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Guido Araújo

Cinema ecológico que Curitiba não conhece

Paralelamente ao V RioCine Festival, em agosto último, houve uma mostra do cinema ecológico. Em Salvador, substituindo a Jornada do Cinema Brasileiro - que o idealista Guido Araújo vinha promovendo desde 1972 - aconteceu um simpósio Internacional do Cinema na Defesa do Meio Ambiente. Em Maringá, o prefeito Ricardo Barros, apoiou a idéia de levar uma seleção dos filmes e vídeos no RioCine. Em Curitiba, que o prefeito Jaime Lerner deseja ver transformada na "capital ecológica do Brasil", até agora nada foi feito.

Tetê mostra a terra de Rose em Curitiba

Valeu a pena a cineasta Tetê de Moraes ter vindo a Curitiba, há um mês, para evitar que seu premiado "Terra para Rose" fosse "queimado" no Cine Groff, como pretendia a coordenação de cinema da Fundação Cultural, ao jogar para aquela sala - a pior do circuito oficial (excluindo a asfixiante Cinemateca, há muito necessitando de uma reforma) uma obra que merece tratamento especial.

Também na Bahia o cinema vive crise

Nos anos 60, a Bahia era o terceiro pólo cinematográfico do Brasil. Era a época de Glauber Rocha, Roberto Pires, Trigueirinho Neto, entre outros realizavam filmes que marcaram o cinema novo - num ciclo cujas raízes estavam ainda na segunda metade da década anterior e que teve no Clube de Cinema da Bahia, fundado em junho de 1950 pelo crítico Walter da Silveira, figura central (e teórica) do movimento que teria em "Redenção (1959), de Roberto Pires, uma de suas primeiras experiências bem sucedidas.

Os direitos humanos na Jornada da Bahia

Desde a I Jornada Baiana de Curta-Metragem (13 a 16 de janeiro de 1972), que Guido Araújo idealizou e realizou graças ao apoio e entusiasmo de Rolland Schaffner, então diretor do Goethe Institut, em Salvador, esta promoção sempre se caracterizou pelos eventos paralelos à área competitiva. A proporção em foi se consolidando - crescendo já em 1973 para Jornada Nordestina de Curta-Metragem (3 a 12 de setembro) incluía um encontro preparatório do II Encontro dos Pesquisadores do Cinema Brasileiro, paralelamente a um seminário do filme Super-8 - bitola que tinha sua euforia naquela época

No Groff, os filmes premiados na Jornada

Mantendo uma tradição, Francisco Alves dos Santos, coordenador de programação da Fucucu - e membro da comissão nacional da Jornada Internacional de Cinema da Bahia, sempre promove, poucas semanas após aquele evento, a exibição dos premiados em cada Jornada. Este ano, trouxe onze filmes premiados - nove curtas e dois longas já que, pela primeira vez, a Jornada aceitou, na competição, filmes de longa-metragem.

Um festival do real sem estrelismos

Salvador - Não há mais estrelas globais, rostos famosos, e mesmo belas "panteras" nas sessões. Ao contrário, as sessões acontecem em salas modestas, na maioria dos filmes projetados em 16 milímetros. A cobertura jornalística e da televisão é mínima. Os jornais nacionais ignoram e até a imprensa local dá pouco espaço. Entretanto, ininterruptamente, a Jornada Internacional de Cinema da Bahia, acontece desde 1972, com um prestígio cada vez maior.

Espaços alternativos e direitos humanos em discussão na Jornada

Salvador - O mais importante documentário realizado no Brasil nos últimos anos sobre a questão cultural, "Memória Viva", de Octávio Bezerra, premiado no IV FestRio, continua inédito quase um ano após ter sido aplaudido pelos que o assistiram na única exibição realizada no Hotel Nacional. Bezerra, 44 anos, mostra-se revoltado com a Embrafilme: - "Não existe o menor plano de lançamento para este filme, nem para tantos outros projetos especiais, que ficam bloqueados devido à incompetência da empresa em sua área de comercialização".

Na ficção, "Imagens" revela um paranaense

Em sua maioria, os filmes e vídeos levados ao Festival de Cinema da Bahia são documentários - quase sempre com uma visão política-social bem definida. Internacionalizado com a participação de emergentes cinematografias da América Latina e também da África, dos países de língua portuguesa, a mostra que Guido Araújo idealizou e que, em 17 anos, se consolidou como uma das mais importantes, em sua área, em todo mundo, também não despreza as realizações em ficção. Prova disto é que um dos prêmios oficiais - Tatu de Prata - foi reservado para o melhor curta ou média neste gênero.

Um filme amargo sobre a escravidão dos haitianos

Premiado no Festival de Cinema de Havana no ano passado e o mais impressionante filme exibido durante a XVII Jornada de Cinema da Bahia (Salvador, 8 a 4 de setembro), "Açúcar Negro" tem, finalmente, projeções em Curitiba (Cinemateca do Museu Guido Viaro, hoje e amanhã, 20h30). Seu realizador, o canadense Michel Reigner, veio ao Brasil, a convite de Guido Araújo, diretor da Jornada - e estendeu sua estada a São Paulo, onde "Sucre Noir", apresentado pela Fundação Cinemateca, provocou também grande impacto.
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