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Bill Evans

O falso mito do bom "público" curitibano

VAMOS deixar de hipocrisia! Essa estória de que o público de Curitiba é o melhor do Brasil e que somos cidade-teste (???) e o espetáculo aqui aprovado pela seleta assistência é sucesso nacional, tem que ser revista. Há pelo menos 20 exemplos concretos de excelentes espetáculos que aqui fracassaram devido ao desinteresse, desinformação e despreparo do nosso público - mais ligado aos modismos impostos do que um real empenho em conhecer bons trabalhos artísticos - que não tenham marketing via televisão.

Réquiem para dois mágicos pianistas

A morte de Bill (Wiiliam John) Evans, há seis anos passados, retirou do jazz moderno um dos mais elegantes, claros e emocionantes pianistas e compositores. Poucos músicos contemporâneos conseguiram realizar uma obra tão esplêndida em termos de criação/interpretação quanto estes americano nascido em Plainfield, Nova Jersey, a 16 de agosto de 1929 e que a partir de 1953 desenvolveu carreira das mais respeitáveis.

Os mestres do piano

Um disco absolutamente indispensável a quem tem o mínimo interesse pelo jazz e pela música contemporânea: "Masters of The Modern Piano" (1955-1966), incluido na coleção de álbuns duplos da Verve Records/Polygram. Uma coletânea com seis pianistas de estilos distintos, abrangendo registros fonográficos realizados num período de nove anos.

Billie, o álbum do ano

Além de representar a Pablo, uma das mais notáveis etiquetas jazzisticas da atualidade, a polygram - para alegria dos jazzófilos - volta a representar a Verve, etiqueta que pertenceu ao mesmo Norman Granz da Pablo, que a vendeu, posteriormente, para a MGM. A Verve tem uma acervo notável -tão grande que possibilitou, há alguns anos, quando Maurício Quadrio dirigia o setor de projetos especiais da Polygram, montar uma básica , em mais de 50 elepês, apenas com matrizes desta marca.

Garganta-orquestra de Al e da vanguarda ao tradicional.

No decepcionante Rio Monterey Jazz Festival (Maracanazinho, 14/17 de agosto), uma das poucas presenças agradáveis foi do cantor Al Jarreau. Na noite de sexta-feira, no sábado à noite e domingo, nunca "canja" a seu amigo George Duke, junto com Airto Moreira (percussão), Raulzinho (trombone) e Stanley Clarke (baixo), este americano de Milwakee, Wisconsin, 40 anos, mostrou sua impressionante versatilidade vocal. O homem que tem uma orquestra na garganta, como é conhecido. Al Jarreau já havia entusiasmado o público presente no I Festival Internacional do Jazz (São Paulo, agosto/78).

Vocalistas

Embora tenha nascido na França, Sacha Distel (Paris, 29/1/1933) sempre foi um apaixonado pela música americana. Guitarrista há 31 anos, tendo passado por várias orquestras e conjuntos há 18 anos, com "Every ody Loves a Lover" se destacava nas paradas e em 1962 era contratado para fazer shows no Copacabana Palace. Foi um dos maridos de Brigitte Bardot, fez filmes, andou desaparecido, mas nunca deixou a peteca cair.

Mundo Musical

Anuncia-se a vinda de Dave Brubeck ao Brasil e como as primeiras informações não incluem Curitiba no seu roteiro, há quem pergunte se a Fundação Teatro Guaíra não se movimentará para convencer o empresário a lembrar-se de nós.

JG, cada vez melhor

Primeira crítica: amanhã, logo cedo, Jorge Cavaco, o simpático representante territorial da WEA Discos, começa a vender nas lojas da cidade aquele que pode ser o melhor disco do ano: "Amoroso" com João Gilberto. Gravado nos estúdios Rosebud, em Nova Iorque, nos dias 17 a 19 de novembro do ano passado e complementado nos estúdios da Capital, em Hollywwod, de 3 a 7 de janeiro de 77, o novo disco de Gilberto é , como não poderia deixar de ser, um evento todo especial.

Ò disco alternativo de Adolfo

O pianista Antônio Adolfo (Mauriti Sabóia), 28 anos, que se apresenta neste fim de semana (Teatro do Paiol, 21 horas), em temporada musical, é hoje um instrumentista-compositor bastante diverso daquele garoto que, aos 17 anos, já estreava num dos mais vigorosos elepês da fase da Bossa Nova. ("Tema 3 D", RCA Victor, 1964) ou do pianista-compositor que, ao lado letrista Tibério Gaspar, lideraria um comercial movimento no final da década passada (Brazuca, 1969/71).

Aqui, Jazz (I)

É possível que não se repita o mesmo que em 1978 - quando o I Festival Internacional de Jazz, em São Paulo, provocou a edição de quase 300 elepês deste genial musical no Brasil - onde a dieta jazzística sempre foi rigorosa, obrigando os aficionados a recorrerem aos discos importados, hoje acima de Cr$ 1.00,00 a unidade. Mas o êxito do II FIJ (Anhembi, maio/80) e o próximo Rio/Monterrey Jazz Festival (Rio Centro, 15 a 17 de agosto), com a presença de grandes nomes, está motivando que as edições jazzísticas se sucedam.
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