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Elza Soares

O modificado som do Carnaval brasileiro

Há mais de quinze anos que os registros musicais do Carnaval são melancólicos. A lamúria é sempre a mesma: só se canta as marchinhas e (alguns) sambas do passado, especialmente dos grandes mestres – como Lamartine Babo e João de Barro.

Reedições às mancheias

Com a crise que se agrava a cada dia, as gravadoras estão cortando gastos e procurando fórmulas alternativas. Reedições de fonogramas que estão em seus arquivos é uma das formas mais econômicas de continuar nas lojas com investimentos mínimos. Só que variam os critérios de cada etiqueta - algumas com trabalhos caprichados valorizando as informações para, honestamente, dar ao consumidor a notícia de que está adquirindo um disco antigo, outras procurando escamotear a realidade.

No campo de batalha

Um dos mais ecléticos tecladistas do Paraná, Lalo, retornou há meses da Bélgica - onde morou por 5 anos, e hoje é dono do restaurante Luganos, associado aos seus filhos Maria Luísa e Ladislau, que ali instalaram um moderno sistema de fone-pizza. Os garotos, aliás, estagiaram em restaurantes na Itália buscando receitas exclusivas. xxx

Lembrando Vinícius e nostalgia em cassete

Ao lado de projetos uniformes, reunindo limelights da obra de grandes autores e intérpretes - como fez com as faixas de Nat King Cole ("Songs We'll Never Forget"), Altemar Dutra ("O Trovador das Américas"), e, agora Milton Nascimento e João Gilberto, a Emi-Odeon, através de sua divisão de projetos especiais, com orientação do competente Francisco Rodrigues, também promove reedições simples - mas igualmente bem cuidadas.

Mais de 200 candidatos na espera dos troféus

Eis a relação completa dos indicados para o Prêmio Sharp da Música, nas oito categorias. Pop/rock Arranjador: Ari Mendes (lp "Angela Ro Ro", Eldorado); Leo Gandelman (lp "Nico Rezende", WEA) e Portinho (lp "18 anos sem sucesso", com o Joelho de Porco, Eldorado). Revelação masculina: Ed Motta (lp "Ed Motta e Conexão Japeri", WEA); Fábio Fonseca (WEA) e João Figar (3M). Música: "Brasil" (Cazuza, George Israel, Nilo Romero), com Gal Costa; "Faz parte do meu show" (Cazuza/Ladeira, com Cazuza); "Ideologia" (Cazuza/Frejat, com Cazuza).

Chato, pretencioso, mas é inteligente!

Uma das mais (fáceis) observações que se pode fazer a respeito de "O Cinema Falado" é de que se o mesmo fosse reduzido para uma média metragem, de 30 a 40 minutos, seria uma obra-prima, capaz de merecer prêmios em qualquer festival com júri de bom senso. Há seqüências belíssimas. Produção irrepreensível (fotografia de Pedro Farkas, montagem de Mair Tavares). Entretanto o filme é longo. E se há momentos deliciosos - visual ou mesmo auditivamente - há seqüências que se tornam insuportáveis a quem não seja tiete de Caetano.

Geléia Geral

Nelson Gonçalves (Santana do Livramento, RS, 21/6/1919), em 45 anos de carreira, nunca saiu da RCA e se orgulha de ser um dos artistas a ter maior númeor de gravações em catálogo. Des seus 105 elepês e mais de 500 gravações avulsas (78 rpm/compactos), pelo menos a metade continua a vender como pão quente, enquanto que ele, em plena forma, não pára de cantar. Nos últimos anos, afinal, nelson passou a se preocupar em melhorar o repertório e sofisticar as produções.

Geléia Geral

A prosperidade fonográfica está sendo tão grande neste 1986 post-Cruzado, com vendas acima do que previam os mais otimistas diretores de marketing das gravadoras, que novos produtos - como os artistas são tratados na linguagem fria dos executivos do setor - são mensalmente lançados na praça. Os que vendem tem caminho aberto para as novas produções, enquanto aqueles que empacam não chegam a abalar as finanças das gravadoras.
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