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Os solos de Moura

Bastariam os dois números solados por Paulo Moura no clarinete - a valsa "Leninha" de Codó e o choro "Espinho de Bacalhau" de Severino Araújo - durante o espetáculo "Roteiro" (auditório Bento Munhoz da Rocha Neto, sexta-feira, única apresentação) para justificar os aplausos entusiásticos do público. Pois, independente dos sambas comercialmente fáceis de Martinho da Vila (Martinho José Ferreira) acompanhado por um grupo de excelentes instrumentistas e mais a presença colírica da bailarina Soninha, sem dúvida o espetáculo "Roteiro" teve em sua parte instrumental o ponto alto.

Duplas: Jair & Evaldo

Em julho de 1958 o capixaba Jair Pedrinha de Carvalho Amorim (Santa Leopoldina, 18 de julho de 1915) encontrava na União Brasileira de Compositores, quando ali chegou, para pedir sua inscrição de como sócio o cearense Evaldo Gouveia (Orós, 8 de agosto de 1930). Na mesma noite, os dois faziam a primeira música em parceria - "Conversa", que teve várias gravações, inclusive por Maísa. A partir daí iniciou-se verdadeira torrente de sucesso: todos cantam suas músicas e os prêmios e troféus se acumulam.

Pop europeu

A Top Tap é bastante equilibrada em suas produções: se, por um lado edita importantes lps de MPB, como o admirável álbum que marcou o reaparecimento da cantora Ademilde Fonseca, por sua vez também oferece ao marcado jovem o que há de mais contemporâneo no pop internacional. Nos últimos meses, a etiqueta de Rozemblit Sobrinho vem se preocupando em promover o rock germânico - imensa faixa com uma multiplicidade de grupos de grande prestígio na Europa.

Samba

É sempre estimulante observar que apesar dos pesares que a mais supérflua música pop constitui nestes tempos em que é difícil ser brasileiro em termos de emepebe, é possível encontrar elepes com diferentes manifestações de Samba - em diversas fases e estilos. Embora rapidamente, eis aqui alguns registros do que tem aparecido na praça.

Em todas as rotações... Em todas as direções...

Numa pequena sala do [último] edifício na Avenida Rio Branco, no Rio de Janeiro, onde a Phonogram tem seus escritórios, um homem trabalha em silêncio. Apenas uma escrivaninha, uma estante e uma atenciosa e competente secretária - a [simpática] dona Lucy. Mas neste pequeno espaço físico, [Maurício] Quadrio cria as mais importantes coleções fonograficas brasileiras, produzindo projetos excelentes em termos de cultura musical. Lançou, há poucas semanas, a obra de Vivaldi, em [álbum] de 10 [elepês].

Novas da Tapecar

A Tapecar é uma das gravadoras que mais vem prestigiando a legitima música popular brasileira, com uma série de edições de sambistas de bom nível. Por exemplo, está em fase final de gravação o disco de Beth Carvalho. Do disco constam musicas compostas por Nelson Cavaquinho, Paulo Cesar Pinheiro, Gisa Nogueira, Martinho da Vila e Chico Buarque. xxx Já saiu o primeiro elepe de Gilson de Souza ("Pôxa"), com quase todas as músicas de sua autoria, mas prestando também uma homenagem a Pixinguinha, através da regravação de "Gavião Calçudo". xxx

Em todas as rotações ... Em todas as direções ...

1 - Após "Rock Your Baby", um novo elepê de George McCrae está na praça, edição da Top Tap. Aos 31 anos, 8 de carreira, George fez sua primeira gravação ("Three Hearts In A Tangle") num pequeno selo (Alston) da Florida, onde nasceu. Só no ano passado, teve sua grande chance, quando os compositores H. W. Casey e Richard Finch o escolheram para gravar "Rock Your Baby", que acabou se transformando num dos maiores sucessos do ano.

Zé Di, Demônios da Garoa e Sônia Lemos

São Paulo dá samba também. Pelo menos os paulistas gostam de Samba, haja visto o número de casas de samba que animam a noite paulista. E dois exemplos de samba que sai de São Paulo, são os elepes "Zé Di" (Tapecar, SS008, junho/75) e "Samba do Metrô" (Chantecler, 2-09-404-062, junho/75) com Os Demônios da Garoa - dois estilos, duas tendências - mas igualmente válidos pela preocupação de oferecer a nossa música popular.

De Nelson a Karan

NELSON GONÇALVES - Poucos, muitos poucos, cantores tem permanecido tão fiéis a uma gravadora como Nelson (na verdade Antônio) Gonçalves, paulista do dia 22 de junho de 1920. Não só fiel mas lucrativo, pois esse cantor romântico, que antes de ser cantor foi boxeur e garção, é, há pelo menos 20 anos, um dos artistas de maior prestígio popular. O tempo passa e Nelson permanece, com um repertório que durante anos foi caracterizado pelas músicas de Adelino Moreira, de quem foi durante tempo uma espécie de intérprete exclusivo.
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