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Um Brasil musical de todos os cantos

Se ao longo dos 11 painéis nos quais, muitas vezes de forma pessimista, pesquisadores e estudiosos da cultura popular como o polêmico J. Ramos Tinhorão, o carioca Ary Vasconcelos, o produtor Pelão (João Carlos Botezelli), o animador cultural (e poeta) Hermínio Bello de Carvalho, o pesquisador potiguar Grácio Barbalho, o modinheiro e pesquisador Paulo Tapajós - entre outros -, mostravam a preocupação pela descaracterização da linguagem musical, por outro lado, houve momentos de otimização e de que nem tudo está perdido.

Geléia Geral

Depois de permanecer alguns anos sem representar nenhuma etiqueta internacional - em decorrência da própria crise pela qual passou - a Continental começa a fazer novamente, lançamentos internacionais. Por exemplo, há algumas semanas trouxe o grupo War ("At War With Satan-Venon"), lançamento original de 1984 e o super-badalado "Fresh Fruit For Rottinag Vegetables" com o grupo Dead Kennedys, um dos conjuntos mais radicais do punk americano.

A Sinfônica de Campinas interpreta Carlos Gomes

São raras as gravações de orquestras no Brasil. Mesmo a Sinfônica Brasileira, com toda agilidade do maestro Isaac Karabitchevsky, possui poucos elepês - e sempre patrocinados por empresas (o último foi gravado há 4 anos, com apoio da Companhia Internacional de Seguros).

Estes bregas do Norte que encantam o grande público

Sempre que é possível gostamos de abrir espaço para registrar, sem qualquer preconceito, a chamada produção brega. Afinal, na transformação sócio-econômica do País, com a música sertaneja aculturando-se a urbanização crescente (com todos os seus problemas econômicos e surgindo um novo gênero, o rurbano), a música brega reúne elementos da simplicidade sertaneja mas no choque cultural com informações urbanas - e o natural sonho de ascensão social de seus intérpretes.

O canto do ódio, do sexo e até calcinhas com os bregas

Mulher Feiticeira/Tu és mensageira do Satanás... Em sua voz rude, sem volteios, Antonio Marazona canta com ódio a musa que o decepcionou: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo Segue o teu caminho/Me deixe sozinho Em paz no meu canto Por onde tu for/Não existe amor/Não existe paz. A "Mulher Feiticeira" (tu és mensageira do Satanás), carrega até a maldição do além túmulo no canto de Marazona: Quando tu morrer ninguém/Vai querer chegar o teu caixão Tua alma vai chorando/Gritando bem alto/Pedindo perdão

Quem não tem "O Guarani" como convém, ataca com os Violados

Para milhões de brasileiros, a única informação sonora sobre a mais famosa das óperas de um autor brasileiro é a protofonia de "O Guarani", que por décadas identificava o programa "A Voz do Brasil", desde sua implantação nos tempos do Estado Novo.

Roedil, o pai da pornô "Julieta"

Roedil Caetano, compositor paranaense que há anos busca seu espaço acabou, ironicamente, tendo um sucesso nacional através de outro intérprete - o baiano Sandro Becker, 32 anos, 14 de carreira. Em seu sexto lp (Copacabana, março/86), Becker gravou "Julieta", forró de letra grosseira que induz o ouvinte a descobrir palavrões através das rimas - e o êxito foi nacional. A tal ponto que em reportagem sobre "Som da Pesada", na "Veja" que está nas bancas, a autoria de "Julieta" é assumida pelo próprio Becker - embora em seu disco conste o nome de Roedil e dos parceiros - F.C.

Roedil, o pai da pornô "Julieta"

Roedil Caetano, compositor paranaense que há anos busca seu espaço acabou, ironicamente, tendo um sucesso nacional através de outro intérprete - o baiano Sandro Becker, 32 anos, 14 de carreira. Em seu sexto lp (Copacabana, março/86), Becker gravou "Julieta", forró de letra grosseira que induz o ouvinte a descobrir palavrões através das rimas - e o êxito foi nacional. A tal ponto que em reportagem sobre "Som da Pesada", na "Veja" que está nas bancas, a autoria de "Julieta" é assumida pelo próprio Becker - embora em seu disco conste o nome de Roedil e dos parceiros - F. C.

Boorman faz com poesia sua denúncia ecológica

Ao final de "A Floresta das Esmeraldas" (Cine Bristol, 4 sessões), sobre a imagem da verdejante Amazônia, aparece um letreiro que informa ao espectador de que mais de 500 mil hectares da região já foram devastados pelo homem e que dos 4 milhões de índios que ali existiam há menos 60 anos, hoje não restam mais do que 120 mil - embora alguns em tribos ainda não alcançadas pelo homem.

Da Tertúlia nativista ao bom visual de Gayla

Dos festivais nativistas do Rio Grande do Sul, a Tertúlia Musical que há seis anos vem sendo realizado em Santa Maria está entre os primeiros lugares. Cidade universitária e entroncamento ferroviário de uma das mais prósperas regiões do Sul, Santa Maria tem buscado dar ao evento que ali se realiza anualmente uma dimensão cada vez maior - disputando com a já consagrada Califórnia, em Uruguaiana, e com a crescente Musicanto, em Santa Rosa - que oferece os melhores prêmios de todos os festivais do Sul.
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