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O grande Miles Davis (de ontem e de hoje)

Assim como o brasileiro Egberto Gismonti renova-se a cada ano e quando um novo disco já tem dois outros à frente (normalmente lançados inicialmente no Exterior) , o americano Miles Dewey Davis (Alton, Illinois, 25/5/1926) está sempre um passo dentro do futuro. Como diz produtor executivo de "Decory (CBS, sem pen'7ltimo elepê, lançado nos EUA em junho/84, ainda inédito no Brasil): _ "Miles não olha para trás".

Davis, sempre revolucionário

MILES DAVIS é incrível e único. Quase sexagenário - nasceu em 25 de maio de 1926, em Alton, Illinois - Miles Dewey Davis parece ter uma espécie de síndrome de Peter Pan em termos de criatividade. Usina de alta voltagem musical que há 40 anos vem passando por todas as escolas revolucionárias do jazz - do bepop ao roc-fusion ("Bitches Brew", 68) Davis retornou com força após alguns anos de afastamento. "Decoy", do ano passado, foi o "Album of the Year" da rigorosa Down Beat e lhe valeu a indicação Grammy na categoria jazz fusion.

Paulinho, aquele que se americanizou mesmo

Depois que Airto Guimorvan Moreira, há 17 anos, foi para os Estados Unidos mostrar aos embevecidos americanos o que é a criatividade em termos de percussão, centenas de outros músicos brasileiros emigraram também para a América. Alguns se deram bem, outros não. Hoje há pelo menos uma dezena de percussionistas brasileiros de evidência nos Estados Unidos mas Airto, catarinense de Itaiópolis, 43 anos, paranaense de formação, continua a ser o maior prestígio.

Natal nos EUA foi com a missa de Airto pela TV

Na noite de 24 de dezembro, a PBS - Public Broadcasting System, Network cultural que cobre os Estados coast to coast, apresentou em seu horário nobre a "Mass Espiritual", que o percussionista Airo Guimorvan Moreira havia gravado, menos de um mês antes, no interior da catedral de St. Martin, na cidade de Colônia. Apresentada por duas noites naquela igreja - ali gravada em tape e disco - "Missa Espiritual" foi transmitida também na televisão alemã pela cadeia Westedeutchen Rüdunken, na abertura dos festejos de "Adveniat".

Jorge é agora Benjor e muito internacional

Aos 47 anos - completados no dia 22 de março, Jorge Duílio Lima Menezes resolveu mudar de nome: ao invés de Jorge Ben é agora Jorge Benjor. E não tem nada de cabalismo nisto (ao contrário da funqueira Sandra "De" Sá). É uma simples razão prática: como há muito vem fazendo carreira internacional (já vendeu cerca de 10 milhões de discos na Europa e Japão, com cinco LPs em vinil e CDs em vários países) era confundido na Europa e Japão com o guitarrista George Benson.

Airto, de surpresa, na orquestra de Gil Evans

A surpresa não poderia ser maior: entre os 24 instrumentistas da orquestra de Gil Evans, que na noite de terça-feira, 8, apresentou-se no Hotel Nacional, no encerramento do III Free Jazz Festival, em sua fase carioca, o percussionista era nada mais, nada menos, do que o nosso Airto Moreira. Amanhã, sábado, Airto volta a tocar com a orquestra de Gil, no penúltimo espetáculo da fase paulista do Free Jazz (Anhembi, a partir das 21 horas).

No campo de batalha

Marcelo Marchioro, ex-diretor do Teatro Guaíra, primeiro curitibano a se interessar pelo trabalho de Philip Glass (no ano passado, na Holanda, passou 5 horas num teatro de Amsterdã, assistindo "The Civil Wars"), estava eufórico na abertura do Free Jazz. Após a estréia de "O Tempo e a Vida de Carlos S. Carlos", texto e direção de Emílio Di Biase, no Teatro Anchieta, os dois conseguiram chegar a tempo ao Anhembi e aplaudir Glass. xxx

A explosão Free Jazz Festival

São Paulo - O III Free Jazz Festival, que se encerra neste domingo com uma reunião de ritmos brasileiros (Cama de Gato), americanos (Lee Ritenour) e africanos (King Sunny Ade) que se estenderá até a madrugada de segunda-feira - pois, afinal, participações incríveis devem acontecer, na própria liberdade que um evento desta natureza possibilita - confirmou o interesse crescente do público pela velha música que, com o nome genérico de jazz, se espalha por várias praias sonoras.

As personalidades do Free Jazz

Qual o melhor momento do Free Jazz Festival? Independente da pesquisa que a Data/Folha promoveu durante o Festival, o fato é que as opiniões variavam conforme a faixa etária de cada entrevistado. Entretanto, dificilmente alguém deixou de se entusiasmar por dois momentos de maior criação-novidade trazidas nesta terceira edição: Philip Glass Ensemble, com sua música absolutamente fugindo as adjetivações (será new age? Será minimalismo? será música para ópera?) e, especialmente a Gil Evans Orquestra, que era a mais aguardada das apresentações.
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