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Ayrton dos Anjos

Nos brindes, os melhores discos

Em qualquer lista criteriosa sobre os melhores lançamentos da música popular ocorridos em 1985, forçosamente vários itens estarão ocupados por produções independentes e, mais especificamente, por alguns brindes patrocinados por empresas e instituições. Cada vez mais voltados a prestigiar a cultura brasileira, os mecenas de nossa arte estão possibilitando realizações de ótimos documentos sonoros.

As bandinhas catarinenses

Um projeto que poderia justificar a soma de recursos do Goethe Institut/Consulado Geral da República Federal da Alemanha e do Governo de Santa Catarina: um grande seminário-festival reunindo as bandinhas típicas daquele Estado e possibilitar, paralelamente, a discussão, em mesas redondas, palestras e mesmo através de uma pesquisa, da influência da música alemã e, paulatinamente, a aculturação dos velhos músicos com os ritmos brasileiros.

O Festival de Pato Branco não decolou

Como era fácil de se prever, o Festival da Canção promovido em Pato Branco aconteceu e não teve a menor projeção. O idealístico esforço de seus organizadores esbarrou naquilo que, por varias vezes, aqui temos lembrado: a falta de uma infra-estrutura que possibilite promoções como estas não se reduzam a apenas a três dias de festas e cuja repercussão não ultrapassa as fronteiras municipais.

Berro faz Caciques cantarem Nativismo

É lamentável que as gravadoras nacionais não estejam dando a atenção merecida para divulgação dos discos de música nativista no Paraná. O movimento nativista é tão forte no Rio Grande do Sul, onde se realizam meia centena de festivais de música anualmente, que os discos contendo estes eventos em suas músicas finalistas, bem como dos elepês individuais de alguns artistas, alcançavam vendagens tão grandes que não há nem preocupação em estender os esforços promocionais fora daquele Estado.

Os violões afinados e o belo vocal dos gaúchos

Há algumas semanas esteve em Curitiba para promover seu primeiro lp o cantor e compositor Nino Missioneiro (Jorge Luiz Zeni, Estrela, RGS, 26/1/1956), de ligações com o Paraná - estudou num seminário em Paranavaí durante 6 anos e seus pais moram hoje em Cascavel - Nino Missioneiro estréia em lp ("O Gaúcho da Querência", RGE) com 12 músicas fortes e comunicativas, incluindo uma homenagem a Tancredo - "Brasil de Luto", dentro de uma musicografia póstuma ao falecido presidente que vem tendo grande empatia junto aos criadores rurais da música brasileira (a dupla Renato e Rodrigo, de Assis C

TONICO E TINOCO As glórias da dupla caipira e as músicas do homem rural

Renato Teixeira e Passoca, dois paulistas de muito talento e bom gosto, vieram revitalizar a música rural brasileira, provando que no canto rural há muita beleza. Seus discos, com temas calcados no cancioneiro sertanejo, atingiram um público universitário que, ao menos em parte, aprende a ver também a beleza de nosso country.

Carnaval com pouca música (I)

Das 32 agremiações carnavalescas da cidade, pelo menos as 15 escolas-de-samba do primeiro e segundo grupos sairão, amanhã à noite, na Avenida Marechal Deodoro, cantando seus sambas-de-enredo. Aquilo que era uma novidade em 1965, quando o então garoto Paulinho Vitola compôs o primeiro samba-de-enredo, para a então poderosa E. S. Não Agite contar os "Ciclos Econômicos do Paraná", hoje já se tornou comum, mesmo nas agremiações mais modestas. Pena que, em muitas dessas escolas, nem mesmo os integrantes conheçam bem o samba que devem cantar por mais de uma hora na avenida.

Essa gauchada de muita garra em suas canções

Cresce cada vez mais a música gaúcha. Do nativismo consagrado hoje em uma série de eventos dos mais bem estruturados (Califórnia da Canção; Musicanto, em Santa Rosa, Coxilha, em Cruz Alta etc..), há trabalhos urbanos dos mais desenvolvidos como provam os esplêndidos álbuns de Geraldo Flach ("Momento Mágico", Sigla), ou do conjunto Cheiro de Vida, sem falar nos compositores intérpretes de uma nova geração (Jerônimo Jardim, Ney Lisboa, Nelson Castro, Pery Souza etc..).

O Canto dos Pampas ( VIII )

Entre tantos aspectos admiráveis no momento nativista do Rio Grande do Sul está o fato de todos os eventos musicais que vêm sendo promovidos com extrema regularidade serem gravados em elepês de qualidade profissional. Isto se deve especialmente ao empenho de Ayrton dos Anjos, mais ativo produtor fonográfico do Sul, que em várias etiquetas - hoje exclusivo da Sigla/RBs - tem se preocupado em valorizar e documentar o boom musical nativista.
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