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Chico Alves

Ótimas reprises compensam a falta de novas produções

Se não há nenhuma estréia de especial significado, a semana tem, em compensação, reprises do mais alto nível. Dois dos melhores (e mais badalados) filmes do ano retornam nos cinemas da Fundação Cultural, numa tentativa do bom Chico Alves em recuperar os prejuízos que teve com a exibição de "Diacuí - A Viagem de Volta", que não chegou a render nem 20% do que "Metrópolis", de Fritz Lang, havia conseguido na semana anterior - e que, criminosamente, teve sua programação interrompida para irritação dos espectadores.

Em "Lola", uma visão crítica da Alemanha

"Não sei narrar história alguma de modo não político, por mais engraçada que seja. Por princípio, eu recusaria isso para mim e meus filmes. Especialmente também para a época em que transcorre este filme. Foi uma época tremendamente política a era de Adenauer". (Werner Fassbinder, a propósito de "Lola".) xxx

Reprises indispensáveis

Na peça (e no romance) "O Beijo da Mulher Aranha", o personagem Molina passava a maior parte do tempo contando o argumento do filme "O Sangue de Pantera" (Cat People, 42, de Jacques Tourneur). Quando Hector Babenco levou a estória para a tela não pôde usar a mesma citação: além dos direitos de "Cat People" pertencerem a RKO, o mesmo já havia sido refilmado por Paul Schraeder - irmão, aliás, de Leonard, roteirista de "O Beijo...".

Apesar da Copa, cinco estréias interessantes

Em pleno início da copa, quando o Brasil (ainda) está em campo, cinco estréias não deixa de ser um record. Normalmente, distribuidores e exibidores temem qualquer lançamento neste período em que as atenções se voltam para a televisão mas, após meses de inanição cinematográfica, os circuitos não tiveram outro remédio que renovar suas programações.

Os dark da madrugada nas sessões do diabo

A juventude dark/punk curitibana assumiu a demonologia e ofereceu um espetáculo, no mínimo, folclórico, na madrugada de sábado - entrando pelo início de domingo: desde as 23 horas, filas enormes se formaram defronte o Cine Groff, para assistir "O Exorcista" de William Friedkim.

Mil opções para os que curtem cinema

Tal como o sertanejo, na descrição de Euclides da Cunha, o cinéfilo apaixonado também tem que ser, antes de tudo, um forte. Haja disposição para acompanhar programações tão amplas que, de repente, acontecem simultaneamente. Seja em São Paulo, onde o crítico Leon Kakof, na nona edição da Mostra Internacional de Cinema, reúne quase 100 filmes inéditos durante duas semanas, seja no próximo FestRio, que, na segunda edição, em novembro, também envolverá uma dezena de mostras paralelas, com mais de 120 programas atraentes, seja, finalmente, também, em Curitiba.

Talentosos mas desconhecidos

Franco Brussati, o diretor de "De Veneza Com Amor", embora desconhecido no Brasil, é um cineasta experiente. Os espectadores mais atentos já o haviam admirado por seu "Pão e Chocolate", no qual construiu uma admirável sátira (cruel, inclusive) da exploração dos trabalhadores italianos na Suíça. Um filme marcante, exibido apenas uma semana em Curitiba e que o bom Chico Alves deveria reprisar agora no Groff ou Cinemateca.

Artigo em 28.09.1985

Ceres Malucelli, morena sensual que há anos atua na àrea de organização de eventos, trocou as pizzas pelas telas transformando um restaurante do Alto do São Francisco na Esculturart Galeria e ataca, inclusive, como pintora, além de marchand de tablaux. Ontem, ela promoveu um espiritual vernissage, com o lançamento do livro "Mil Anos de Arte", do ex-religioso Adriano Colangelo, professor e estudioso de História de Arte. Ceres também é ex-religiosa, voltada, agora, como artista plástica, para temas que lembram seus anos de noviciado no Interior do Rio Grande do Sul. xxx
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