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Elia Kazan

Pavilhão, a linguagem esquecida que volta.

José Maria Santos, 47 anos de idade, 25 de vida teatral, um dos poucos homens a viver exclusivamente de seu trabalho nos palcos, decidiu assumir totalmente sua condição de comediante. Ator de fácil comunicação, que há 9 anos consegue lotar espaços com o monologo "Lá", de Sérgio Jockymann, Zé Maria decidiu ficar apenas na comedia, em termos de interpretação. Vai entrar 1981 com apresentações de "Lá" em varias cidades do Sul, repetindo, de certa forma, o que grandes atores do passado conseguiram por décadas: manter monólogos em repertório, sempre com aceitação popular.

Terra do Sonho Distante

"A Rua da Esperança" (Cinema 1, hoje último dia em exibição) é um tipo raro de filme em nossos dias: em preto-e-branco, com elenco de nomes desconhecidos, personagens simples, falando entretanto de forma objetiva e direta em torno de temas eternos: o amor, o casamento, e a fidelidade, encontros e desencontros.

Como vencer na vida a qualquer preço.

Numa recente entrevista ("The New York Times Magazine", 15/1/1978), o ator Richard Dreyfuss, comentando a sua atuação no filme "O Grande Vigarista" (Cinema 1, hoje último dia em exibição) disse que apesar do prêmio que o filme obteve no Festival de Berlim, em 1974, provocou intensa reação junto a colônia israelita em Montreal. Um dos mais violentos artigos publicados num jornal idish, no Canadá, chegava a perguntar: "É Richard Dreyfuss realmente Duddy Kravitz?

Terra do Sonho Distante (II)

Haskel Wexler, 55 anos, respeitado, antes de tudo, como um dos mestres de fotografia no cinema americano, realizou há nove anos, um filme que se transformou num clássico de g6enero documentário: "Dias de Fogo" ( Medium Cool, 1969). Analisando os incidentes ocorridos em Chicago, durante a convenção do Partido Democrata para a indicação do candidato a presidência (1967), Wexler mostrou o quanto pode fazer uma câmera cinematográfica, se aliada a lucidez interpretativa.

Descolorida usina de sonhos

"O Último Magnata" (Cine Condor, 5 sessões diárias) é, antes de mais nada, um filme para quem ama o cinema. Um filme sobre o cinema para quem o curte - em seus mitos, sonhos & ilusões. Mas, paradoxalmente, muito provavelmente, em termos de bilheteria, não alcançará a renda mínima exigida pela impessoal CIC para justificar uma segunda semana de exibição.

Cinema II: a estréia que não houve

Uma curiosa efeméride, sem maiores registros, apenas como nostalgia: ontem fez 20 anos que os estudantes curitibanos impediram que estreasse no antigo Cine Palácio, na Avenida Luiz Xavier, a badalada superprodução da Warner Brothers, "Assim Caminha" (Giant, 1956, de George Stevens, do romance de Ednar Ferber). Com 198 minutos de duração, superelenco encabeçado por Elizabeth Taylor, Rock Hudson e James Dean (que, falecido em 1955, se tornara m ídolo nos anos 50), a Warner exigiu além de 70% da renda, a elevação dos ingressos de Cr$ 10,00 para Cr$ 14,00 (antigos).

Cinema & Sindicalismo

Se apenas os cinemaníacos mais fantásticos - e acima dos 30 anos - conseguiram assistir << Greve >> (Stachka), 1928, primeiro longa-metragem do russo Sergei Eisnenstein (18989-1948) - o mestre do cinema soviético, temos agora a coincidência de uma série de filmes que têm os operários e o sindicalismo como tema, estar passando praticamente desapercebida na cidade.

Só 90 viram o filme premiado mas há outros bons programas

Como se diz, seria cômico se não fosse sério: quando finalmente obras como << Mimi, O Metalúrgico >> , 72, de Lina Wertmuller e << A Classe Operária Vai ao Paraíso >> , também de 72, de Elio Petri (1929-1978) são liberadas e relançadas - trazendo nas telas o operário como personagem central, um corajoso filme que também mostra o mundo dos operários, em Detrit - a capital da indústria automobilística americana - fica apenas dois dias em cartaz.

Quando é preciso chamar à atenção

É bom chamar a atenção para um filme que deve entrar - ou já estar (nunca se sabe, as substituições são inesperadas) em exibição no cine Avenida: "Em Louvor à Mulher Madura" (in Praise of Older Women).

Erotismo socialista com muita juventude

A programação do Cine Avenida tornou-se tão apelativa, no binômio sexo-violência, nos últimos 16 anos, que mesmo filmes de valor acabam passando despercebido mesmo por parte daquela faixa de público mais intelectualizada - ou ao menos que gosta de conhecer as obras importantes. Por exemplo foram poucos os Fãs de Brian De Palma, com justa razão considerado o << herdeiro >> de Alfred Hitchcook (1889-1980) no gênero suspense, que viram no Avenida o excelente << Irmãs Diabólicas >> (Sisters, 1973), que merecia ter exibições até sob auspício de entidade médicas, tal a seriedade do tema que enfoca.
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