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O som do Carnaval (II) - Bloch carnavalesco e a marcha da Constituinte

Destinada a estimular os compositores a fazerem músicas para o Carnaval a promoção "Canta Meu Povo", organizada pela Radiobrás, com apoio da Riotur, Funteve e Funarte, realizada entre 9 de setembro a 21 de outubro de 1985, no Circo Voador, no Rio de Janeiro, foi mais uma frustração. De centenas de músicas inscritas, a comissão julgadora teve dificuldades em selecionar as 12 que ganharam o direito de serem gravadas num lp da Sigem, distribuído pela RGE - e que, infelizmente, está tendo pouquíssima repercussão.

Yes, Curitiba também tem sambas-de-enredo

Há mais ou menos 14 anos, uma das mais influentes assessoras do gabinete do então prefeito Jaime Lerner, numa reunião em que se discutia questões ligadas à animação de Curitiba, chegou a sugerir que considerando o comportamento e a formação étnica de nossa população, continuar a investir no estímulo ao Carnaval oficial era um desperdício de recursos e energia.

Depois do Carnaval

Julinho, o Júlio Cesar Amaral de Souza, 34 anos, dos quais 32 de Carnaval ("aos 2 anos, minha mãe já me levava aos desfiles"), fundador da Escola de Samba Acadêmicos da Sapolândia, hoje dedicando-se, em tempo integral, ao assessoramento das festas populares, na Fundação Cultural de Curitiba, defende, com unhas e dentes, a política de estímulo aos blocos de periferia e fortalecimento das novas escolas de samba.

Livro para Carmen

Pouco a pouco, os pesquisadores de música popular estão mostrando seus trabalhos: em Natal Gracio Barbalho, dono do mais importante acervo de discos 78 rpm, da fase mecânica, prepara um livro sobre a música popular brasileira nos anos 30. No Rio de Janeiro, a Funarte e o Instituto Nacional da Música promovem reedições de obras básicas, há muito esgotadas, como "O Choro" de Alexandre Gonçalves Pinto, "Na Roda do Samba", de Francisco Guimarães (Vagalume), "Chiquinha Gonzaga", de Mariza Lira e "Samba", de Orestes Barbosa.

Literatura

Em 1974, O ESTADO publicou o primeiro conto de Deonísio da Silva. Hoje, o mesmo conto está traduzindo para o italiano, constando de uma antologia de contista latino-americanos. Além disso, seu livro "Exposição de Motivos", que recebeu o Prêmio Brasília de Literatura, como a melhor obra publicada em 1976, está sendo atualmente estudado na Universidade de Nápoles, Itália. Como se isso não bastasse, seu livro "Cenas Indecorosas", anteriormente a "Exposição de Motivos" está sendo traduzido para o alemão, pelo Instituto Goethe de Porto Alegre.

Compositores e Intérpretes (II)

Os baianos continuam acontecendo musicalmente. Se Gil e Caetano, com seus novos discos ("Refavela" e "Bicho", respectivamente, da Philips) ocupam um natural destaque, não podemos esquecer outros filhos da boa e musical terra, em seus estilos diferentes. Por exemplo, Paulo (Francisco [Espindola] Brito, ex-bancário, ex-estudante, ex-craque do futebol baiano, após um baião ("Chegando"), que chegou a aparecer em 1975, ganha agora o seu primeiro elepê ("Atenção", RCA Victor, 183.0204, maio/77).

Capri ataca com humor e Ayrão usa até boleros

Entre as boas surpresas reveladas pela Arca, uma nova etiqueta surgida no ano passado, está o sambista Capri, legítimo integrante da mesma família de compositores que vai de Moreira da Silva a Bezerra da Silva (aliás, ambos com novos discos na praça), e que, com menor voltagem mas alguma inspiração, inclui também gente como Cyro Aguiar ou Dicró. A busca de temas bem cariocas - mas universais ao mesmo tempo em sua simplicidade - e que fazem de "O Samba Descontraído de Dicró [Capri]" um disco, no mínimo, gostoso de se ouvir.
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