxx

O cinema na busca do tempo de Proust

Os meses de janeiro e fevereiro significam férias para os apreciadores de filmes de qualidade. Dentro do natural raciocínio de que neste período o público mais exigente viaja ou deixa de freqüentar os cinemas - e as crianças passam a ter mais necessidade de opções para se divertir, os lançamentos se restringem a censura livre e produções destinadas ao simples entretenimento. Reprises de filmes de ação já testados anteriormente e as naturais pornoproduções de sexo explícito completam a programação.

Boorman faz com poesia sua denúncia ecológica

Ao final de "A Floresta das Esmeraldas" (Cine Bristol, 4 sessões), sobre a imagem da verdejante Amazônia, aparece um letreiro que informa ao espectador de que mais de 500 mil hectares da região já foram devastados pelo homem e que dos 4 milhões de índios que ali existiam há menos 60 anos, hoje não restam mais do que 120 mil - embora alguns em tribos ainda não alcançadas pelo homem.

Uma estréia e outros bons programas

Poderia ser pior. Afinal, estamos em férias, é verão e, teoricamente, todos estão viajando. Pelo menos assim pensam os dirigentes dos paquidérmicos órgãos culturais do Estado, especialmente a incompetente Secretaria da Cultura e dos Esportes (sic, sic), que há anos já adotou a sistemática de cerrar as portas dos auditórios doTeatro Guaíra durante janeiro e fevereiro. (Mau) exemplo seguido por outras salas.

Foz do Iguaçu, nossa superstar

Com toda razão, o pioneiro de nosso cinema; Anibal Requião (1875-1929), deslumbrou-se com a beleza de Foz do Iguaçu, ainda nos anos 20, quando foi o primeiro cinegrafista a documentar aquela região. Sessenta anos depois, as Cataratas, um dos nossos cenários naturais mais deslumbrantes, ainda estão à espera de aproveitamento em imagens internacionais.

O filme do filho

Enquanto José Joffily usa as horas de folga para pesquisar (agora com o auxílio de um sobrinho, César Benevides), elementos para o novo livro, desta vez sobre a revolução de 1932, o primogênito do ex-parlamentar, Zezinho Joffily, está concluindo a montagem de "Um Dia Virgínia", rodado em Bananal, uma cidade perdida no tempo e no espaço, na divisa de São Paulo com o Rio. Foram realizadas ali as filmagens dessa adaptação livre do romance "Dona Anja", do gaúcho Josué Guimarães.

Pavilhão, a linguagem esquecida que volta.

José Maria Santos, 47 anos de idade, 25 de vida teatral, um dos poucos homens a viver exclusivamente de seu trabalho nos palcos, decidiu assumir totalmente sua condição de comediante. Ator de fácil comunicação, que há 9 anos consegue lotar espaços com o monologo "Lá", de Sérgio Jockymann, Zé Maria decidiu ficar apenas na comedia, em termos de interpretação. Vai entrar 1981 com apresentações de "Lá" em varias cidades do Sul, repetindo, de certa forma, o que grandes atores do passado conseguiram por décadas: manter monólogos em repertório, sempre com aceitação popular.

Observatório

DE amanhã a quarta-feira, no miniauditorio Glauco Flores de Sá Brito, (rara) oportunidade de aplaudir um dos espetáculos elogiados desta temporada carioca: "Cabaré Valentim", de Karl Valentim, com direção de Buza Ferraz. Para os curitibanos, um motivo a mais para aplaudir esta visão crítica e anárquica da Alemanha dos anos 20: Ariel Coelho, ator paranaense que após participar de várias encenações locais encontrou no Rio de Janeiro boas oportunidades profissionais.

Os seios gentis e um pato indigesto

Pela segunda vez, Antônio Carlos Kraide mergulha numa criação coletiva voltada para uma realidade que curte muito: a cidade de Curitiba. Em "Dos Seios Desta Mãe Gentil" (Guairinha, até o dia 2, 21h30 min) procura fugir do esquema "histórico-didático" que marcou as experiências anteriores em torno do mesmo tema, desenvolvidas com patrocínio oficial - "Cidade Sem Portas" (1972), texto de Paulo Vitola e Marinho Galera (1980).
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