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David Neves

Reflexões bem humoradas e dramáticas do Brasil 1964

Gramado - Duas maneiras de (re)ver o golpe militar e os anos duros da revolução. Com humor e ironia, como fez a estreante Maria Letícia em "1º de Abril, Brasil" - ou com o rigor documental, como fez a jornalista e cineasta Lúcia Murat, em "Que Bom te Ver Viva" - que será mostrado hors concours, na sexta-feira e que ontem teve uma exibição especial para a imprensa.

Esquenta a competição neste fim de semana

Gramado - É difícil circular no Centro de Convenções do Hotel Serrano. São centenas de pessoas - entre artistas, cineastas, produtores, jornalistas, etc., etc. - que se acotovelam pelo amplo hall, lotam a sala Érico Veríssimo - na qual acontecem as projeções dos filmes em 16mm e os debates dos filmes em competição, espalham-se pelos outros espaços deste moderno local que tem no festival de cinema o seu principal evento anual.

Os filmes de competição

Desde ontem, após a exibição de "A Faca de Dois Gumes" (hoje em exibição no Lido II, 5 sessões), já se começaram a fazer os balanços dos favoritos aos Kikitos, que este ano serão de bronze, acompanhados de prêmios em dinheiro. Iniciando com dois filmes um tanto frustrantes (mas que encontraram defensores) - "Jardim de Alah", de David Neves e "1º de Abril, Brasil", da estreante Maria Letícia - o festival cresceu no terceiro dia (terça-feira), com "Festa", do paulista Ugo Giorgetti.

A mineirice do Grande Mentecapto na tela.

Gramado - Mesmo que não saia com o Kikito de melhor filme deste festival porque, afinal, surpresas podem acontecer (e os resultados só foram anunciados na noite de ontem, impossíveis assim de serem registrados neste espaço), "O Grande Mentecapto" obteve a maior aceitação do público - o que o fez o maior favorito ao troféu do júri popular - e entre (muitos) méritos tem o de conseguir aquilo que poucos filmes têm obtido: uma fácil, deliciosa e emocionante comunicação.

Os premiados no XVII Festival de Gramado

Filme: "Festa", São Paulo, de Ugo Giorgetti; Filme: votação do júri popular: "O Grande Mentecapto", Rio-Minas Gerais, de Oswaldo Caldeira; Diretor: Murilo Salles ("A Faca de Dois Gumes); Roteiro: Ugo Giorgetti ("Festa"); Ator: Adriano Stuart e Antônio Abujamra ("Festa"); Ator coadjuvante: Ítalo Rossi ("Louca Demais"); Atriz: Rosamaria Murtinho ("1º de Abril, Brasil"); Atriz coadjuvante: Imara Reis ("Jardim de Alah"); Fotografia: José Tadeu Ribeiro ("A Faca de Dois Gumes"); Edição de som: Juarez Dagoberto ("Doida Demais");

Os filmes para os próximos festivais

Foi o próprio Orestes Quércia quem decidiu a parada: ao invés de cinco longa-metragens, cada um com uma ajuda de US$ 200 mil, o governo de São Paulo vai bancar a produção de dez filmes para aquecer a raquítica produção brasileira.

Rio de David e 1º de Abril de Letícia

Após bem sucedidas incursões literárias-cinematográficas ("Memórias de Helena", do livro de Helena Morley; "Lucia McCartney", do conto de Rubens Fonseca), o mineiro-carioca David Neves se voltou a um projeto tão lírico e afetivo como é a sua personalidade: um mapeamento truffoneano do Rio de Janeiro. Assim, após "Muito Prazer", com o Leblon como cenário e o encantador "Fulaninha", rodado na Prado Júnior, em Copacabana, justamente na rua em que ele reside, veio "Jardim de Alah", com conflitos e contrastes de um endereço certo, na confluência dos bairros cariocas de Ipanema e Leblon.

Estão no laboratório os candidatos para Gramado

Dos sete filmes que estão prontos e em lançamento pela Embrafilme neste semestre, apenas dois são inéditos o suficiente para justificar sua participação no XVIII Festival do Cinema Brasileiro de Gramado: "A Faca de Dois Gumes", de Murilo Salles, baseado na novela de Fernando Sabino, com Paulo José, José Lewgoy, Marieta Severo e José de Abreu e "Jardim de Alah", de David Neves.

No campo de batalha

Duas atrizes-ninfetas provocaram "frissons" em Gramado: Mariana de Moraes, que aqui esteve há 2 anos como revelação de "Fulaninha", de David Neves, e agora Cláudia, a neta da vovó Laura (Henriqueta Brieba) no belo curta "Histórias do cotidiano", de Regina Abreu e Noilton Nunes. A outra é Flávia Monteiro, de "A menina do lado". xxx

Cinema para ler - Pioneirismo de Viany

Há 30 anos, Alex Viany elaborava um livro fundamental para a compreensão de nosso cinema. Jornalista e crítico, tendo vivido em Hollywood nos anos 40, realizador de filmes importantes ("Agulha no Palheiro", 1953; "Ria Sem Sol", 54), colaborador como roteirista em outros, pode-se dizer que Viany foi o primeiro grande pesquisador de nosso cinema - em que pese a importância de outros pioneiros.
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