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Albicoco quer vestir os descamisados do cinema

Rio de Janeiro - "Vamos ajudar a vestir os descamisados cinemas do Brasil". Em seu português com um simpático sotaque português que 20 anos de Brasil ainda não eliminaram - apesar de todo seu amor ao país, aqui se naturalizando e nascendo sua única filha, Vanessa - Jean Gabriel Albicoco, 54 anos, anunciava os amplos projetos de sua nova empreitada cultural: formar um circuito de salas em todo o pais para abrigar não apenas a produção francesa ou européia, "mas de todos os países fora do mercado dos Estados Unidos".

Belas Artes com um pacote de inéditos

O pacote inicial de 25 filmes inéditos que a Belas Artes começa a exibir neste final de ano em São Paulo e que durante o primeiro semestre de 1991 chegará a pelo menos 40 cidades brasileiras já mostra o cuidado com que Jean Gabriel Albicoco teve ao fazer a seleção. São filmes produzidos entre 1986/90, de diferentes gêneros e estilos, alternando tanto realizadores já consagrados, como outros ainda desconhecidos no Brasil - justamente pelo fato de que há pelo menos 5 anos que a cinematografia francesa não tem uma distribuição regular entre nós.

Uma ajuda para o cinema brasileiro

A missão francesa que se encontra no Brasil, marcando o lançamento do circuito Belas Artes, não veio apenas oficialmente para reaproximar o cinema francês. Ao contrário, significa mais uma tentativa de Jean Gabriel Albicoco em estimular acordos que possam, realmente, fazerem com que a parceria de realizadores brasileiros e franceses se efetive.

A bendita Operação França vem atualizar os cinéfilos

Para quem nasceu no meio cinematográfico - filho de um dos mais famosos diretores de fotografia dos anos 40, Quinto Albicoco, e que aos 13 anos já fazia seu primeiro curta-metragem inspirado num poema de Rimbaud - participando depois da Nouvelle Vague, com ao menos um filme que os cinéfilos curtiram muito nos anos 60 ("A Garota dos Olhos de Ouro"), com Marie Laforet, Jean Gabriel Albicoco conhece, como ninguém, a cinematografia internacional.

Meister, o homem do Teatro Guaíra

O Teatro Guaíra estaria hoje na Praça Ruy Barbosa se o governador Bento Munhoz da Rocha Neto não tivesse, em 1951, logo após sua posse, revisto o projeto e decidido que "em nome da cultura não se pode tirar uma praça da cidade". Se hoje, voltasse a Curitiba, o inesquecível estadista talvez até se arrependesse, tal a condição de mercado persa que a antiga praça foi transformada - hoje poluída como terminal rodoviário e um verdadeiro camelôdromo da cidade.

Maranhão, o homem de nosso teatro amador

Em dezembro, o Teatro do Estudante do Paraná apresenta uma nova peça - "A Morta Viva". Após uma curta temporada no miniauditório Glauco Flores de Sá Brito, estará sendo levada a Feira de Santana, na Bahia. Seria apenas um pequeno registro, se não tivesse um detalhe: significa que o mais antigo grupo de teatro amador do Paraná continua em atividade - e com ele também o seu fundador e principal animador, Armando Maranhão, 61 anos, completados dia 18 de junho último, 42 de atividades artísticas. Em sua modéstia nordestina, tranqüilo, Maranhão é discreto:

Mulheres II: "Enc/des/Arte"

Três jovens e idealistas curitibanas com preocupações intelectuais - voltadas a criar um veículo capaz de atingir especialmente o público universitário - estão editando "Enc/descARTE", cujo número zero circulou há duas semanas. A experiência começa modestamente. Formato 16 x 21 centímetros, edição xerocada, traz artigos e ensaios - quase todos produzidos por suas editoras, preocupadas agora em abrir o leque para novos colaboradores. xxx

Bianca, mestre dos nossos violinistas

Na sexta-feira, 14, o telefone da professora Bianca Bianchi não parou de bater. Muitas mães queriam saber se aceitaria seus filhos pequenos como alunos de violino, pelo método Suzuki.

Tempo das tertúlias e do Trio Paranaense

A professora e violinista Bianca Bianchi é uma das últimas remanescentes de um período musicalmente dos mais ricos de Curitiba: os anos 20 a 40, quando, inexistindo a televisão e o rádio ainda dando seus primeiros passos, os recitais, nos palcos do Theatro Guayra (até a sua demolição em 1936), Cine-Theatro Avenida, Cine-Theatro Hauer e Cine-Theatro Palace movimentavam uma pequenas mas atuante faixa da população que, dentro das proporções, participava mais dos eventos culturais do que acontece nos dias de hoje.

Adolfo, Suzana e Claudia, três mostras respeitáveis

Definitivamente, o mercado de artes plásticas no Paraná é uma conquista. Em menos de um década, as galerias se multiplicaram e com uma generosidade também dos espaços oficiais se há algo que não falta na cidade são os locais para exposições. Com isto, ao lado de talentos emergentes e consagrados, abre-se também as portas da promoção (e do aparecimento), para gente ainda despreparada e que, numa Capital na qual existisse maior rigor crítico e de seleção, jamais chegaria a discutíveis individuais e mesmo coletivas.
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