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Os trinta anos de uma gravadora. Brasileira

Trinta anos de resistência. Eis uma epígrafe que poderia ser aplicada aos aniversários de suas empresas que identificam a produção fonográfica no Brasil - e que transcorre neste mês. Numa área de indústria cultural no qual os grandes multinacionais sempre dominaram, os 30 anos que a Companhia Industrial de Discos está comemorando agora - e de fundação da Chantecler, que transcorre nesta terça-feira, 16, sem qualquer lembrança, encontra-se um pouco da história da própria músic brasileira, como produto cultural e de consumo.

Os nominados para o "Oscar" do vídeo

O vídeo no Brasil também terá sua noite de Oscar. Um júri formado por seis críticos de cinema e vídeo do eixo Rio-São Paulo já selecionou, entre mais de mil títulos, os melhores do vídeo selado lançados em 1987 no mercado brasileiro. São os finalistas do II Troféu Vídeo News, que Rubens Ewald Filho, editor-assistente da revista "Vídeo" está coordenando para a publicação da editora Sigla.

Com Jeito Natural, o rock paranaense também protesta

"Vou até o supermercado pra comprar arroz, feijão... Mas quando vejo tá tudo remarcado Tive uma decepção O preço subiu de novo O meu salário que gracinha Com a grana que levei Comprei um quilo de farinha É que eu não tenho dinheiro O meu defeito é financeiro" ("Defeito Financeiro", Antônio Luiz / Antônio Carlos / Marcos Serra). xxx

Geléia Geral

Um golpe na especulação das lojas que trabalham com as ditas raridades fonográficas: reedição dos álbuns mais procurados pelos jovens. A (ótima) idéia é de Aloysio Motta, gerente comercial da WEA, que lançando o projeto Rock Pesquisa vai de encontro ao óbvio: para o que existir público, a gravadora reeditará os discos de seu catálogo - rigorosamente iguais as edições originais (capas duplas, encartes, etc.) E tem mais: as sugestões serão bem-vindas e podem ser encaminhadas a Alameda Gabriel Monteiro da Silva, 660, Jardim América, CEP 01442, SP.

Modinhas e Caymmi em belos livros de arte

Duas notáveis contribuições à bibliografia da música brasileira foram dadas em 1985 por empresas. A Fundação Emílio Odebrecht, de Salvador, editou o belíssimo livro "Caymmi - Som/Imagem/Magia" (225 páginas, 72 ilustrações) de Marilia T. Barbosa e Vera de Alencar, acoplado a dois magníficos lps produzidos por Jairo Severiano, no mais caro álbum-brinde já produzido no Brasil (e que registramos, no suplemento Claudio, de 9/2/86). A segunda grande contribuição foi das Empresas Dow, patrocinando a edição de "Modinha: Raízes da Música do Povo" de José Rolim Valença.

Nilze, a descoberta de Adelzon

O paranaense Adelzon Alves é hoje, possivelmente, um dos "dez mais" cariocas. Moço humilde que chegou do Norte do Paraná no início dos anos 60, trabalhou em várias emissoras de Curitiba, e consciente dos direitos trabalhistas de uma categoria tradicionalmente explorada, foi um dos batalhadores para a formação do Sindicato dos Radialistas. O que lhe custou, com o golpe militar de 1964, perseguições mil. Obrigado a deixar Curitiba, foi para o Rio de Janeiro - onde não conhecia ninguém, sem dinheiro, sem proteção alguma.

Minas realiza também o Festival dos Festivais

Os festivais multiplicaram-se tanto em Minas Gerais onde em 1984 passaram de 60, raros porém os que tiveram registros em discos - que a Secretaria de Esportes, Lazer e Turismo, com patrocínio da Turminas, realizou um "Festival dos Festivais" - ou seja, uma mostra competitiva com participantes de 55 municípios (65 músicas inscritas), e das quais foram selecionadas as oito melhores - que mereceram a gravação de um lp produzido pela Bemol (atuante etiqueta mineira) e que teve 70% de sua tiragem distribuída pela Turminas - Rádio Inconfidência - Rede Globo Minas, que apoiaram a promoção.

Meio século de muito humor

Em comemoração aos 50 anos da fita gravada, a BASF lançou há dois anos uma esplêndida antologia sobre "50 Anos de Memória Brasileira", no qual uma equipe de pesquisadores, coordenada por Maurício Quadrio, reuniu todos os fonogramas e registros possíveis sobre nossa história recente. A aceitação foi tão grande que, no ano passado, o criativo gerente de comunicação da mesma multinacional produziu uma seqüência - "Antologia da Sátira Brasileira".

Bezerra da Silva com o sambandido

A coincidência de terem sido lançados num mesmo mês (maio/86) os novos elepês do veterano Moreira da Silva, carioca de Tijuca, 84 anos completados no último dia 1° de abril ("Cheguei e Vou Dar Trabalho", Top Tape) e do pernambucano (José Bezerra da Silva, 49 anos (Älô Malandragem Maloca o Flagrante", RCA) fez com que as comparações fossem inevitáveis e os registros da imprensa aproximassem os dois intérpretes.

O som para karaokê e o samba em potpourri

Uma das mais interessantes séries fonográficas existentes na Europa e Estados Unidos é a "Minus One", que na República Federal da Alemanha é editada através da Schott's. Trata-se de elepês nos quais há sempre o espaço vago para um instrumento - retirado o som da mixagem final. Destina-se, assim, aos estudantes e músicos amadores colocarem as gravações em play back e solarem o instrumento que executam (metal, cordas, percussão, teclados, etc.), acompanhados de uma esplêndida orquestra.
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