Login do usuário

Aramis
Conteúdo sindicalizado RSS Ayrton dos Anjos

Ayrton dos Anjos

O Canto dos Pampas ( VIII )

Entre tantos aspectos admiráveis no momento nativista do Rio Grande do Sul está o fato de todos os eventos musicais que vêm sendo promovidos com extrema regularidade serem gravados em elepês de qualidade profissional. Isto se deve especialmente ao empenho de Ayrton dos Anjos, mais ativo produtor fonográfico do Sul, que em várias etiquetas - hoje exclusivo da Sigla/RBs - tem se preocupado em valorizar e documentar o boom musical nativista.

O som dos pampas (I) - Ellwanger e Jardim, o gauchismo sem sotaque

Para quem imagina que aquilo que se poderia chamar de "a nova música gaúcha" se resume no talento dos irmãos Ramil - Kleiton & Kledir ou o vanguardista Victor (que fez um dos melhores discos de 84), aconselha-se, com urgência, que se escute, atenciosamente, os discos de Jerônimo Jardim ("Terceiro Sinal", Soma), Nelson Coelho de Castro ("Juntos", Barclay), Galileu Garcia ("Pulsações", Trilhas/Continental) e Raul Ellwanger ("Gaudério", Som Livre/RBS). Depois, podem ouvir também o Kleiton & Kledir.

Alvorecer Nativista (X)

O movimento nativista gaúcho consolida-se de forma espontânea e autonôma. Embora haja uma natural (e necessária) participação das Prefeituras, basicamente os festivais que se multiplicaram, no Estado, nos últimos seis anos, são resultado de esforços da comunidade.

A música barriga-verde

É impressionante a atividade de Ayrton dos Anjos na produção fonográfica do Sul. Este gaúcho de 41 anos, ex-ator, ex-divulgador e vencedor de discos, é hoje o mais ativo record0man daquele Estado, promovendo registros das dezenas de festivais de música nativista que ali ocorrem (conforme analisamos na série "Alvorecer Nativista"), lançando novos valores e alcançando um êxito imenso, como é o caso do elepê de Renato Borghetti, 21 anos, acordeonista que está chegando as 100 mil cópias vendidas - sendo assim o primeiro instrumentista a receber o disco de ouro no Brasil.

Os gaúchos mostram força de seu canto com otimismo

A vitalidade da música gaúcha é tão grande que as centenas de artistas do Estado que fazem seus discos não se preocupam com o que poderia se chamar de "mercado externo". Embora de Lupicínio Rodrigues a Elis Regina, o Rio Grande do Sul tenha oferecido grandes talentos para a nossa MPB, há toda uma geração de autores, intérpretes, instrumentistas e conjuntos que ali trabalham, fazem seus discos e que, em absoluto, não se importam com um (injustificável) esquecimento que sofrem em outros centros.

Kleiton & Kledir, o gauchismo com a receita do bom sucesso

O Rio Grande do Sul é um dos Estados mais musicais do Brasil. Dezenas de festivais, uma discografia em ascensão e eventos como o I Acorde Brasileiro, seminário que vai discutir a música regional a partir do dia 10. Há muitos talentos nativistas surgindo - e o movimento cresce também no Paraná, onde o I Cante Terra, de Campo Mourão, realizado há poucos meses, foi registrado em LP.

Gaúchos fazem o Acorde em defesa de nossa boa música

Com a participação de mais de 30 pesquisadores, compositores e outras pessoas ligadas à música popular brasileira, o Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore promove na próxima semana (11 a 14 de dezembro), na praia de Tramandaí, o Acorde Brasileiro - Seminário Nacional de Defesa da Música Regional Brasileira. Edson Otto, advogado, cantor que já venceu vários festivais nativistas e hoje dirige o IGTF, é o grande idealizador deste encontro que durante quatro dias debaterá temas como o colonialismo, pesquisa e intercâmbio da MPB, problemática da organização da música entre outros temas.
© 1996-2016. tabloide digital - 35 anos de jornalismo sob a ótica de Aramis Millarch - Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Altermedia.com.br