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Dona Flor

"Personalidade", a receita para as melhores reedições

Na fonografia aplica-se a lei de Lavoisier: nada se perde, tudo se transforma. Assim, cada faixa gravada por um artista que dê certo passa a ser propriedade da fábrica e tem "n" reaproveitamentos conforme as regras do marketing. Se, em vida, um artista ainda pode tentar vetar o aproveitamento de gravações que não o agradem, após a morte ou a saída do artista da empresa - a fábrica faz o que quer. A Polygram, por exemplo, lançou um elepê com sessões musicais que Elis Regina havia vetado - e o disco se tornou um sucesso.

"Por Incrível que Pareça", afinal uma trilha nacional

Infelizmente poucos são os filmes brasileiros que conseguem ter suas trilhas sonoras editadas em elepês. Mesmo quando compositores de prestígio como Chico Buarque, Edu Lobo e Antônio Carlos Jobim emprestam seu talento ao cinema, as trilhas permanecem inéditas - na versão integral, aparecendo, quando muito, as músicas em gravações avulsas.

A volta de Antônio Carlos e Jocafi. Quem se lembra?

Há alguns dias, comentávamos com um produtor musical a crueldade do mundo do show bussiness, capaz de eleger ao sucesso certos artistas e, com a mesma rapidez, também condená-los a um prematuro ostracismo se o profissional incorrer no pecado de deixar de vender o que os inflexíveis tycoons da indústria fonográfica esperam.

"Além Da Paixão", o conto moral de Bruno

Se "O Cinema Falado" provocou, ao ser exibido hors concours no FestRio-86, polêmicas e discussões, "Além da Paixão", de Bruno Barreto quando mostrado no encerramento do II FestRio, provocou apenas vaias e decepção. Realmente, para quem vinha apostando no talento de Bruno Barreto ("Tati, a Garota", 1973; "A Estrela Sobe", 1974; "Dona Flor e Seus Dois Maridos", 1975), o seu novo filme foi mais frustrante do que "Amor Bandido" (1978) ou mesmo "Gabriela" (1982), fracasso de público e crítica.

"Daniel", ou a revisão de uma "tragédia americana"

Desde que estreou na direção cinematográfica, em1957, fazendo a transposição da teleplay "Twelve Angry Men", do Reginald Rose (que anteriormente havia dirigido na televisão), Sidney Lumet sempre se mostrou um cineastra preocupado com temas sérios. Seja nas adaptações literárias ou em roteiros originais, sua filmografia - trinta e um longa-metragens em 27 anos - é das mais dignas.

No campo de batalha

Modificações na estrutura da Fundação Cultural de Curitiba: ao invés de administrações isoladas nos três teatros do município, agora há apenas duas coordenações: a de música, chefiada pela sra. Suzy Lambach, e de arte cênica, entregue a Tina Camargo (ex-Teatro de Bolso) Glacy Gotardelo, a efiaen3e executiva do Teatro Universitário - que graças ao seu relacionamento na área de música popular tinha movimentada programação, agora assessora Suzy Lambach, instalada no Solar do Barão ,o setor de artes plásticas tem um coordenador dos mais capazes: Jair Mendes, também diretor do Museu Guido Viaro.

Perspectivas da Semana

Uma semana de excelentes opções para o espectador de bom gosto, que exige algo mais do cinema. Woody Allen, o genial e premiado ator-diretor-roteirista; em dose dupla: "Noivo Neurótico, Noiva Nervosa" (Annie Hall), desde ontem no Cine Rivoli, para uma carreira de, no mínimo, dias semanas. No Astor, em sessões à meia noite, Jayme Tavares está reprisando os filmes anteriores de Allen: na semana passada, 810 pessoas superlotaram o cinema de (apenas) 500 lugares para rever "Tudo Que Você Sempre Quis Saber Sobre O Sexo...".

Perspectivas da Semana

Com "A Dama do Lotação" (1977, de Neville D'Almeida), merecendo um lançamento nacional ultra bem promovido, precedido de maciça campanha em "out-doors" por toda cidade, o produtor Luiz Carlos Barreto pretende repetir o sucesso de "Dona Flor e Seus Dois Maridos". O roteiro de Nelson Rodrigues é bem mais agressivo do que o humor baiano de Jorge Amado e a presença no elenco da maringaense Sônia Braga, generosamente despida em muitas seqüências, é atrativo para boas rendas nos cines Lido, Astor e São João, onde o filme está em exibição, desde ontem.

Nas páginas de "Variety"

Muito provavelmente, pela primeira vez o nome de Curitiba é citado nas páginas do "Variety", desde 1905 editado em Nova Iorque e considerado a verdadeira "bíblia informativa" do mundo mágico do show bussiness. Este jornal tablóide, normalmente com 120 páginas, que circula semanalmente em Nova Iorque e, com uma edição diária, em Los Angeles, dedicou uma seção especial ao cinema latino-americano, no número de 22 de março último (128 páginas, 85 centavos de dólares). xxx
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