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Cosme Alves

Pequenos problemas não prejudicam o FestRio

Rio de Janeiro - Embora, oficialmente, o IV FestRio encerre neste sábado, com uma festa de longa metragem que dura mais de 5 horas, incluindo a primeira exibição no Brasil da superprodução "O Último Imperador", de Bernardo Bertolucci - que o público nacional verá no primeiro semestre de 1988 - na verdade o festival continua transpondo a limitação competitiva, esta promoção que vem sendo realizada desde 1984 está hoje consolidada como um dos mais importantes eventos culturais, turísticos e promocionais do Brasil.

Agora começou a maratona do 9º Festival de Havana

Guido Araújo, professor universitário, vice-presidente da Fundação Cultural da Bahia e que há 16 anos organiza as jornadas de cinema naquele Estado, assistiu ao FestRio e já na segunda-feira embarcava para Havana. Será membro do júri de curta-metragem do 9º Festival Internacional del Nuevo Cine Latino-americano, que inicia hoje na Capital de Cuba estendendo-se até, o próximo dia 17.

No campo de batalha

Eunice Gutman, uma das líderes do Coletivo das Mulheres Cineastas, é uma das presenças mais atuantes nos festivais de cinema. Em Brasília, concorreu com "Tempo de Ensaio", com fotografia do competente Edgar Moura. O filme é um ensaio de uma peça teatral que focaliza problemas da condição de uma mulher que, depois de assumir o papel tradicionalmente feminino de mãe-esposa, se conscientiza da necessidade de mudanças.

Viva o cinema do 3º mundo (mesmo quando é medíocre)

Há quatro anos, quando o FestRio foi idealizado em suas características internacionais, uma posição ficou bem clara, especialmente por parte de dois de seus diretores - Nei Sroulevich e Cosme Alves Netto: antes de tudo, seria uma grande mostra voltada ao cinema do Terceiro Mundo.

No campo de batalha

A sessão de encerramento do Festival de Brasília, na quarta-feira, foi dedicada, em sua primeira parte, a interessantes curtas. Começou com um fragmento de um musical de 1939, no qual Dalva de Oliveira, Herivelto Martins e Isi Coelho, acompanhados da orquestra de Fon-Fon interpretavam a música "O Negro Está Sambando". Este fragmento - um histórico clip para a nossa MPB - foi restaurado pela Cinemateca do MAM, cujo conservador, Cosme Alves, colaborando com o Festival, cedeu para que tivesse em Brasília sua primeira projeção. Emocionante para quem curte a nossa MPB.

Como será o IV FestRio com as atrações internacionais

Um sentido político, contra o appartheid na África do Sul, marcará na noite de 19 de novembro a abertura do IV Festival Internacional do Cinema, Televisão e Vídeo do Rio de Janeiro. Uma personalidade negra, desprestígio mundial - e cujo nome será mantido em segredo até a hora do evento - entregará uma manifestação de apoio a um representante do líder Nelson Mandella, seguindo-se a pré-estréia mundial do último filme de Sir Richard Attenborough que tem como tema justamente o conflito racial na África do Sul; "Cry Freedom".

As razões do sucesso

O FestRio é o encerramento da gala do ciclo anual dos Festivais. A partir de 1984, quando houve sua primeira edição, este Festival só tem crescido em prestígio e atraido cada vez um público maior. Reconhecido pela Federação Internacional de Produtores de Filmes - que disciplina os festivais internacionais de cinema - na categoria "A", nele só podem concorrer filmes inéditos em festivais, o que, se por um lado faz com que se veja apenas filmes novíssimos, por outro impede que obras importantes, de cineastas consagrados, entrem em competição.

IV FestRio decolou; um Boeing de imagens visuais está no ar

"Freedom Cry", novo filme de Sir Richard ("Ghandi") Athenborough, que tem por tema os conflitos raciais na África do Sul, não pode vir para a abertura, hors concours do IV Festival Internacional de Cinema, Televisão e Vídeo do Rio de Janeiro (Sala Glauber Rocha, Hotel Nacional), mas a substituição foi à altura: "Au Revoir Les Enfants", o emotivo filme que marca o retorno de Louis Malle a França após 11 anos de EUA - e que recebeu o Leão de Ouro no Festival de Veneza, há apenas dois meses.

A Columbia aproveita a vitrine do FestRio

Rio de Janeiro - Há quatro anos, quando da primeira edição do FestRio falava-se até em boicote organizado do cinema americano contra o festival brasileiro. Afinal a representação americana era pequena em proporção ao poderio da industria cinematográfica e alegava-se que não interessaria as tycoons da Usina dos Sonhos fortalecer um evento que nascia já declaradamente favorável as pobres, esquecidas e desconhecidas cinematográficas do Terceiro Mundo.
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