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Glenn Miller

Ninguém ajuda Tito para trazer o jazz a Curitiba

Eduardo Vidoschi é um pianista e pesquisador apaixonado por jazz. Viveu muitos anos em São Paulo, escrevendo um (hoje raro) livro sobre "O Jazz na Terra da Garôa". Radicado em Blumenau, vem tentando mostrar aos loiros habitantes daquela germânica cidade de que nem só de bandinhas típicas se faz música e como ali já morou também um ex-pianista da banda original de Glenn Miller, está conseguindo levar adiante um projeto importante: um Festival de Jazz Tradicional, programado entre os dias 13 e 17 de julho.

A música da velha Itália e as rumbas com Lecuona

Paralelamente ao CD de Pedro Vargas e ao elepê, em vinil com 14 clássicos de repertório de Libertad Lamarque ("A Dama do Tango"), Leon Barg, da Revivendo, sempre em seu idealismo cultural de trazer para ouvidos mais jovens (e alegrar os mais idosos) - grandes vozes, também colocou nas lojas especializadas três intérpretes de épocas e públicos específicos, hoje totalmente esquecidos mas que tiveram sua importância.

Aquelas "big bands" que fizeram o mundo dançar por muito tempo

Durante pelo menos três décadas, eles reinaram absolutamente. Amparados em exercícios de fulgurantes metais dourados, em contraponto a ajustadíssimas secções de cordas e discreta percussão, com harmonias perfeitas, as big bands eram absolutas em sua popularidade. Mesmo sem chegar a inventividade dos negros gênios jazzísticos - como os angustiados Charlie Parker, ou Lester Young - que se debatiam entre o álcool e drogas, músicos-maestros menos famosos junto aos círculos cult eram, entretanto, muito bem sucedidos financeiramente.

As Big Bands estão de volta

Duke Ellington, Benny Goodman e Count Bassie nunca passaram por Curitiba. Mas Harry James (1916-1983), já no final de sua vida, tocou no auditório Bento Munhoz da Rocha Neto e, mostrando vigor, ainda encontrou tempo para ter um night date com uma esplendorosa loira, convenientemente apresentada por um conhecido publicitário de boas relações sexuais. A loira, que alguns viram com semelhanças com a atriz Betty Gable (1916-1973), com quem ele esteve casado por 22 anos (1943-1965), acabou saindo do Mabu Hotel, onde o pistonista e band-leader esteve hospedado, com uma nota de US$ 100 na bolsinha.

A suave música dos anos dourados

O pacote de dez álbuns - "The Best of Big Bands", editado pela CBS (LPs e CDs) não representa a única contribuição fonográfica para que se ouça novamente a música que fazia o mundo (ocidental) bailar a partir dos anos 20. Inúmeras outras edições ocorrem, mas, entre nós, é esta gravadora que tem feito os lançamentos mais regulares - embora na presente coleção tenham maiores informações das diferentes sessões.

A época da big bands

Com as mortes de Count Basie (William Basie, Red Bank, New Jersey, 21/08/1904-Florida, 26/04/84), Benny (Benjamin David) Goodman (Chicago, 30/05/1909-Nova Iorque, 13/06/1987) e Woody (Woodrow Charles Herman, Milwaukee, 15/05/1913 - 10/09/87) só restou Dizzy Gillespie (John Birks, Cherow, 21/10/1917) entre os grandes band-leaders, instrumentistas, criadores, improvisadores - enfim figuras exponenciais da época de ouro do jazz.

Maria Thereza, o passado a espera

Anos atrás, um texto de Maria Thereza Lacerda sobre o Colégio Cajuru causou polêmica. Sem meias palavras lembrou o ensino rigoroso, quase radical que as religiosas francesas ali implantaram nos anos 40/50. O discurso que Maria Thereza fez no jantar reunindo as colegas do ano de 1944 - que receberam seus diplomas do curso ginasial a 15 de dezembro, uma sexta-feira - foi bem humorado desde o início.

O jazz saboroso que Cuba exporta

Cuba não é apenas sinônimo do (melhor) charuto e socialismo tropical mas, sim, sonoramente, um ilha de grande riqueza como se prova através dos gêneros & talentos musicais que ali surgiram. Se a Nova Trova Cubana - com Sílvio Rodriguez e Pablo Milanez - explodiu na última década, graças à ponte cultural que Chico Buarque (e outros intelectuais do primeiro time) souberam construir - há também outros criadores notáveis da música cubana, sem folclorismos & concessões que começam a acontecer mundialmente.

Se não dá para ver ao vivo, console-se com as gravações

A cada ano, o conselho consultivo do Free Jazz, do qual fazem parte experts na área como Zuza Homem de Mello (em Cascavel neste fim de semana, integrando o júri do XVII Fercapo), programam criadores da mais alta voltagem, não só entre os já consagrados, como aqueles que estão aparecendo nos últimos anos com propostas novas. Isto explica a presença de um inovador como o saxofonista John Zorn, cujo primeiro elepê aqui lançado há poucos meses (pela WEA), surpreendeu mesmo aos ouvidos mais abertos.

Chegou o jazz mágico do pássaro

O que os músicos de jazz farão agora? (cometário do contrabaixista Charlie Mingus, 1922-1979, em 12 de março de 1955, ao ser anunciada a morte de Charlie Parker). *** De Charlie "Bird" Parker já se escreveu muito - especialmente nos últimos meses, depois que "Bird", a cinebiografia, amorosa, fiel e magnífica que Clint Eastwood lhe dedicou teve sua primeira exibição no V FestRio e, nesse ano, lançamento comercial em São Paulo e Rio de Janeiro.
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