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Cine GROFF

A vida e a morte na barriga da criação

Na primeira seqüência, um casal faz amor num vagão-dormitório que cruza a Riviera Dei Fiore, deixando a França e entrando na Itália. Entre a belíssima paisagem que lembra os quadros de Bellini, em rápido close é focalizada a pequena e poética estação ferroviária de Vintimiglia - a terra natal do artista Franco Giglio, cujas obras hoje fazem parte da paisagem curitibana.

Estréiam hoje dois dos melhores filmes de 1991

1992 não poderia começar melhor em termos cinematográficos. Hoje, terceiro dia do ano, estréiam dois dos dez melhores filmes indicados no referendum em que participaram 28 críticos e cinéfilos de 8 capitais e que, pela 26ª vez, ininterruptamente, O Estado do Paraná publicará domingo. "Não Amarás", do polonês Krzystof Kieslowski e "Os Imorais", do inglês Stephen Frears - que embora estivessem inéditos em Curitiba obtiveram pontuação para integrar a lista dos 10 melhores, estréiam agora nos Cine Groff e Bristol, respectivamente.

Premiado "Ameríndia" será exibido graças ao Simuc

Graças ao Sindicato dos Servidores Municipais de Curitiba, um dos mais importantes documentários da nova safra do cinema brasileiro terá como exibição especial amanhã no Cine Groff, às 20h30.

"Cortesia" demagógica com filmes alheios

Se não fosse a dignidade e coerência dos realizadores Fernando Severo e Fernanda Morini, a "coordenadoria" (sic) de cinema da Fucucu teria criado um constrangedor atrito entre o prefeito Jaime Lerner e a secretária Gilda Poli.

Desrespeito

O respeito ao público que se dispõe a sair de casa em noites frias e procurar um cinema é o mínimo que o exibidor pode oferecer, já que o agrado ou não do filme que apresenta, não é de sua responsabilidade. Entretanto, a Fundação Cultural de Curitiba, através de sua bem remunerada "coordenação de cinema" (funcionários admitidos sem concurso, com salários superiores aos pagos a equipe anterior, afastada em abril), continua a mostrar que infelizmente não tem experiência e competência para as funções. xxx

Madonna na cama com a lua na sargeta estão na cidade

Cinco estréias - das quais apenas duas de maior significado - nesta semana. Para o público jovem, a atração maior é o documentário "Na Cama com Madonna" de Alek Keshishian (Lido II), que foi levado ao último festival de Cannes, com exibição hors-concours - com a presença da própria superstar, Já "A Lua na Sarjeta" (La Lune Dans Le Caniveau), chega com atraso de oito anos (sua estréia, em Paris, foi a 18 de maio de 1983), embalada no sucesso dos filmes que o diretor Jean-Jacques Beineix fez posteriormente - especialmente "Betty Blue" e "Rosalye e os Leões".

Esposas sofredoras em duas grandes estréias da semana

Por coincidência as duas principais estréias desta semana trazem dramas conjugais em conflitos dramáticos: tanto "O Reverso da Fortuna" (Itália) como "Dormindo com o Inimigo" (Bristol), colocam esposas vítimas de maridos-vilões, dispostos a tudo para se livrarem das caras-metades com as quais estabelecem relações de amor-ódio-interesse.

Uma raça e dois enfoques na tragédia da II Guerra

Em "Bem Vindos ao Paraíso" (Bristol, até amanhã em exibição), o Sr. Kawamura (Sab Shimono), patriarca de uma família nissei, vivendo na "Little Tokyo" de Los Angeles no final dos anos 30, tenta evitar que sua filha Lily (Tamlim Tomita) case-se com o operador de seu cinema, o rebelde irlandês Jack McGurn (Dennis Quaid). Como Romeu & Julieta, enfrentam a oposição paterna e vão viver em Seattle, onde nasce a filha Mini.

No campo de batalha

O mais importante compositor nativista, Telmo de Lima Freitas, passou o último fim de semana em Ponta Grossa, participando do VII Rodeio dos Rodeios, promovido pela prefeitura local no Parque de Exposições Otto Cunha e que representou um investimento de Cr$ 30 milhões. xxx

Teresa conta a história do homem que trouxe japoneses

Hora de rever a cultura que vem do Oriente. Em cartaz, na cidade, dois dos melhores exemplos do cinema japonês - o apocalíptico "Black Rain - A Coragem de uma Raça" (Cine Groff, 2ª semana) e o lírico, belíssimo e, indiscutivelmente, um dos 10 melhores lançamentos de 1991, "Sonhos" (Cinema I), que só um gênio (Akira Kurosawa) na maturidade plena (80 anos) poderia realizar. São dois exemplos de filmes dignificantes, de visão indispensável. Em ambos, um grande apelo pela paz - justamente por mostrarem a insanidade da guerra e a poluição do meio ambiente.
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