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Geraldo Vandré

Tempo feliz da MPB (e da RGE)

A produção de um lp de reminiscências como "Os Grandes Nomes da Música Popular Brasileira" (Premier, RGE/Fermata, 307.2311, outubro/74) não deve deixar de ser melancólico para a atual diretoria da RGE-Fermata, preocupada em reerguer aquela [fábrica] de discos. Pois o desfile dos grandes nomes que integraram o elenco da RGE em seus anos de glória (1957/65), mostra que por ali passaram alguns dos maiores nomes de nossa música popular.

Colchas-de-retalhos nas trilhas das novelas

Desligando-se do grupo Odeon, que há 3 anos vinha divulgando seus lançamentos, a Som Livre, etiqueta da TV-Globo, está atualmente sendo comercializada através da RCA-Victor, enquanto procura montar sua própria estrutura de vendas e promoção. Com isto, seus discos deixaram de, nos últimos 90 dias, terem a distribuição publicitária que mereciam antes, abrindo para outras fábricas uma brecha para promoção de seus discos - na mesma faixa das telenovelas.

Música Popular

"Quando se diz que a bossa nova foi o movimento mais importante verificado em nossa música popular nos últimos anos, o que se leva em conta não é apenas a modificação que ela provocou nos rumos da MPB, mas possibilidade que abriu para que aparecessem alguns dos nossos melhores compositores de todos os tempos. Carlos Lyra, sem duvida nenhuma é um deles. A sua importância não se restringe aos limites da bossa nova; o seu nome, historicamente, é tão importante quanto os mais importantes nomes da música popular brasileira".

O jazz no Paraná

O nome Paraná já virou tema de jazz, começando agora a ser executado em jam-sessions em várias capitais do mundo. O mérito cabe a um instrumentista paranaense, Airto Guimorvan Moreira, nascido em Guarapuava mas que teve a sua iniciativa artística em Curitiba. Começou nos anos 50, no programa Clube Mirim - M5, que Aluízio Finzetto apresentava no auditório da Rádio Guairacá (hoje Iguaçu), na fase áurea do rádio paranaense quando "Avoz Nativa da Terra dos Pinheiras" - disputava o público com a PRB - 2, ambas instaladas na mesma quadra, na Rua Barão do Rio Branco.

TEATRO

Para apresentar o espetáculo "...E no entanto é preciso cantar" (Teatro Paiol, hoje e amanhã, 21 horas), o cantor-compositor Carlos Lyra (foto), está pela primeira vez, em Curitiba. Falar da importância do autor de "Marcha da Quarta-Feira de Cinzas" é desnecessário para aqueles que acompanharam a evolução da Bossa Nova, a partir do final dos anos 50.

PALCOS/SOM/IMAGEM

A aparência agradável e jovial, do rapaz que a partir de 1958 integrou o lado mais sadio e talentoso do movimento de renovação da musica popular brasileira: "A Bossa Nova desapareceu porque não era uma entidade: entidade é um Antônio Carlos Jobim, um Sérgio Ricardo, um Vinícius de Moraes, um Carlos Lyra". E acrescenta: "Não estou preocupado em fazer música de consumo no momento de mediocridade porque passamos: - prefiro armazenar, reservar minhas músicas para um novo momento, que deve acontecer".

Pau-de-arara

Embora admirado pelo público por suas canções românticas, principalmente as que fez em parceria com Geraldo Vandré (Quem Quiser Encontrar o Amor) e Vinícius de Moraes (Minha Namorada, Marcha da Quarta-Feira de Cinzas), foi uma música inspirada num xaxado que mais rendeu a Carlinhos Lyra em direitos autorais. Pois Lyra - que já chegou a Curitiba para uma série de apresentações - criou o tema "Pau-de-Arara" para o musical "Pobre Menina Rica". Segundo Vinícius de Moraes, autor do libreto, o sujeito existiu: "Eu o conheci. Era um cara muito inteligente e comia gilete em Copacabana".

A dupla que vem de Pernambuco

Naturais de Pernambuco sendo que Alceu é da Cidade de "São Bento do Una" e Geraldo de Petrolina ambos são universitários.
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