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O cinema (muito) falado de Caetano

Horas após assistirmos, em sua estréia mundial, ao filme "O Cinema Falado", em exibição hors concours durante o III FestRio (novembro/86), e relatando em O Estado do Paraná a polêmica que se seguiu, provocada pelas (justas) vaias que o cineasta Arthur Omar ("Tristes Trópicos", "O Som") estimulou durante a projeção na Sala Glauber Rocha (Hotel Nacional, RJ), escrevíamos que este seria o filme que mais discussões provocaria e ganharia os melhores espaços na imprensa nacional. E não deu outra!

A loira Brigitte no festival de Gramado

Brigitte Broder, 28 anos, catarinense de Joinville mas com quilometragem curitibana (aqui vivem seus pais) deverá ser uma das musas mais fotografadas e curtidas no próximo Festival do Cinema Brasileiro de Gramado (27 de abril a 3 de maio). Afinal, ela interpreta Sofia, a principal personagem da livre versão que Roberto Santos, 59 anos, realizou do romance "Quincas Borba", que Machado de Assis (1839-1908) publicou há 86 anos e que foi um dos nove longa-metragens selecionados para o mais importante festival do cinema brasileiro.

"Além Da Paixão", o conto moral de Bruno

Se "O Cinema Falado" provocou, ao ser exibido hors concours no FestRio-86, polêmicas e discussões, "Além da Paixão", de Bruno Barreto quando mostrado no encerramento do II FestRio, provocou apenas vaias e decepção. Realmente, para quem vinha apostando no talento de Bruno Barreto ("Tati, a Garota", 1973; "A Estrela Sobe", 1974; "Dona Flor e Seus Dois Maridos", 1975), o seu novo filme foi mais frustrante do que "Amor Bandido" (1978) ou mesmo "Gabriela" (1982), fracasso de público e crítica.

Uma "Ópera" com o melhor sabor (e som) brasileiro

Ruy Guerra preferiu dar ao lançamento de "Ópera De Malandro" um tratamento ao inverso: o levou inicialmente a Quinzena dos Realizadores, em Cannes, no ano passado, lançou-o posteriormente em Paris e Nova Iorque, participou em vários festivais internacionais, e em novembro, humildemente, o inscreveu como representante do Brasil no III FestRio.

O "Araçá Falado"

"É um filme com a cara e a cabeça de Caetano, no qual ele se expõe, expõe suas opiniões sobre cinema, literatura, música, pintura, sexo, mesmo quando se utiliza de textos alheios, de trechos de obras que ele diz terem marcado sua vida". (Pola Vartuck elogiando "O Cinema Falado", no Caderno 2, "O Estado de São Paulo", 20-12-86).

Chato, pretencioso, mas é inteligente!

Uma das mais (fáceis) observações que se pode fazer a respeito de "O Cinema Falado" é de que se o mesmo fosse reduzido para uma média metragem, de 30 a 40 minutos, seria uma obra-prima, capaz de merecer prêmios em qualquer festival com júri de bom senso. Há seqüências belíssimas. Produção irrepreensível (fotografia de Pedro Farkas, montagem de Mair Tavares). Entretanto o filme é longo. E se há momentos deliciosos - visual ou mesmo auditivamente - há seqüências que se tornam insuportáveis a quem não seja tiete de Caetano.

The Smiths, independência pop que no caso deu certo

Tom Leão, convidado pela WEA para preparar o release promocional do disco-mix do grupo The Smiths, começa dizendo que no mundo da "pop music", aparentemente existe uma fórmula que transforma grupos obscuros em sucessos mundiais da noite para o dia, contando que certas regras sejam obedecidas. Então, indaga, como um grupo que ignorou totalmente estas regras, e sempre gravou independente, conseguiu atingir os mesmos objetivos sem abrir mão de seus ideais?

"Uma Janela Para O Amor", requinte visual de Ivory

Exibido na sessão de encerramento do II FestRio, em novembro do ano passado, "Uma Janela Para O Amor" arrancou aplausos entusiásticos do público. Um filme de rara beleza e profundidade, aclamado internacionalmente e que tem seus méritos reconhecidos pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood ao ponto de merecer oito indicações ao Oscar: melhor filme, direção, atriz coadjuvante - Maggie Smith; ator coadjuvante - Denholm Elliot; roteiro adaptado (Ruth Prawer Jhabvala), fotografia, figurino, direção de arte.

Os nacionais do FestRio estão agora nos cinemas

Apenas três estréias numa semana de múltiplas escolhas, incluindo filmes inéditos poloneses, que estão sendo apresentados (infelizmente sem qualquer promoção), na Cinemateca. Dois são lançamentos nacionais, capazes de atraírem bom público - por coincidência, ambos vistos em suas estréias mundiais nos Festivais Internacionais de Cinema do Rio em 1984 e 1986, respectivamente: "Além Da Paixão" de Bruno Barreto e "O Cinema Falado" de Caetano Veloso.

Denise virá ao Guaíra estrear "Mary Stuart"

No mesmo dia em que Sônia Nolasco Ferreira, correspondente de "O Globo" em Nova Iorque, publicava uma reportagem de meia página ("Stocklos no poder"), falando do sucesso da mímica Denise Stocklos no Teatro La Mamma, a artista passava por Curitiba e acertava a estréia nacional do espetáculo que a lançou nos Estados Unidos: "Mary Stuart", terá sua primeira temporada brasileira no auditório Bento Munhoz da Rocha Neto, de 5 a 8 de maio (terça a sexta-feira).
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