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Dizzy Gillespie

Bluebird chega ao Brasil

O primeiro grande lançamento de jazz neste ano foi o pacote de oito álbuns da Bluebird, etiqueta ligada ao grupo RCA - no Brasil BMG/Ariola, que havia sido programado para dezembro, mas que, afinal, só saiu no final de janeiro. Apesar disto, quem já conhecia da edição americana esta preciosa coleção - como Zuza Homem de Mello - não teve dúvidas em incluí-la como das melhores do ano, especialmente o magnífico "And his Mother Called him Bill", o melhor de todos os discos do pacote - e um dos maiores momentos da carreira de Duke Ellington.

A época da big bands

Com as mortes de Count Basie (William Basie, Red Bank, New Jersey, 21/08/1904-Florida, 26/04/84), Benny (Benjamin David) Goodman (Chicago, 30/05/1909-Nova Iorque, 13/06/1987) e Woody (Woodrow Charles Herman, Milwaukee, 15/05/1913 - 10/09/87) só restou Dizzy Gillespie (John Birks, Cherow, 21/10/1917) entre os grandes band-leaders, instrumentistas, criadores, improvisadores - enfim figuras exponenciais da época de ouro do jazz.

Airto e Flora virão com Gillespie para Free Jazz

No domingo, Airto Moreira telefonou de Los Angeles, para a casa de sua mãe, dona Zelinda, 75 anos, contando que estava retornando de uma nova tournée, desta vez de três semanas na Inglaterra e mais uma em Cuba. Segunda-feira, 21, Beatriz Alessi, correspondente da "Folha de São Paulo" em Londres, relatava sobre a temporada de três semanas que Airto e Flora Purim haviam feito no Ronnie Scott's - a mais famosa casa de jazz da Capital inglesa - com lotação esgotada todas as noites.

Eterno Duke Ellington

Nem tudo começou com Satchmo e Duke, mas, sem dúvida, que eles foram os maiores e são, com razão, anos depois de já terem desaparecido, os que ainda mais identificam o jazz. Ambos viveram bastante, deixaram centenas de gravações e fizeram excursões por todo o mundo levando o jazz - incluindo o Brasil - em suas tournées.

Flora e Airto no Free Jazz

Airto Moreira, catarinense de Itaiópolis, mas Bicho do Paraná por coração, ao lado da carioca Flora Purim - sua esposa há 23 anos, acabam de fazer uma temporada no Ronnie Scott's, em Londres, com esticada em Cuba. Em setembro estarão no Rio e São Paulo, integrando a United Nations Orchestra, liderada por Dizzy Gillespie, participando do Free Jazz Festival.

O jazz saboroso que Cuba exporta

Cuba não é apenas sinônimo do (melhor) charuto e socialismo tropical mas, sim, sonoramente, um ilha de grande riqueza como se prova através dos gêneros & talentos musicais que ali surgiram. Se a Nova Trova Cubana - com Sílvio Rodriguez e Pablo Milanez - explodiu na última década, graças à ponte cultural que Chico Buarque (e outros intelectuais do primeiro time) souberam construir - há também outros criadores notáveis da música cubana, sem folclorismos & concessões que começam a acontecer mundialmente.

Chegou o jazz mágico do pássaro

O que os músicos de jazz farão agora? (cometário do contrabaixista Charlie Mingus, 1922-1979, em 12 de março de 1955, ao ser anunciada a morte de Charlie Parker). *** De Charlie "Bird" Parker já se escreveu muito - especialmente nos últimos meses, depois que "Bird", a cinebiografia, amorosa, fiel e magnífica que Clint Eastwood lhe dedicou teve sua primeira exibição no V FestRio e, nesse ano, lançamento comercial em São Paulo e Rio de Janeiro.

Gillespie, antes de tudo o profissional

Dizzy Gillespie, 72 anos, o último dos grandes nomes do jazz ainda em atividade, foi um dos poucos dirigentes de bandas jazzísticas a apoiar Parker em suas horas mais difíceis. Numa cena de "Bird", na praia de Santa Mônica, Califórnia - na fracassada tentativa de levar o bebop à West Coast - ele fala da importância do músico ser responsável, principalmente quando negro ("pois é isto que eles querem: que mostremos ser irresponsáveis"). Gillespie, inimigos de drogas e do álcool, foi um dos sobreviventes da geração de maior voltagem do jazz justamente por sua organização e caretice.

MJQ homenageia Duke Ellington

1988 foi um ano positivo para o jazz no Brasil - conforme destacaremos na próxima edição do "Almanaque", quando, mantendo a tradição de 24 anos, estaremos fazendo a revisão dos melhores lançamentos ocorridos entre dezembro/87-dezembro/88.

Duke & as big bands

Maior entre os melhores, Duke Ellington (1899-1974), também vem tendo momentos culminantes de sua obra colocadas no Brasil pela CBS - e aos quais se acrescenta "Up Town", com gravações do período de julho de 1951 a agosto de 1952, época em que as big-bands começavam a sofrer problemas econômicos e os grandes solistas formaram pequenos conjuntos.
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