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Associação dos Pesquisadores da MPB

A música (realmente) brasileira

Patrimônio maior da memória musical brasileira, Paulo Tapajós, 62 anos, mais de 50 de vida artística - começou cantando quando garoto, ao lado de seus dois irmãos e nunca mais se afastou do mundo musical - tem hoje uma grande preocupação: o levantamento das músicas regionais de casa Estado. Independente da qualidade artística, mas olhando basicamente a autenticidade, Paulo quer aprofundar o chamado "mapeamento musical" projetado por Marcus Pereira e do qual já resultaram as fundamentais coleções "Música Popular do Nordeste" e "Música Popular do Centro-Oeste/Sudeste".

Marcus Pereira apersenta a música de Donga e o "Brasil Instrumental"

Hoje não há uma pessoa no Brasil que se interessa pela nossa cultura popular que não conheça e admire o produtor Marcus Pereira. Paulista, Publicitário, apaixonado pela (melhor) musica brasileira, Marcus fez em apenas um ano e pouco de atividades fonográficas mais do que muitas gravadoras realizaram ao longo de trinta ou quarenta anos.

Pixinguinha em Curitiba

Entre as 15 monografias que concorrem ao prêmio de Cr$ 60 mil que a Funarte dará ao autor do melhor trabalho sobre a vida de Alfredo da Rocha Viana (1898 - 1973), há estudos da maior profundidade. Trabalhos que procuram esgotar o tema, descendo a detalhes menores da vida de Pixinguinha, sem dúvida, glória maior da música popular brasileira.

Artigo em 27.11.1977

Paulo Tapajós, presidente da Associação de Pesquisadores da Música Popular Brasileira, ex-diretor artístico da Rádio Nacional - a qual esteve ligado por mais de 30 anos, compositor, último dos modinheiros, está fazendo, com seu filho caçula, Paulinho, um trabalho muito importante: um álbum duplo sobre a modinha brasileira, que a Companhia Internacional de Seguros produz como brinde de fim de ano. No ano passado a CIS já fez o melhor presente de Natal; o álbum duplo "choros, Chorada. Chorões".

Em todas as rotações

1 Uma das melhores séries criadas pela Phonogram foi a "Antologia da...", pela qual já tivemos volumes dedicados aos Samba-Canção (Quarteto em Cy, 2 volumes), Samba )MPB-4, 2 volumes), Chorinho, Músicas Juninas e Flauta (Altamiro Carrilho), Frevo (orquestra de José Menezes), entre outras. Produções bem acabadas, geralmente com esclarecedores textos de contracapa a cargo de Paulo Tapajós, presidente da Associação de Pesquisadores da MPB, trata-se de uma coleção indispensável a quem se interessa pela nossa melhor música.

Baião

Paulo Tapajós, presidente da Associação dos Pesquisadores da Música Popular Brasileira, ex-diretor artístico da Rádio Nacional, produtor de audições do Projeto Minerva, conta que foi em agosto de 1945 que Luiz Gonzaga (Exu, Pernambuco, 13 de dezembro de 1912), no Rio desde 1939, foi ao encontro de Humberto Teixeira para iniciar um empreitada que ele se propunha realizar: lançar no Rio a autêntica "música do Norte". Precisava de alguém que o ajudasse, que escrevesse letras para as melodias que sabia fazer.

As pesquisas de Ferrete

Produtor das mais importantes reedições da música brasileira (e também internacional), o pesquisador João Luiz Ferrete está empenhado agora em revalorizar o compositor paulista Décio Pacheco Silveira, autor, nas décadas de 20 e 30, de valsas, serenatas e maxixes que fizeram sucesso em São Paulo, mais ainda um nome desconhecido. Uma de suas valsas foi "Nossa Senhora do Amparo", bastante executada nos anos 30, mas que poucas vezes foi a ele creditada. Também é o autor do maxixe "Maxambombas e Maracatus".

Produção Tapajós em ação

Paulo Tapajós, 63 anos, de 1936 a 1975 um dos principais executivos da Rádio Nacional, onde exerceu as mais diferentes funções, modinheiro (o último grande cultor deste estilo no Brasil), produtor fonográfico e agora presidente da Associação de Pesquisadores da MPB continua em grande atividade. Enquanto vê seus 3 filhos obterem sucesso na música - Maurício como compositor, Paulinho como produtor fonográfico e Dorinha, no Quarteto em Cy. Paulo divide-se entre a produção de especiais sôbre MPB na série "Projeto Minerva", escreve contracapas de discos e ainda produz discos.

Monumentos da MPB

Uma das metas do maestro Marlus Nobre, ao assumir a direção do Instituto Nacional de Música, foi a de desenvolver um projeto para reeditar o que existe de fundamental na música brasileira - tanto popular como erudita. "É tão pouco e foi tão mal lançada, na época, que, reeditando, as gravadoras estarão oferecendo ao público uma novidade" a firma Marlus que, no setor popular, assessorado por expertos como Fernando Lobo, Ary Vasconcelos e Maurício Quadrio, já viu este plano bem encaminhado.
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