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Arthur Moreira Lima

Troféu para todas veredas musicais

Paulinho da Viola (Paulo César Batista de Faria), às vésperas dos 48, cabelos enbranquecidos, elegantíssimo num terno marrom, emocionou logo no início do espetáculo em homenagem a Maysa, quando, com sua voz perfeita, interpretou as mais conhecidas das canções da inesquecível autora: "Ouça". Depois, foi a vez dele se emocionar: por quatro vezes recebeu as premiações que tinha todo direito - por seu maravilhoso álbum ("Eu Canto Samba", Barclay), que fez após uma parada de cinco anos em gravações.

No campo de batalha

Enquanto "Memória da Curitiba Urbana", em seu sentido referencial, vai duplicar de circulação a partir do próximo número, o Instituto de Pesquisas e Planejamento Urbano de Curitiba promove um concurso interno para a escolha do nome de seu house organ, que circula há quatro meses. O último número, valoriza o lado artístico de vários funcionários, divulgando cartoons do funcionário Cabral, do Centro de Processamento de Dados. Merecedores de figurarem em qualquer publicação especializada.

No campo de batalha

90 quilos de excesso na bagagem do pianista Arthur Moreira Lima e do baterista Luciano Perrone, solistas do concerto de ontem à noite no Teatro Guaíra. O pianista fez questão de trazer o banco do piano - sem o qual não faz concertos ("se pudesse trazia meu Steinway"), enquanto Luciano Perrone, 72 anos - completados no último dia 8 de janeiro, não faz apresentação que não seja em sua bateria que o acompanha há mais de 30 anos. xxx

No campo de batalha

Apesar da recessão artística - que já começou - neste fim-de-semana um espetáculo classe "A" deve justificar a ida ao Four Seasons, do Bourbon Tower: o empresário Mozart Primo, disposto a movimentar aquele espaço sofisticado - mas até agora ocioso em termos de atrações - traz o maior violonista brasileiro - Baden Powell. De quebra, a big band do veterano Osval, com standards da época de ouro da música americana. Baden apresenta-se amanhã e sábado. xxx

Leminski é Oswald de Andrade no filme inacabado de Anísio

Tomada 1 - Paulo Leminski com uma maleta 007 caminha em direção às ruínas de São Francisco. Uma manhã de sol. Muita luminosidade. Tomada 2 - Um grupo de mendigos cerca o poeta. Que, na verdade, não é Paulo Leminski, mas sim o personagem Oswald de Andrade (que não só declama poemas, como atira-os, escritos, sobre o inusitado público). Corte para um imagem de quadrinhos. Cinema de animação dando forma visual a poemas concretistas de Leminski. xxx Ficção? Documentário? Piração?

No campo de batalha

José Possi Neto, um dos mais criativos diretores brasileiros, realizou um belo espetáculo musical - entremeando apresentação dos premiados - conduzida por Chico Anísio com a colaboração de Marília Pera, Emílio Santiago, o bailarino Paolette, Zizi Possi, entre outros. Sete bailarinos e a excelente Heartbreakers - a melhor jazz band do Brasil (e que acaba de gravar um lp no Eldorado) garantiram ao espetáculo uma qualidade na soma do elenco all star escolhido para interpretar os clássicos de Caymmi, o homenageado deste ano. xxx

Serão conhecidos hoje os vencedores do Prêmio Sharp

José Maurício Machline idealizou o Prêmio Sharp da Música Brasileira como uma promoção que reunisse credibilidade, projeção e pudesse ser comparada ao Grammy - que há 31 anos é o troféu mais valorizado dentro das muitas premiações musicais existentes nos Estados Unidos. Em dois anos, o Prêmio Sharp de Música já atingiu um estágio que concretiza o que José Maurício desejou: uma premiação aceita, respeitada e, naturalmente, desejada por todos os artistas brasileiros.

Um júri categorizado

Durante quase seis meses os 20 membros do júri ouviram mais de 300 discos de música feita no Brasil, lançados por gravadoras ou etiquetas independentes, para selecionar as premiadas - que serão anunciadas hoje à noite. O júri teve a seguinte formação: Amado Batista, Antônio Cícero, Arthur Moreira Lima, Joyce, mestre Marçal, Paulo Moura, Thales Pan Chacon, Cláudia Matarazzo, Luiz Fernando Magliorca, Maurício Kubrusly, Nando Cordel, Zuza Homem de Mello, Tárik de Souza, José Maurício Machline, Dulce Quental, Dominguinhos, Eduardo Araújo, Aramis Millarch, Hermínio Bello de Carvalho e Paulo Braga.

Quem recebeu os prêmios da Sharp

Dos indicados para as 60 premiações nas oito categorias, poucos foram os que não compareceram ao Golden Room do Hotel Copacabana Palace na festa de entrega dos troféus criados pelo designer Ariel Severino (e mais um cheque, entregue posteriormente, no valor de US$ 2 mil, a cada escolhido). Hermeto Paschoal, duplamente premiado - disco "Por Diferentes Caminhos", Som da Gente e música ("Pixotitinha"), na categoria instrumental, foi representado por sua esposa e nora. Nana Caymmi, melhor cantora, está em São Paulo, mas sua filha, Stela Maria, recebeu o troféu.

Steuerman, um carioca entre virtuoses internacionais

São Paulo - Quando a Polygram lançou o primeiro álbum de Jean-Louis Steuerman no Brasil, não foram poucos os que imaginaram que se tratava de um artista francês. Afinal, com este nome e gravando no exterior, era surpreendente que se tratasse de um carioca bem humorado, apaixonado por futebol, de frases irônicas e inteligentes, o novo virtuose que, de Londres, chegava, afinal através do primeiro de uma série de seis álbuns com a obra de Bach, do qual é considerado hoje um dos maiores especialistas.
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