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Beth Carvalho

Com o poder da Ariola talvez o Brasil conheça a nossa Denise

Por incrível que pareça, só agora, com a implantação de uma poderosa multinacional fonográfica no Brasil - a Ariola, pertencente à Bertelsmann Corporation, sólido grupo empresarial alemão que só em 1979 faturou Cr$ 92 bilhões - uma compositora e cantora paranaense (de Ponta Grossa) terá sua vez de ser mais conhecida no Brasil: Denise de Kalafe, há 10 anos radicada no México, é desde princípios do ano passado, contratada da Ariola por onde já fez dois elepês, um dos quais intitulado "Cuando hay amor...

No Campo de Batalha

Na Alemanha Ocidental, o jazz tem um de seus mais prósperos mercados. E o trabalho dos grupos mais importantes da RFA está se tornando conhecido no Brasil graças a soma de esforços do goethe Institut/Embaixada da RFA, que, periodicamente, trazem conjuntos expressivos. Depois do trombonita Albert Mmangsdorff e seu conjunto, do Dave Quintet er do Passaport (este, hoje, já vários elepes na praça), é a vez do quinteto Manfred Schoof, formado em 1965, e que há 14 anos vem desenvolvendo um trabalho regular não só na Alemanha, mas em toda a Europa.

Sambistas

A programação de marketing das grandes gravadoras já estabeleceu cronogramas fixos para a disputa do mercado em determinadas faixas. E na área das sambistas os campos estão definidos: a Odeon ataca com Clara Nunes, que de elepe para elepe vem vendendo cada vez mais, a RCA tem Beth Carvalho (ex-Tapecar) para dividir o orçamento dos fãs e a Phonogram vem tendo na ascendente Alcione uma candidata forte a garantir excelentes vendas.

Compositores

Impossível negar: os baianos não são apenas talentosos, mas organizados. E solidários. Só isso para explicar a permanente e múltipla presença de compositores e intérpretes baianos no cenário nacional. Em várias levas, os baianos estão sempre chegando ao Sul maravilha, onde, em tempo reduzido, conseguem fazer seus discos. Mais quatro lps de baianos, na praça, todos trabalhos bastantes pessoais e sinceros. Discutíveis, talvez, os resultados, não se pode duvidar da essência.

Artigo em 02.11.1977

Marketing no samba: as gravadoras estão brigando pelo mercado feminino. Assim, nunca se viu tanta propaganda, incluindo anúncios em revistas nacionais e televisão, para promover os elepês das cantoras que descobriram que vale a pena cantar a nossa música. Beth Carvalho, da RCA Victor, com seu "Nos Botequins da Vida" - onde está uma das mais belas músicas de Cartola ("O Mundo é Um Moinho"), tem, desde a semana passada, a concorrência de Clara Nunes, cujo novo lp - "As Forças da Natureza" é dos mais sofisticados.

Guimorvan na Warner

Airton Guimorvan Moreira teve na noite de terça-feira uma grande alegria ao reencontrar o pionista Osval Siqueira, em cuja orquestra praticamente teve o seu início profissional há 20 anos passados. Além de Oswal, Guimorvan reencontrou dois outros velhos amigos dos anos em que tocava nas boites e clubes de Curitiba: Braulio Prado, tecladista e baixista, hoje assessor de relações públicas da Telepar e Gebran Sabbag, que continua a ser o grande pianista do Paraná. O encontro foi marcado por recordações e revelações, com Airto contando muita coisa sobre sua vivência americana.

A arte do vocal de NY que poucos viram

Mais uma vez um espetáculo internacional teve um público reduzidíssimo em Curitiba: independente do prejuízo financeiro, o vazio no Teatro Guaíra, terça-feira à noite, na única apresentação do New York Vocal Arts Ensemble, fazia lembrar as estórias de tantas companhias de operetas, teatro, etc, que acabaram em Curitiba, por falta de público. Hoje, já não há mais riscos: os cinco integrantes do New York Vocal Arts Ensemble seguem agora para Buenos Aires, onde, com certeza, encontrarão um público mais atento ao belo espetáculo que apresentam.

Talentos familiares

A frase é antiga mas não se pode deixar de usar: filho de peixe, peixinho é. Realmente, Paulo Tapajós (Gomes, Rio de Janeiro, 67 anos a serem complatados em outubro) não poderia deixar de ter uma família mais musical. Último dos grandes modinheiros brasileiros, diretor artístico da Rádio Nacional em diferentes períodos nos 35 anos em que ali atuou, produtor fonográfico e radiofônico, hoje na presidência da Associação de Pesquisadores da MPB, Paulo e Norma (sua companheira querida de tantos anos) viram seu filhos serem bem sucedidos nos caminhos musicais.

Samba-Jóia

No final dos anos 70, em termos de MPB, dois fatores se destacaram: a revitalização do choro, entre 1976/78, graças especialmente a esforços de pessoas como Paulinho da Viola e Sérgio Cabral (<< Sarau >> , com o grupo Época de Ouro), Abel Ferreira (1915-1980), Altamiro Carrilho entre outros - e o << merchandissing >> em torno do samba.

Os <<Cameratos>>

JOEL NASCIMENTO (Rio de Janeiro, 1937), bandolinísta, considerado pela crítica como o legítimo sucessor de Jacob Bittencourt, eleito pela revista << Playboy >> , em 1978 e 1979, como o maior instrumentista de cordas do País, começou estudando piano, passou para o acordeon, retorno ao piano, deixou-o pelo cavaquinho e, finalmente, em 1969, passou a estudar bandolim. Cinco anos depois (1974) já participava do acompanhamento de duas músicas gravadas por João Nogueira: << Braço de Boneca >> (João Nogueira/Paulo Cesar Pinheiro) e << De Rosas e Coisas Amigas >> (Ivor Lancellotti).
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