Difícil quem não admire Dom Hélder Câmara, um corajoso e jovial cruzado em busca de um mundo mais justo, fraterno e cristão onde a humanidade toda possa viver melhor, com dignidade e esperança. Nos anos mais duros da repressão, a palavra do arcebispo de Olinda era uma das poucas que se fazia ouvir, mundo afora, denunciando as torturas do governo militar. Portanto, se há alguém que merece respeito é Dom Hélder, de quem a Civilização Brasileira publica um novo livro: "Indagações Sobre uma Vida Melhor".

Publicada há 20 anos passados, " O Encontro Marcado (primeira edição da Civilização Brasileira) está entre os livros definitivos da moderna literatura brasileira. Lembro-me que Rubem Braga, o maior amigo de Fernando Sabino, seu sócio nas editoras do Autor e Sabiá, afirmava-me, há 12 anos passados: " A cada ano sai toda uma nova edição de " O Encontro Marcado", pois uma nova geração se encontra em suas páginas". E realmente, 14 edições já sucederam-se no Brasil, além das que sairam na Espanha, Portugal, Holanda e Inglaterra.

Durante muitos anos instituiu-se na mesma tecla: a falta de oportunidades para os novos autores publicarem seus trabalhos.

Sábado, à meia-noite, na premiére de "Assim Era A Atlântida", num cinema carioca, o veterano radialista Renato Murce, 73 anos, 51 de rádio (Nacional, em sua maior parte) teve que ser atendido às pressas: a emoção de rever mais de duas décadas iluminadas do show-biz tupiniquim, na [nostálgica] antologia montada por Carlos Manga, foi demais. E assim, quase que o produtor do programa "Papel Carbono" tem um enfarte em pleno cinema.