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Caetano Veloso

E Elymar realizou o seu sonho: cantar no Canecão

Em 12 de novembro de 1985, o Canecão - a grande casa de shows do Rio de Janeiro - teve uma noite diferente. Ao invés de Bethânia, Roberto Carlos ou Ivan Lins - nomes habituais nos super-shows que Zeca Prioli costuma apresentar em suas temporadas, ali se apresentava um cantor totalmente desconhecido: Elymar.

Quem não tem "O Guarani" como convém, ataca com os Violados

Para milhões de brasileiros, a única informação sonora sobre a mais famosa das óperas de um autor brasileiro é a protofonia de "O Guarani", que por décadas identificava o programa "A Voz do Brasil", desde sua implantação nos tempos do Estado Novo.

Cida e Leila, a palavra trabalhada

O som & (ou) a palavra? Uma questão que não se pensaria há alguns anos mas que hoje, numa linha evolutiva musical, passa a ser questionada cada vez mais por quem se propõe a trazer algum trabalho mais consistente, numa briga que ultrapasse o mercado consumista, imediato, e deseje uma permanência dentro de um panorama sonoro cada vez mais mutante.

Auditórios do Guaíra já são insuficientes

Para uma Capital que durante por quase três décadas ficou sem um teatro oficial - entre o fechamento do antigo Teatro Guaíra, em 1937 - até a inauguração do auditório Salvador de Ferrante, a 19 de dezembro de 1953 - Curitiba ressente-se hoje de maiores espaços para eventos artísticos. Afinal, a população já ultrapassou um milhão de pessoas, as atividades artísticas alcançam diferentes segmentos e bons espetáculos tem sido cancelados em nossa cidade pela falta de locais apropriados.

A TV Iguaçu abre espaços aos talentos paranaenses

"Ervilha da Fantasia" - definido também como "uma ópera Paulo Leminskiana", vídeo de 55 minutos, realizado pelo jovem cineasta Werner Schumann, abre hoje um novo e importante programa na TV Iguaçu: "Talento Paranaense" (a partir da meia-noite). Idéia das mais felizes para prestigiar e divulgar a produção de cinema e vídeo independente que começa a crescer no Paraná, o programa do Canal 4 apresentará, a cada semana, realizações em qualquer bitola, acompanhadas de entrevistas com suas realizadoras - tendo como coordenador o diretor artístico da emissora, Sale Wolokita.

Paula, a revelação

Uma agradabilíssima surpresa no final do ano foi o aparecimento do lp de Paula ("Luzes do Morro", Sigla), com um repertório equilibrado, bonita voz e muito ritmo. Filha de pais mineiros, mas fluminense deVolta Redonda, Paula criou-se no bairro de Madureira e sua aproximação com o samba dos bambas seria inevitável. A apresentação ao competente produtor Rildo Hora lhe valeu a chance de fazer uma fita-demonstração, com música de ótimos autores, que se transformaria num lp excelentemente bem acabado.

Caymmi, som, imagem, magia

"Que são setenta anos, diante da melodia que não conta tempo, não envelhece, enquanto as modas de cantar se sucedem e quase nada de música existe mais do que uma estação? Não há dia seguinte para o cancioneiro de Caymmi. A flor que o vento joga no colo da morena de Itapoã não murchou ainda. Murchará um dia? Não creio. O que está na voz de Caymmi a gente guarda como faz com as coisas de estimação. E ao ouvi-la em casa, na rua, no ar, é sempre a emoção de um bom encontro. Incorporou-se ao patrimônio de arte e coração do Brasil. Ninguém o apaga ou destrói".

Geléia Geral

Aos 66 anos, quase 50 de carreira, Nelson Gonçalves, gaúcho de Livramento não pára. Mais de 100 lps gravados - metade dos quais ainda em catálogo para bom faturamento da RCAu - NG é daqueles cantores que faz um disco em poucas horas, da forma mais econômica. Com isto, tem centenas de fitas ainda inéditas, material suficiente - como ele próprio diz - para seus [discos] continuarem a serem lançados, regularmente, até o ano 2.000 - temas aliás de uma das músicas de seu inseparável parceiro, compositor favorito e empresário - Adelino Moreira.

De palavra em palavra

A avalanche de (bons) discos lançados no final do ano traz, ao lado da natural preocupação mercadológica/comercial das gravadoras, material para diferentes enfoques. Pena que a redução constante dos espaços destinados aos registros culturais faça com que, mesmo na chamaada imprensa nacional, os discos com as produçòes mais recentes de tantos compositores e intérpretes (de Chico Buarque a Roberto Carlos) ganhem poucas linhas.

Marina e Verônica , o belo e moderno canto

É necessário, sempre, estar de ouvidos atentos - e limpos em termos de preconceitos - para entender as mutações sonoras de cada época. Por exemplo, para quem entende a MPB em termos de interpretação tradicional, admitindo-se como padrões únicos de canto feminino uma linha que vai de Dalva de Oliveira a Elizeth Cardoso, a audição de cantoras jovens como Marina Lima "Todas", Polygram) ou a estreante Verônica Sabino ("Metamorfose", Polygram) pode chocar. Para não dizer irritar.
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