FMs
Agora a vanguarda chama-se John Zorn
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 24 de julho de 1988
No ano passado, a moda foi curtir - com atraso de muitos anos - Tom Waitts, especialmente depois que apareceu como ator no "Daunbailô" de Jim Jamurschi.
Este ano, parece que o modismo será a curtição em torno de John Zorn, 34 anos, saxofonista novaiorquino, que com seu lp "Spillane" (WEA) chega junto a um público urbano, de faixa entre 24/35 anos, que se interessa pelas inovações sonoras.
Bregas Bem Sucedidos
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 21 de novembro de 1987
Impossível a quem acompanha jornalisticamente o setor musical fonográfico ignorar os seus aspectos comerciais. Assim, ao lado da produção que justifica realmente aquele antigo slogan Disco é Cultura existe toda a produção que, independente de elogios da mídia impressa - que, na maioria das vezes, simplesmente a ignora -, consegue uma extraordinária veiculação nas AMs (e mesmo FMs) e obtém pontos de vendas impressionantes.
Geléia Geral
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 20 de março de 1988
Na segunda metade dos anos 60 surgiu um dos mais afinados grupos da MPB: Os 3 Moraes. Formado pelos irmãos Jane (Tatuí, SP, 1943), Sidney (Sorocaba, 1925) e Roberto do Espírito Santo (Tatuí, 1935), o grupo fez dois elepês antológicos na antiga RGE. Depois, cada um seguiu o seu caminho: Sidney, o mais velho, virou o "Santo Morales", produtor e intérprete de boleros com discos de ótimas vendas pela Sigla. Roberto abandonou a música e Jane acabou casando-se com um cantor, Herondy, formando uma dupla que com canções românticas-brega emplacou muitos discos de sucesso na RCA.
Com Jeito Natural, o rock paranaense também protesta
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 04 de fevereiro de 1988
"Vou até o supermercado
pra comprar arroz, feijão...
Mas quando vejo tá tudo remarcado
Tive uma decepção
O preço subiu de novo
O meu salário que gracinha
Com a grana que levei
Comprei um quilo de farinha
É que eu não tenho dinheiro
O meu defeito é financeiro"
("Defeito Financeiro", Antônio Luiz / Antônio Carlos / Marcos Serra).
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Geléia Geral
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 07 de fevereiro de 1988
O marketing da CBS faz com que artistas chamados "nacionais", isto é, capazes de vender de Manaus a Porto Alegre, merecem figurar em seu elenco. Assim, os artistas regionais sobraram para outras gravadoras. Portanto, ao decidir lançar um novo cantor-compositor chamado Djalma Oliveira ("Merenguexá", dezembro/87), a multinacional deve ter visto méritos neste nordestino, com seus merengues, funks e outras diluições em torno do afro para vender bem.
No campo de batalha
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 30 de setembro de 1987
Hoje à noite, no auditório do Clube Curitibano, sessão especial do filme "A Era do Rádio", de Woody Allen. É a primeira de uma série de promoções na área de cinema que Domício Pedroso, diretor cultural, quer intensificar, retirando da inatividade o bom equipamento em 35mm ali existente.
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A sessão tem um público específico: os radialistas. Afinal, no dia 21, transcorreu o Dia do Rádio e do Radialista. Nada mais justo, que o belíssimo filme de Woody Allen seja ali projetado para esta categoria nem sempre lembrada como merece.
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A nossa era do rádio
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 27 de setembro de 1987
No dia 21, junto com a Primavera, também transcorreu o Dia do Rádio - criado em homenagem ao antropólogo Edgard Roquete Pinto (1884-1954), fundador da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro (1923) e pioneiro da radiodifusão educativa no Brasil. Cientista social, escritor, cineasta - fundou o Instituto Nacional do Cinema Educativo (1937), que dirigiu por 10 anos e foi realizador de muitas seqüências de "O Descobrimento do Brasil" (com música de Villa-Lobos). Roquete Pinto é identificado com o rádio cultural do Brasil.
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New-Age, a música-alma para o final do milênio
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 04 de outubro de 1987
Se não fosse o interesse dos Beatles, especialmente de George Harrison, pelo misticismo e a busca de gurus orientais, dificilmente a música reflexiva, lenta e difícil para os ouvidos ocidentais de um citarista chamado Ravi Shankar teria chegado a uma faixa tão grande de consumidores. Mas graças ao aval beatleneano, nos anos 60, não só Shankar mas inúmeros outros compositores e especialmente, instrumentistas chegaram ao Ocidente, foram consumidos e mesmo diluídos na massificação industrial sonora.
Berro inovou na promoção do Cure
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 04 de julho de 1987
Mais uma vez Curitiba foi escolhida para o desenvolvimento de um projeto de marketing: há uma semana, dezenas de tapumes e outros espaços foram cobertos com grandes cartazes anunciando "Kiss me, Kiss me, Kiss me - The Cure". Os telefones da Fundação Teatro Guaíra não pararam de tocar no dia seguinte, com centenas de jovens perguntando quando seria a apresentação do famoso conjunto pop.
Geléia Geral
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 12 de julho de 1987
Stalin deve estar revirando na tumba. E o velho Marx também. Afinal a Glasnost do camarada Gorbachev parece ter exagerado: o pior rock de consumo capitalista invadiu a URSS. Afinal, um mercado imenso. Depois desta, só mesmo o rock chinês - da República Popular, é claro.