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Glauco Flores de Sá Brito

No Mundo do Cazuza

Nos últimos quatro anos as crianças curitibanas começaram a habituar-se em assistir aos domingos pela manhã, em algumas praças da cidade ou nas escolas, durante a semana - além de ocasionais no auditório Glauco Flores de Sá Brito, que ocupa o subsolo do palco do grande auditório do Teatro Guaira, espetáculos com teatro de bonecos. Dois grupos - o Dadá e o Torre Amarela, vem se revezando em estimular no público infantil o interesse pelo bom teatro de bonecos.

Teatro Infantil

Silvia Orthof, uma senhora simpática e maternal, ex-atriz do Teatro Brasileiro de Comédia, era ontem a espectadora mais atenta na encenação de "A Viagem de Um Barquinho", no auditório Salvador de Ferrante. E com toda a razão: esta peça lhe valeu o primeiro lugar no concurso nacional de textos infantis patrocinado pela Fundação Teatro Guaíra. Após ver seu texto encenado, Silvia recebeu um exemplar do livro contendo as cinco peças premiadas, editado pela Grafipar para a FTG.

No Palco

Uma peça que, por certo, não agradará aos médicos-comerciantes, que se preocupam muito mais com as suas gordas contas bancárias do que com a saúde dos clientes, estará sendo apresentada no próximo fim de semana, no auditório Bento Munhoz da Rocha Neto: "Dr. Knock" (ou O Triunfo da Medicina), de Jules Romains (Louís Farigoule, 1885-1971). xxx

O bom teatro infantil (II)

O teatro infantil deve ser feito ainda com maiores cuidados do que o destinado ao público adulto. Esta afirmativa, que não é nossa, mais do que nunca deve ser lembrada, quando tantas possibilidades (comerciais) abrem-se para os espetáculos destinados à infância, já que indiretamente as programações de sábado à tarde e domingo pela manhã, transformam-se em opções de mães "estacionarem" seus filhos por algumas horas. Hoje, teatro infantil tem público seguro e certo, aumentando com isso a responsabilidade de quem se propõe a fazê-lo com seriedade e respeito a inteligência do jovem público.

O bom teatro infantil (III)

Para as crianças acostumadas com adaptações (muitas vezes falhas) de contos-de-fadas ou mesmo clássicos da literatura infantil, uma peça como "A Viagem de um Barquinho" (auditório Salvador de Ferrante, hoje, às 10 e 15 horas) talvez surpreenda. Não há bruxas, nem fadas príncipes encantados e embora personagens mágicos povoem o universo do menino que busca o seu barquinho de papel, todos foram criados para propor aos pequenos espectadores uma visão panorâmica - e contemporânea - de nosso universo.

Um assalto de talento

Se há seis anos passados, "O Assalto" valeu ao seu jovem autor, o mineiro José Vicente de Paula, os aplausos entusiásticos da mais rigorosa crítica - confirmados na outorga do Troféu Moliére 1969, hoje, a remontagem que o Grupo Mambembe faz deste vigoroso texto (Auditório Salvador de Ferrante, até o dia 9, 21 horas), permite não só uma melhor revisão da peça, como revela, para o público curitibano, um extraordinário ator: Gilberto Bastos, 27 anos, longa experiência em vários grupos do Rio de Janeiro, agora radicado em Curitiba.

O poeta & a homenagem

O palco do auditório Bento Munhoz da Rocha Neto é tão imenso, que debaixo dele foi construído um novo teatro. Embora não tivesse sido previsto em 1950, quando o arquiteto Rubens Meister fez o projeto original do Teatro Guaíra, o amplo espaço sob o palco do chamado grande auditório, foi adaptado para um miniauditório que, com 127 lugares, se destinará à parte prática do Curso Permanente de Teatro e espetáculos de bonecos (fantoches, marionetes etc.), destinados à criançada.

O teatro de Quorpo Santo

A encenação de "Mateus e Mateusa" (miniauditório Glauco Flores de Sá Brito, hoje e amanhã, 21 horas) pelos alunos do Curso Permanente de Teatro da FTG é uma possibilidade única de conhecer o texto de um dos mais fascinantes autores brasileiros, o gaucho Quorpo Santo (José Joaquim de Campos Leão), poeta, jornalista e anarquista, considerando louco e que foi perseguido pelas autoridades imperiais, no final do século passado.

As poesias de Ricardo

Ricardo Viveiros de Paula, 27 anos, radicado no Rio de Janeiro mas com larga quilometragem curitibana, não aceita a tese de que poesia não vende. Publicando livros há 11 anos. Ricardo já vendeu 22 mil exemplares de seus quatro primeiros livros - "Jovens em Festa" (1966). "Tempo de Amor e Guerra" (1968). "Canto (quase Sem Desencanto" (1970) e "Poemas Para Ninar Tristeza" (1972). Agora, Ricardo está novamente em Curitiba, acertando com quatro meses de antecipação o lançamento de seu novo livro. "Nas Asas do Vento", com prefácio de Walmir Ayala, mas ainda sem editora definida. xxx

Livro

Dois livros de poetas ligados profundamente a Curitiba, embora nascidos em outros Estados. O primeiro é uma obra póstuma: Sonho de Palha" de Luiz Hilário Garcia (1939-1972), paulista de Marilia, formado em medicina pela UFP em 1969 e que durante toda sua vida universitária dedicou-se ao teatro, integrando os elencos do Teatro de Comedia do Paraná nos programas de Glauco Flores de Sá Brito, também poeta e igualmente falecido prematuramente.
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