Login do usuário

Aramis
Conteúdo sindicalizado RSS Ennio Marques Ferreira

Ennio Marques Ferreira

Lajos, um caixeiro viajante das artes

No inverno de 1962, quando o húngaro Paulo Lajos chegou a Curitiba, o nosso mercado de artes plásticas era dos mais reduzidos. Com exceção da pioneira Cocaco - que Loio Pérsio, Manoel Furtado e Ennio Marques Ferreira haviam fundado 6 anos antes (e que na época já havia sido vendida a Eugênia Petrius), não havia nenhuma outra galeria na cidade. Europeu culto, que havia aprendido a apreciar as artes nos anos de ouro de Budapest - onde nasceu em 1921 - e que só deixou a Hungria em 1949, fugindo do regime comunista, Lajos sentiu que no Brasil poderia trabalhar como mercador de artes.

Inéditos do Banestado

A primeira vernissage de 1986 aconteceu no Dia dos Reis - 6 de janeiro, na galeria de Arte Poupança Banestado: o II Salão Banestado de Artistas Inéditos. Uma mostra do talento dos funcionários (e alguns clientes) do banco oficial, que, pela primeira vez, se reúnem numa mostra que vem crescendo de ano para ano. xxx

Oficina musical e os riscos do gigantismo

Roberto de Regina, cravista e maestro, já está ouvindo em seu walk-man a primeira cópia, devidamente mixada por Carlinhos de Freitas, da matriz com as gravações que constituirão o sétimo LP da Camerata Antiqua, por ele fundada há 15 anos passados. Com peças de Haendel, Bach e Scarlatti, esta gravação será uma das raras homenagens feitas entre nós ao quarto centenário destes três gênios da música.

Nesta mostra, um pouco mais da arte de Franco

Muito de emoção e amor na mostra de Franco Giglio (Dolceaqua, Liguria-1937 - Desengano del Garda, 1982), que será inaugurada, hoje, ao entardecer, na Marechal Deodoro, 333. São trabalhos executados nos últimos meses de vida de Giglio, quando, ao lado da esposa, Rose, residia em Desenzano del Garda, uma das mais belas regiões da Itália. Com exceção de apenas um trabalho, "Vide de Baudelaire", feito ainda quando morava em sua aldeia natal, Dolce Acqua, na Riviera Del Fiore, os trabalhos expostos, agora, em Curitiba, sensibilizam sua visão plástica de uma última fase de grande produção.

O tempo & as palavras impressas

A máquina do tempo é acionada com o simples ato de folhear as páginas das amarelecidas coleções de O ESTADO na divisão da Documentação Paranaense da Biblioteca Pública do Paraná ou no arquivo da Editora. São quase 400 volumes - exatamente396 - cobrindo os 33 anos de existência de um jornal que, todas as manhãs, desde 17 de julho de 1951 chega às mãos dos paranaenses.

Os desenhos de Teca

Numa nova galeria - a Caixa de Criação ( Rua Dr. Faivre, 749), a arte jovem, explosiva e criativa de uma artista de grande talento: Estela Sandrini. Na vernissage, muitos indagavam sobre os trabalhos de "Teca" - como carinhosamente esta curitibana-lapeana é conhecida. São desenhos de cores fortes, nas quais imagens surrealistas se interpoem no universo cotidiano, pulam com força para a imaginação visual, propondo enigmas desafiadores.

O cantor Érico e os 30 anos de pintura do bom "Espigão"

Érico da Silva, hoje o mais próspero pintor radicado no Paraná e, naturalmente, um dos maiores contribuintes do imposto de renda, já chegou a pensar em abandonar as tintas e se dedicar apenas a sua empresa de construção de piscinas e quadras de tênis, intercalada da música. Catarinense de Itajaí, desde os tempos de vacas magras em que acompanhava circos mambembe pelo sul do Brasil. Érico sempre dedilhou um violão com um repertório que vai de serestas a paródias satíricas, detendo-se, especialmente, no repertório sertanejo.

Onde foram parar as escolinhas de arte?

Das incoerências do ensino: nunca se falou tanto em desenvolvimento das artes plásticas, da formação de novo público - capaz de se constituir em consumidor de tantas exposições (oficiais ou privadas) realizadas regularmente, mas, se extinguem as escolinhas de arte junto aos estabelecimentos do ensino do primeiro grau.

Observatório

EM 1955, quando Ennio Marques Ferreira, Loio Pérsio e Manoel Furtado reuniram-se para criar a primeira para criar a primeira galeria de arte de Curitiba não imaginavam que estavam tentando estruturar uma nova espécie de relação artista-público. Na verdade, há um quarto de século surgia uma pequena loja na Rua Ébano Pereira - onde hoje existe mais um espigão disforme e antiestético que, direta ou indiretamente, influi por quase 15 anos na vida artística do Paraná.

Uma semana com muitas (e belas) formas/cores

Uma semana de eventos importantes na área das artes plásticas: abertura do 37o Salão Paranaense, do Salão Passarela e da retrospectiva de Elifas Andreato. Sem contar a coletiva de Wilson Andrade e Silva, Jefferson César e Domicio Pedroso hoje à noite na Acaiaca, ainda a mais profissional das galerias da cidade.
© 1996-2016. tabloide digital - 35 anos de jornalismo sob a ótica de Aramis Millarch - Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Altermedia.com.br