Francisco Alves
El Broto, aos 58 anos, ainda canta muito bem
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 06 de julho de 1986
O veterano crítico Ary Vasconcelos tem toda razão de escrever com indignação: como pode um País em que faltam bons cantores (embora sobrem compositores) dispensar tão precocemente um intérprete da dimensão de Francisco Carlos?
Aos 58 anos - nasceu no Rio de Janeiro, em 5 de abril de 1928 - Francisco Rodrigues Filho era, nos anos 50, "El Broto", capaz de ultrapassar até Francisco Alves na votação dos ouvintes da Rádio Nacional para a escolha do melhor cantor de 1953.
O merchandising do Halley rende muito!
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 04 de fevereiro de 1986
Uma sugestão de pauta a quem interessar possa: levantar junto ao serviço de alvarás da Prefeitura - e mesmo na Junta Comercial - todas as solicitações de funcionamento com o nome de fantasia ou razão jurídica, com a palavra Halley.
No Campo de Batalha
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 30 de dezembro de 1985
A lealdade do advogado Carlos Frederico Marés de Souza, presidente da Fundação cultural de Curitiba, por Roberto Requião é tamanha que duas semanas antes da posse do novo prefeito, mandou imprimir a programação de atividades das unidades da FCC - já distribuida pela cidade - destacando o nome do novo prefeito. Pelo menos, por enquanto e logotipo da Fundação continua o mesmo: a imagem do Paiol, aprovada para identificar a FCC há exatamente 13 anos. A recessão econômica se traduziu este ano também nos cartões de Natal.
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Radamés e Manso
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 21 de dezembro de 1985
Os 80 anos do mesttre Randamés Gnatalli - a transcorrer no próximo dia 27 de janeiro - justificarão uma série de homenagens ao nosso maior compositor arranjador : edição de livro ("O Eterno Experimentador "), caderno de partituras, um magnífico show (infelizmente não virá a Curitiba) e a edição, pela funarte, de um dos 10 melhores discos do ano: acompanhado de Chiquinho do Acordão, Camerata Carioca e Brasil Quarteto, mestre Gnatalli interpreta no lado A, músicas criadas em sua homenagem por seus amigos Tom Jobim ("Meu Amigo Radamés"), Paulinho da Viola ("Sarau para Ramadés [Radamés] "),
Dorothy, uma herdeira do suspense de Agatha
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 14 de dezembro de 1985
Criada há quase 10 anos, a coleção "Horas de Suspense" trouxe alguns dos melhores romances policiais ao Brasil. Agora acrescenta-se à já extensa relação, "Um Cadáver Mutilado", de P.D. James (Phyllis Dorothy James, Oxford, 1920), considerada por muitos críticos como uma herdeira de Agatha Christie. Só na coleção "Horas em Suspense", da Francisco Alves, foram editados alguns dos melhores romances da P.D.
Vinícius, Carmen, Ray, Leal e até Parada Dura
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 07 de dezembro de 1985
Ex-instrumentista da banda (antiga) de Caetano Velloso, o amazonense Vinícius Cantuária trocou as baquetas da bateria por uma carreira solo de cantor e compositor.
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Halley, um marketing que dá certo em 1986
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 02 de janeiro de 1986
Por certo, quando a dupla de publicitários brasileiros teve a (luminosa) idéia de registrar, mundialmente, o nome Halley para a sua exploração mercadológica, eles sabiam o que faziam. E os milhões gastos na operação legal já devem estar voltando com muitos lucros. Mas apesar desta providência, seria impossível controlar a utilização do nome do astrônomo inglês Edmund Halley nas mais diferentes formas, agora que, mais uma vez, o cometa volta a ser visto na Terra (foi em 1758, 16 anos após a morte de Halley, que recebeu este nome).
Da política à guerra, temas diversificados
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 04 de janeiro de 1986
Antes de se tornar um político em evidência nacional, o hoje senador Fernando Henrique Cardoso - candidato derrotado do PMDB à Prefeitura de São Paulo - construiu uma respeitável bagagem de sociólogo e escritor. Autor de livros adotados em cursos de Ciências Sociais, nos quais há 10 ou 15 anos já expunha suas teses nacionalistas, FHC não deixou de produzir bons trabalhos intelectuais.
As boas rendas da poesia, um tema sempre necessário
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 22 de setembro de 1985
A Poesia é necessária. Mais do que nunca faz bem ler os poetas. Dos consagrados, como o sempre jovial Drummond - com novos livros na praça ("Caminhos de João Brandão") e, especialmente, "Amar se Aprende Amando", pela Record; ou mesmo em seus "Contos Plausíveis", José Olympio, 160 páginas, Cr$ 35.000) ou a gente jovem, como aqueles que Guido Bilharinho, o bravo editor de "Dimensão/Revista de Poesia", vem editando há cinco anos na cidade de Uberaba, Minas Gerais.
30 anos sem Carmen
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 04 de agosto de 1985
Aquela que foi, talvez, a maior sambista do Brasil, não nasceu no Brasil. Mas, como escreveu Marquês Rebelo, há 30 anos passados, quando da chegada do corpo de Carmen Miranda, falecida em Los Angeles, a 5 de agosto de 1955, "é como se tivesse nascido, pois nasceu em Portugal".
Há 30 anos morria Carmen Miranda. Coincidentemente, 20 anos antes - 1935 - pela primeira vez ela deixava o Brasil, para uma excursão internacional. Quem a contratou - do mesmo modo que a Francisco Alves e Josué de Barros, foi o dono do cinema Broadway, de Buenos Aires.
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