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Aqui, Jazz (I)

É possível que não se repita o mesmo que em 1978 - quando o I Festival Internacional de Jazz, em São Paulo, provocou a edição de quase 300 elepês deste genial musical no Brasil - onde a dieta jazzística sempre foi rigorosa, obrigando os aficionados a recorrerem aos discos importados, hoje acima de Cr$ 1.00,00 a unidade. Mas o êxito do II FIJ (Anhembi, maio/80) e o próximo Rio/Monterrey Jazz Festival (Rio Centro, 15 a 17 de agosto), com a presença de grandes nomes, está motivando que as edições jazzísticas se sucedam.

JG, cada vez melhor

Primeira crítica: amanhã, logo cedo, Jorge Cavaco, o simpático representante territorial da WEA Discos, começa a vender nas lojas da cidade aquele que pode ser o melhor disco do ano: "Amoroso" com João Gilberto. Gravado nos estúdios Rosebud, em Nova Iorque, nos dias 17 a 19 de novembro do ano passado e complementado nos estúdios da Capital, em Hollywwod, de 3 a 7 de janeiro de 77, o novo disco de Gilberto é , como não poderia deixar de ser, um evento todo especial.

Pólvora no breque do samba de Kid Ligeiro

Ramiro Carlos Rebouças é um homem sobre quem ainda espero, um dia, escrever um longo perfil. Capaz de traduzir um pouco de sua personalidade forte, seu talento musical e suas vivencias pelo mundo. Um amigo comum, o jornalista e empresário Caio Gotlieb, foi quem me apresentou a Ramiro, numa rápida visita a Cascavel, há 4 anos. Ao longo de uma inesquecível noite, Ramiro, com seu violão e voz afinada, mostrou dezenas de composições.

O canto brasileiro de Edu

Com a mesma jovialidade e simpatia que o fez, entre 1964/68 um dos compositores de maior comunicabilidade na chamada "fase dos festivais e musicalmente bem mais amadurecido. Edu(ardo Góes) Lobo, 34 anos, retorna em excelente forma, no musical que os curitibanos poderão assistir ainda hoje às 21 horas, no Teatro do Paiol. Depois de sete anos de ausência dos palcos - dois dos quais estudando arranjos e composição na Califórnia. Edu decidiu retornar, de maneira calma e organizada.

Ò disco alternativo de Adolfo

O pianista Antônio Adolfo (Mauriti Sabóia), 28 anos, que se apresenta neste fim de semana (Teatro do Paiol, 21 horas), em temporada musical, é hoje um instrumentista-compositor bastante diverso daquele garoto que, aos 17 anos, já estreava num dos mais vigorosos elepês da fase da Bossa Nova. ("Tema 3 D", RCA Victor, 1964) ou do pianista-compositor que, ao lado letrista Tibério Gaspar, lideraria um comercial movimento no final da década passada (Brazuca, 1969/71).

No recital dos Caymmi a homenagem a Carmen Costa

Quando o ministro Jair Soares, da Previdência Social, citou o caso da aposentadoria da cantora Carmen Costa (Carmelina Madriaga) para "ilustrar" a corrupção do INPS, cometeu uma grande injustiça. Mesmo que o processo que daria à criadora de "O Jarro da Saudade" uma magra aposentadoria apresentasse irregularidades, de ordem burocrática, jamais uma artista da dimensão humana e profissional de Carmen Costa poderia ser colocada, via Embratel, como ligada à corrupção.

Aqui, Jazz

O II Festival Internacional do Jazz, que hoje se encerra no Anhembi, em São Paulo, motivou o aparecimento de um novo pacote de discos do gênero, como comentamos na semana passada. Antes de registrarmos o que saiu agora - afora o primeiro suplemento da ECM, distribuído pela WEA - temos ainda a registrar alguns importantes elepes jazzísticos, colocados na praça há algum tempo, mas que não podem ser esquecidos pelos colecionadores.

Tamba, melhor do que antes

Sexta-feira foi uma das mais frias deste inverno. Só mesmo um grande entusiasmo pela música poderia motivar alguém a trocar o conforto de sua casa para comparecer ao grande auditório do Tempo Guaíra e aplaudir um grupo instrumental que não se reunia há seis anos. Mas o frio climático foi compensado pelo calor dos aplausos: entre entusiásticas palmas e gritos de << bravo! >> e << bis >> , e a apresentação de um número extra << Só Danço Samba >> , foi a confirmação de que os grandes talentos permanecem.

Observatório

Uma das pessoas mais queridas da música brasileira, tão admirável como artista como pessoa consciente e sempre presente nos momentos em que se fez necessário, a cantora Nara Leão vem a Curitiba, na quarta-feira. Acompanhada de um diretor da Polygram, Paulo Guerra, estará aqui apenas para rever amigos, falar a jornalista, radialistas e tv sobre o seu novo disco, << Com Açúcar, Com Afeto >> , onde gravou exclusivamente músicas do amigo Chico Buarque. Antes foi ao Norte e Nordeste, << um bom passeio, mas não caneti >> , nos conta em amável bilhete.
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