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Fernando Pessoa

Artigo em 13.12.1980

A jornalista Marilu Silveira, que há alguns anos foi um dos suportes do Grupo Gil Vicente, idealista e esforçada experiência realizada na Universidade Federal do Paraná em favor da difusão do teatro antigo, está euforicamente comunicando o renascimento do grupo: Como o reitor Ocyron Cunha se convenceu da importância da UFP ter alguma atividade cultural, ajudou o Centro de Estudos Portugueses do Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes a reciclar o grupo Gil Vicente que dia 15, segunda-feira, apresenta "Atestado de Nascimento", (auditório da Reitoria, 21 horas, entrada franca).

De gente, fatos & Coisas

Após 12 anos, o advogado Edson Fischer da Silva deixou a direção do Departamento de Administração da Prefeitura de Curitiba. O seu sucessor deverá ser anunciado amanhã pelo prefeito Saul Raiz: Constantino Viaro, também advogado, ex-diretor administrativo da Fundação Cultural de Curitiba. - + - Ahmer Somet, segundo homem do comando do Banco Nacional no Paraná, foi o anfitrião, na terça-feira, do coquetel na inauguração dos múltiplos Jabik, na agencia Comendador.

A suma poética de Simões

Para quem acompanhar a produção cultural no Paraná, João Manuel Simões é um caso especial. Nascido e criado em Portugal, residindo em Curitiba há mais de 20 anos, tem conseguido conciliar atividades profissionais, como advogado e executivo - é há anos um dos braços direitos do empresário Hermes Macedo, chefiando o imenso departamento de pessoal de sua organização - com a criação literária. Anualmente, Simões publica de um a dois livros, em vários gêneros, além de manter uma colaboração regular não só em O ESTADO, mas também em revistas e outros periódicos nacionais.

Bandeira, o homem, o nímico e as crianças

"O poeta é um fingidor / finge tão completamente / que chega a fingir que é dor / a dor que deveras sente" (Fernando Pessoa)

A pureza dos amores jovens

Chega aquele dia em que as memórias da infância e da adolescência se tornam mais nostálgicas e os pequenos detalhes que na época passaram despercebidos - e nunca valorizados em sua importância na simplicidade do dia a dia - ganham contorno de uma poesia e pureza adormecidas. Quem não se lembra da primeira e flamejante paixão, das angústias adolescentes da recusa de ser integrado a um grupo social, as gozações dos colegas maldosamente mais velhos (e fortes), o apoio de um amigo (ou amiga) na hora em que não foi possível desviar o rosto do soco - como diria Fernando Pessoa?

Olivia e Vania, duas excelentes cantoras

Uma das dificuldades no levantamento anual que se faz em termos de música é apontar as revelações de cada período. Afinal, se houve uma projeção de um determinado artista - cantor, compositor, instrumentista, grupo - não significa que ele tenha aparecido exatamente naquele ano, mas, sim, já vinha trilhando há anos os caminhos artísticos, não sendo, portanto estreante. Apenas é que a tirania da mídia de comunicação não os permitiu aparecer antes.

Geléia Geral

Discípula assumida de vozes maiores como Billie Holiday, Sarah Vaughan, Dinah Washington, entre outras, Nancy Wilson, 50 anos, 27 de carreira, chega ao 50º elepê ("Forbidden Lover", CBS), após cinco anos de afastamento voluntário. Em dez faixas, as mais fortes experiências sonoras. A canção-título traz um dueto de Nancy com Carl Anderson e já ganhou destaque na programação.

O Cláudio de nosso teatro

O retorno de Cláudio Correa e Castro, amanhã, para uma curta temporada da comédia "Computa, Computador, Computa" (Guairinha, de 25 a 27, 21 horas), tem um significado muito especial para quem acompanha nossas atividades artísticas. Ausente do Paraná há quase 8 anos, Cláudio é, entretanto, ainda o homem que, nos últimos 20 anos, mais contribuiu para a elevação do nível artístico do teatro em Curitiba, num trabalho sério, persistente e que, infelizmente, não encontrou um único substituto à altura.

Sérgio Mendes, agora o som do "Brasil 88"

O sucesso e a fama custam caro. Vencer nos Estados Unidos, "onde o primeiro é o primeiro, o segundo é nada" tem feito muitos brasileiros que encontraram, a duras penas, o seu espaço americano, sofrerem as mais maldosas críticas no Brasil. Os que aqui ficaram, não perdoam que Sérgio Mendes, Eumir Deodato, Laurindo Almeida, o falecido Bola Sete, Airto Moreira, Manfredo e tantos outros que preferiram os Estados Unidos, acusando-os de "diluidores" da MPB, entreguistas sonoros etc.
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