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Lúcia, o poder na cultura curitibana

Homem de hábitos espartanos, o secretário René Dotti acorda às 6:30 da manhã e antes mesmo do café já lê os jornais da cidade. Ontem, pela manhã, surpreendeu-se ao ler em O Estado notícia de que dá como certa a escolha da professora Lúcia Camargo para a Secretaria Municipal da Cultura. Afinal, retornando de viagem ao Rio de Janeiro, o secretário da Cultura desconhecia o fato da diretora de Arte e Programação da FTG ter sido ungida como o nome mais forte para suceder ao advogado Carlos Frederico Marés de Souza no comando da política cultural da capital. xxx

No campo de batalha

Na coluna de quinta-feira, um erro de localização: a praça N. S. Salete, cujo paisagismo foi originalmente planejado por Roberto Burle Marx, com a colaboração de Gert Hotscbach, diretor do Museu Botânico Municipal, localiza-se defronte o Centro Cívico. A (pequena) praça diante do Passeio Público tem o nome de Kalil Gebram. Duas programações atraentes em setembro no auditório Bento Munhoz da Rocha Neto: "Mitos", concerto do pianista César Camargo Mariano (mesmo nome de seu último elepê pela CBS), nos dias 9 e 10; Gal Costa, nos dias 23 e 24;

No campo de batalha

O advogado Constantino Viaro, 50 anos, não pôde receber os cumprimentos pela montagem de "Dança da Meia Lua". É que o superintendente da Fundação Teatro Guaíra, 7 horas antes da estréia do espetáculo foi atropelado na Rua Cruz Machado, quando saía da Secretaria da Cultura, [e foi parar] no hospital. xxx

Teatro, a queixa do pessoal amador

Orgulhando-se de seu passado de ator e diretor do teatro amador - que fez em sua adolescência, ao lado de seu amigo Ary Fontoura - o secretário René Dotti, da Cultura, ficou, naturalmente, preocupado com os termos da "Carta de Cascavel", aprovada no dia 1º de novembro, na assembléia geral da Federação Independente de Teatro Amador do Paraná. No documento, os idealistas que lutam pela preservação do teatro amador fazem algumas observações críticas, que naturalmente, sensibilizaram Dotti - preocupado em ter o melhor relacionamento com a classe. xxx

No campo de batalha

No domingo, 10, o sr. Lotario Burguell, pretendia registrar em sua Panasonic VHS, moderníssima, o início do concerto da Sinfônica do Paraná. Afinal, a peça a ser executada - "Uma Sombra Passou por Aqui", de Hilton Barcelos, tem arranjo de seu filho, Roberto, 27 anos, que estuda em Freyburgo, RFA. O sr. Burguell pretendia enviar o vídeo e a rodagem seria silenciosa, sem iluminação - nada, enfim, que pudesse atrapalhar a orquestra. Entretanto, a Osinpa impediu a gravação, sendo que, aos berros, alguns de seus músicos - além de integrantes do coral -, reafirmavam que "nada seria gravado".

Jerzy trará a boa orquestra

O violinista Jerzy Milewsky, 41 anos, polonês de Varsóvia, mas brasileiro "por dupla razão de coração" - a primeira pelo casamento com a pianista Aleida Schweitzer, catarinense de Jaraguá do Sul, "a segunda por gostar mesmo do Brasil", esteve recentemente na cidade. Assessorado pela competente Verinha Walflor, Jerzy acertou detalhes da apresentação que a Orquestra de Câmara da Rádio e TV Polonesa fará no dia 24, no auditório Bento Munhoz da Rocha Neto.

No campo de batalha

O Paraná perdeu nas últimas semanas mais dois pioneiros do rádio: Humberto Lavalle e Moisés Itzcovich. Ambos começaram nos anos 40, passaram por muitos prefixos e uniram sempre o lado da produção e criação com o setor comercial. Lavalle esteve ligado durante muitos anos a Rádio Guairacá, desde sua inauguração, há 39 anos passados. Itzcovich foi da Marumby, a segunda emissora a funcionar em Curitiba. Hoje, nem estes prefixos existem mais. xxx

Um concerto que não haverá e o romantismo de Mercedes

Quem esperava assistir amanhã à noite o guitarrista Paco De Lucia, considerado o melhor intérprete de flamenco da atualidade, terá uma decepção. Apesar dos anúncios de página inteira em publicações como "Bizz" e notícias em revistas nacionais ("Veja", "Isto É"), dando o Teatro Guaíra como palco para uma única apresentação de Paco, dentro do roteiro nacional que o guitarrista espanhol faz no Brasil, realmente a direção da Fundação Teatro Guaíra foi o marido enganado da história. Ou seja: não há data reservada para Paco no palco do auditório Bento Munhoz da Rocha Neto.

A guerra necessária conta os cambistas

Mesmo antes de assumir, os novos diretores da Fundação Teatro Guaíra já estão com um abacaxi na mão que, espinhento e incômodo, não pode ser descascado, de forma conveniente, por seus antecessores: a ação dos cambistas que, acintosamente, agem nas barbas da administração do teatro oficial, explorando o público sempre que acontece um espetáculo com maior atração.

Não chores mais. Argentina!

As comparações são inevitáveis. Asssumidamente, o próprio Hugo Mengarelli admite: - Admirações e influências, quem não as tem? Assim, a lembrança de "Rasga Coração!", a peça-testamento que Oduvaldo Viana Filho (1936-1974) deixou nas mãos de seu amigo José Renato (e que teria sua estréia nacional em Curitiba, cinco anos depois), é clara. Mas há também referencial de Fellini, Buñuel "e tantos outros que sempre admirei e admiro" diz Mengarelli, em sua linguagem explosiva, num portunhol que dez anos de Brasil não eliminaram.
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