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Ferreira Gullar

A era de Péricles

Presidente e fundador de um dos mais sólidos grupos econômicos do Brasil, a Habitasul (que em 18 anos tem hoje 14 empresas e quase 5 mil funcionários nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná), o empresário Pericles Drucker recebeu, na última sexta-feira, um grupo de jornalistas curitibanos, em Porto Alegre. Informalmente, acompanhado de seus principais diretores - inclusive o curitibano João Carlos Benvenutti, executivo da área de marketing - Pericles impressionou pela objetividade com que está sabendo enfrentar os tempos bicudos que todo o Pais atravessa.

Nos jogos da qualidade está faltando público

Na sexta-feira, 23, a estréia do Trio D'Alma teve que ser adiada por falta de público. No sábado, até às 21 horas, não havia nenhum espectador. Só o extremo profissionalismo de André, Rui e Ulisses Rocha, fez que apresentassem um recital para menos de 30 espectadores. Quem perdeu não foram eles. O prejuízo financeiro não é o mais importante. Quem perdeu foram as centenas de curitibanos que, teoricamente, apreciam ou se dedicam ao violão e deixaram de ouvir/ver o único trio de violões do País e, até prova em contrário, o primeiro nesta formação em todo o mundo.

O flamenco nordestino

A Espanha está babando. Fenômeno é o mínimo que se ouve dizer a respeito do trabalho e da personalidade artística de Raimundo Fagner. Criticado por aqui, quase que violentado pela perseguição feroz de alguns algozes gratuitos, esse compositor cearense se descobre em Madri, conquistando a Espanha, primeiro ponto para a ampliação universal de mercado.

O sentimento hispânico de Nascimento e Fagner

Há alguns anos, quando Milton nascimento ainda não era o superstar dos dias de hoje, o jornalista Miltom Eric Nepomuceno, um dos primeiros jornalistas a se preocupar com a divulgação da cultura hispano-americana entre nós, hoje correspondente da Veja em Madri, chamava a atenção para o fato de que o Bituca fundia em sua música visceralmente mineira, muito do calor e emoção da alma espanhola. Até então sem nunca ter saído do Brasil, o autor de "Travessia" já traduzia em suas canções fortes, vigorosas, o calor típico da alma e emoção do povo flamengo.

Críticos, teses e muitas exposições

Coordenado por Jair Mendes, que com competência vem acumulando as direções do Museu Guido Viaro e Centro de Criatividade, o I Encontro Nacional de Críticos de Arte, a partir do dia 4, em Curitiba, terá um sentido bastante Objetivo, para situar a posição dos especialistas na informação e análise das artes visuais, inclusive discutindo a sua própria linguagem (muitas vezes hermética e elitísta), conforme proposição de um dos participantes Mário Barata.

A suma poética de Simões

Para quem acompanhar a produção cultural no Paraná, João Manuel Simões é um caso especial. Nascido e criado em Portugal, residindo em Curitiba há mais de 20 anos, tem conseguido conciliar atividades profissionais, como advogado e executivo - é há anos um dos braços direitos do empresário Hermes Macedo, chefiando o imenso departamento de pessoal de sua organização - com a criação literária. Anualmente, Simões publica de um a dois livros, em vários gêneros, além de manter uma colaboração regular não só em O ESTADO, mas também em revistas e outros periódicos nacionais.

No campo de batalha

Mais uma confirmação de que José Augusto Iwersen, 35 anos, é hoje um cineasta de prestígio nacional: "Doce Humanidade", um filme sobre crianças excepcionais e "Daniela, Carnaval e Cinzas", uma sincera e honesta visão do dia-a-dia de um travesti (já premiado em 3 festivais) foram os únicos do Paraná convidados a participar do VII Festival de Cinema Brasileiro, iniciado ontem, em Penedo, Alagoas. xxx

As vozes dos poetas

Primeira mão, nacional: tão tímido e arredio de qualquer contato com estranhos, quanto tão grande é a importância de sua obra, o poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade acaba de gravar uma seleta de suas melhores poesias, que será editada, num álbum duplo, pela Phonogram.

Compositores-Intérpretes

Um punhado de compositores-intérpretes está na praça, mostrando mais uma vez que, realmente, os criadores assumiram, definitivamente, suas condições de lançadores de suas obras, mesmo não tendo muitas vezes vozes das mais perfeitas. É o caso do paulista Eduardo Gudin, 28 anos, seguro violinista, 18 anos de estrada musical e há 10 anos mais ou menos conhecido, participando de festivais ("Choro do amor vivido", "E lá se vão meus anéis" etc.) e shows ("O importante é que a nossa emoção sobreviva", ao lado de Márcia e Paulo César Pinheiro).
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