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A hora e a vez das crianças

Se há um setor fonográfico que merece a nossa máxima acolhida é o da produção de discos destinadas as crianças. Pois não há necessidade maior para formar novas gerações de consumidores de boa música, bom tempo, bom cinema, enfim a boa arte, do que começar a interessar, desde a mais tenra idade as crianças. Infelizmente, ao menos no campo fonográfico são poucas as vezes que os produtores lembram-se deste imenso mercado e sempre que isto acontece as gravações tornam-se sucessos.

Música

O aval musical de Edu Lobo e Dori Caymmi conta bastante. Conta tanto que Harry Zuckermann, diretor da Companhia Industrial de Discos, decidiu investir num caprichado lp para lançar uma nova dupla de compositores-interpretes - Jaime & Nair (CID, 8004, Novembro/74), que apareceram há dois meses, num bonito disco, simultaneamente editado em fita cassete. Tratando-se de uma nova dupla - até então totalmente desconhecida não deixa de ser uma grande chance.

Bandas e sambas em lps sem compromissos

Desde que a Big Banda do canecão - maior choparia do Brasil, na Guanabara - provocou a existência de um público interessado em potpourri de músicas de sucesso, em arranjos para metais e percussão, as gravadoras passaram a dar importância a produção de lps deste gênero com a banda não sendo mais identificada apenas como executante de musica marcial. Ao lado da banda do Canecão, com regulares lançamentos pela Phonogram, e a Veneno, do falecido Erlon Chaves, outras formações vão sendo testadas.

A [música] doce e suave

Com um público imenso e fiel, a música orquestrada, [romântica], suave, é mercado seguro, justificando crescentes investimentos nesta área. De monstros-sagrados que vendem milhares de cópias de discos em poucas semanas - como Paul Mauriat - até novas tentativas, em ascendente aceitação - como o Jerry Ross Symposium - uma série de lps que tem a sua vez e hora para um público convencional e de razoável poder aquisitivo. Aqui vão os registros.

"Carmem" uma excelente edição

Depois de consolidar seus lançamentos de música clássica através de várias coleções e álbuns isolados, a Phonogram vem, pouco a pouco, também colocando no mercado brasileiro óperas integrais, em lançamentos de nível idêntico aos das edições originais.

As novidades da CID

Contando afinal com um divulgador, Claudio, a Companhia Industrial e Discos, que na Guanabara já tem um organizado setor de promoção, a cargo dos bons amigos Fernando Lobo e Gaby Leib, está intensificando seus lançamentos.

Yes, nós temos jazz. O TJB gravou um lp.

Pode-se contar nos dedos os discos de jazz feitos por músicos brasileiros em nosso País. Com uma raquítica tradição jazzística em que mesmo as edições internacionais sempre se processaram de forma desorganizada e pouco promovida - defeito que só agora começa a ser corrigido, não pode se pretender que nossas gravadoras, voltadas aos lucros fáceis, se arrisquem a produzirem discos de jazz num País em que este gênero musical dispõe (isto é, dispunha, pois agora a coisa está mudando) de uma faixa tão pequena de admiradores.

Os melhores sambas de todos os tempos

Não dispondo de estruturas [econômico]-estratégicas que lhe permitam disputar, passo a passo, a (imensa e de amplo poder aquisitivo) faixa de consumidores de música internacional - que vai dos clássicos da faixa etária 30/50, como Frank Sinatra ou Tony Bennet - até as mais estridentes revelações da música pop, as pequenas etiquetas e gravadoras [têm] que se voltar ao prestigiamento de novos valores da MPB ou a representação de igualmente pequenas gravadoras e etiquetas internacionais - desprezadas pelos holdings fonográficos multinacionais.
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