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Berenice Mendes

O nosso cinema nesta I Mostra

Apesar da característica de ser uma Mostra Latino-Americana, o evento que movimenta Curitiba desde domingo, buscou prestigiar o verdadeiro cinema paranaense. Nada menos que 11 dos curtas e médias metragens que estão sendo projetados (16 horas, auditório Paul Garfunkel; 18,30 horas, cine Lido I) são realizações de cineastas de nosso Estado.

Os destaques para os melhores curtas

Não foi fácil ao júri formado pelos cineastas João Carlos Velho (Rio de Janeiro, realizador de "A Última Canção do Beco", premiado no I Festival de Fortaleza, há dois anos); Liloy Bouble (de Brasília); Maria da Graça Cenna (ex-CONCINE, agora na Globotec), documentarista; Joy Pimentel, de Fortaleza; jornalistas Nilton Venâncio, Firmino Holanda (d'"O Povo"), e Eduardo Magalhães ("Isto É"), escolher os premiados para os troféus Abrão Benjamin.

No campo de batalha

Em pé, o público aplaudiu Wilson Grey, ator em 219 filmes, 41 anos de carreira, após receber a homenagem na I Mostra do Cinema Latino-Americano, domingo a noite, no Lido I. Também em pé, entusiasmado o público reconheceu os méritos de "Leila Diniz", de Luís Carlos Lacerda, O Bigode, filme inédito (só hoje a noite, terá sua primeira exibição pública no Rio de Janeiro) que concorrerá, na segunda quinzena deste mês nos festivais de Brasília e Natal.

No campo de batalha

A premiação de "A Classe Roceira", de Berenice Mendes, foi significativa porque estavam em competição curta-metragens de altíssima produção. "S.O.S. Brunet", de Betse de Paula (filha do cineasta Zelito Viana), por exemplo, é uma realização sofisticada, com nomes famosos (Carlos Gregório, Antônio Pedro, a modelo Luiza Brunet) no elenco, música de David Tyguell e ótima fotografia. Nem por isto conseguiu qualquer premiação. xxx

No campo de batalha

Exatamente na hora em que o excelente média-metragem "Rio de Memórias", mostrando imagens de uma Copacabana do início do século, era exibido terça-feira, 4, no Cine São Luiz - no II Festival de Fortaleza do Cinema Brasileiro - chegava a notícia da morte de Dick Farney (Farnésio Dutra, 66 anos), o cantor que imortalizou as imagens românticas da Copacabana dos anos 50, na canção de João de Barros / Alberto Ribeiro. xxx

E nos curtas estão os grandes temas sociais

Enquanto os longa-metragens ganham uma natural promoção pelo fato de fazerem carreiras comerciais, os curtas e médias são, infelizmente, condenados a um tratamento perverso. Representam o esforço de realizadores que se empenham em levar à tela as visões dos mais diferentes aspectos da realidade - ou mesmo na ficção (embora seja difícil contar uma estória no limite de 15 minutos), são produzidos com inúmeras dificuldades (especialmente financeiras) e, no final acabam ficando restritas e exibições confinadas no circuito paralelo, sem chegar ao grande público.

O bom debate para melhor entender "O Nome da Rosa"

Um check-up visceral. Assim foi o debate em torno de "O Nome da Rosa" que reuniu na fria noite de quarta-feira, 17, um grupo de professores e especialistas que, por 200 minutos, examinaram a fundo o filme que o francês Jean Jacques Annaud realizou a partir do romance do italiano Umberto Eco. O resultado não poderia ser mais positivo, com diferentes interpretações, mas em veredas esclarecedoras - e que fazem das fitas gravadas durante a mesa redonda precioso manancial de informações.

Filme de Berenice vai para Fortaleza

Com toda razão a mignon Berenice Mendes está com um sorriso dentifrício, o que a deixa ainda mais bonita. De princípio, já tem nas mãos o enxugadíssimo e criativo roteiro que Valêncio Xavier fez a partir do romance "O Drama da Fazenda Fortaleza", escrito pelo historiador David Carneiro há 40 anos - e que ela quer levar ao cinema, marcando sua estréia no longa-metragem.

Berenice, a defesa dos curtas

A presença das cineastas Berenice Mendes e Lu Ranulfo no II Festival de Fortaleza do Cinema Brasileiro (2 a 9 de agosto) não se restringirá a inclusão do documentário "A Classe Roceira" na mostra de filmes em 16mm - um dos eventos paralelos desta promoção que pela segunda vez, movimenta o Nordeste. Berenice e Lu, como ativíssimas profissionais do cinema no Paraná, estarão também levando suas propostas, sugestões e críticas no Fórum sobre o Processo de Descentralização da Produção Cultural.

Os filmes da terra estão na Cinemateca

A partir de hoje, 11, a cinemateca do Museu Guido Viaro, apresenta um ciclo intitulado "O Cinema e a Questão da Terra". Com exceção de "Vidas Secas", 1964, de Nelson Pereira dos Santos - filme marco do Cinema Novo, exibido no domingo, os demais são curtas e médias metragens, com diferentes enfoques de um assunto da maior atualidade.
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